terça-feira, 30 de janeiro de 2024

VAIA AO SOL DE FORTALEZA EM 1942

Praça do Ferreira, 1936
Local da Vaia ao Sol
Foto de Peter Fuss.





Há 82 anos, o sol recebia uma tremenda vaia no centro de Fortaleza, na Praça do Ferreira. E foi uma legitima vaia cearense!
 
Confiram o motivo.


RELEMBRANDO ÊNIO SANTOS

ÊNIO SANTOS
https://dublagempedia.fandom.com/

 

 
Vamos relembrar o ator e dublador ÊNIO SANTOS.
 
Iniciando sua carreira no final da década de 1930, Ênio Santos foi cantor, rádio ator, dramaturgo, produtor, ator e dublador, com uma longa e bonita carreira no rádio e na televisão.


RELEMBRANDO WALDIR CALMON

WALDIR CALMON
Arquivo Nirez




Vamos relembrar o pianista e compositor WALDIR CALMON.

Valdir Calmon Gomes nasceu em Rio Novo (MG), a 31 de janeiro de 1919.


segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

RELEMBRANDO O CANTOR ARNALDO PESCUMA


ARNALDO PESCUMA
Carioca, 1938.
Arquivo Nirez




Vamos relembrar o cantor e compositor ARNALDO PESCUMA.  

Arnaldo Pescuma nasceu em São Paulo, em 29 de janeiro de 1903.

Iniciou sua carreira artística na década de 1920, cantando óperas e atuando como tenor em uma companhia que se apresentava em Recife e Aracaju. Depois, permaneceu em São Paulo, atuando durante os anos 20.


domingo, 28 de janeiro de 2024

RELEMBRANDO MARINO PINTO

MARINO PINTO, 1939
Revista Carioca
http://memoria.bn.br/





Vamos relembrar o compositor MARINO PINTO.

Filho do violonista e cantor amador Diogo Feliciano Pinto e de Maria Madureira Pinto, Marino do Espírito Santo Pinto nasceu em Bom Jardim, RJ, a 18 de julho de 1916.


sábado, 27 de janeiro de 2024

CARMEN MIRANDA - P´RA VOCÊ GOSTAR DE MIM (TAÍ) - 1930

Partitura de P´ra Você Gostar de Mim, 1930
Arquivo Nirez





P´RA VOCÊ GOSTAR DE MIM
TA-HÍ!...


 
Marcha Canção do médico e compositor Joubert de Carvalho.      

Com essa marchinha, Carmen Miranda ficou nacionalmente conhecida, dando início ao seu sucesso em nossa música popular.
 
Confiram sua história.    


RELEMBRANDO O COMPOSITOR J. CASCATA

 

J. CASCATA
Carioca, 1936
Arquivo Nirez





Vamos relembrar o compositor e cantor J. CASACATA.
 
Álvaro Nunes nasceu no Rio de Janeiro (RJ) em 23 de novembro de 1912. Era filho de Álvaro Nunes e Leonor Neves Nunes, tendo nascido no bairro de Vila Isabel e crescido em um ambiente musical.    


RELEMBRANDO RADAMÉS GNATTALI

RADAMÉS GNATTALI
Carioca, 1942
http://memoria.bn.br/




Vamos relembrar o regente e arranjador RADAMÉS GNATTALI.

Radamés Gnattali nasceu em Porto Alegre (RS), em 27 de janeiro de 1906. Foi também compositor e pianista.


RELEMBRANDO WALDIR AZEVEDO

 
WALDIR AZEVEDO
Radiolândia, 1954
http://memoria.bn.br/





Vamos relembrar o compositor e instrumentista WALDIR AZEVEDO.


EFEMÉRIDES DE 27 DE JANEIRO: RADAMÉS GNATTALI, J. CASCATA




A data de hoje, 27 de janeiro, marca o nascimento e falecimento dos seguintes artistas: RADAMÉS GNATTALI, J. CASCATA e WALDIR AZEVEDO.


sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

CARMEN MIRANDA - DISCOS PARA MAIO DE 1930


CARMEN MIRANDA
“A jovem e adoravel artista que, em pouco tempo, atravez os ‘Discos Victor’, captivou o coraçãi de seus patricios, offerece mais encantos para todos os lares com as suas recentes creações”.
Revista Phono-Arte, 30 de maio de 1930.
Arquivo Nirez




Carmen Miranda iniciou suas gravações como cantora em setembro de 1929 na gravadora Brunswick. Descoberta e levada pelo compositor e violonista baiano Josué de Barros, Carmen gravou da autoria de Jousé, o choro Se o Samba é Moda, e o samba Não Vá Simbora.


quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

SÃO PAULO E SEUS ARTISTAS (ANOS 20 E 30)

 
     
   

Hoje, dia 25 de janeiro, a cidade de São Paulo completa 470 anos. É uma data importante para mim que morei e estudei por lá durante seis anos. Aprendi a amar São Paulo, com sua fascinante história e a mista cultura que encontramos por cada canto da cidade.                 

Em homenagem à data, trago alguns artistas que fizeram sucesso no cenário paulistano. Nem todos nasceram em São Paulo, porém, tiveram grande identificação com a cidade e sua história. Todos possuem mais uma característica em comum, gravaram pela Columbia (gravadora que se situava na capital paulistana) ou na Victor paulista.

Relembrem Helena Pinto de Carvalho, Sônia Carvalho, Elsie Houston, Januário de Oliveira, Baptista Júnior, Cornélio Pires, Paraguassú, Arnaldo Pescuma, Jayme Redondo, e Maestro Gaó. 
 

RELEMBRANDO PEDRO DE SÁ PEREIRA

Selo de Chuá Chuá
Música de Pedro de Sá Pereira
Gravada originalmente por Fernando em 1925
https://discografiabrasileira.com.br/




Há 132 anos nascia o compositor e maestro PEDRO DE SÁ PEREIRA.

Pedro de Sá Pereira nasceu em Porto Alegre (RS) em 25 de janeiro de 1892.

Em 1914, teve suas primeiras composições gravadas. Pela Odeon Record, o Grupo O Passos no Choro registrou as valsas de sua autoria, Nas Asas do Amor e Sorrir Dormindo.


MILTON DE OLIVEIRA POR PATRÍCIO TEIXEIRA


MILTON DE OLIVEIRA
Carioca, 1937.
Arquivo Nirez




Há 108 anos nascia o compositor MILTON DE OLIVEIRA.

Milton de Oliveira nasceu no Rio de Janeiro em 24 de janeiro de 1916, sendo criado no bairro de São Cristóvão. 

Começou a trabalhar aos 12 anos de idade em uma tipografia. Depois, aos 16 anos, já trabalhava como auxiliar de revisão no jornal A Nação, época em que começou a frequentar o meio dos compositores e a assinar algumas músicas.


EFEMÉRIDES DE 25 DE JANEIRO: PEDRO DE SÁ PEREIRA, MANDY, GEYSA BÔSCOLI, MILTON DE OLIVEIRA E TOM JOBIM





A data de hoje, 25 de janeiro, marca o nascimento ou falecimento dos seguintes artistas: PEDRO DE SÁ PEREIRA, MANDY, GEYSA BÔSCOLI, MILTON DE OLIVEIRA e TOM JOBIM.


terça-feira, 23 de janeiro de 2024

NOVIDADES ODEON PARA MAIO DE 1929






A edição 19 da revista PHONO-ARTE, de 15 de maio de 1929, trazia os lançamentos da gravadora Odeon para o mês de maio de 1929. O anúncio trazia vinte e seis gravações, das quais conseguimos vinte e quatro. Os artistas eram Laís Areda, Francisco Alves, Oscar Gonçalves, Nina Pickersgill, Orquestra Pan American, Alfredo Albuquerque, Calazans (Jararaca), Raul Roulien, Mário Reis e Gastão Formenti.


segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

domingo, 21 de janeiro de 2024

DISCOS BRUNSWICK PARA MAIO DE 1930




DISCOS BRUNSWICK PARA MAIO DE 1930



A revista Phono-Arte número 42, de 30 de abril de 1930, anunciava os lançamentos da gravadora Brunswick para maio de 1930.
 
Trago artistas como Anna de Albuquerque Mello, Sebastião Rufino, Elídio L. Dias (Bilu), Ildefonso Norat, Arthur Costa, Augusto Aníbal, bem como grupos como Grupo dos Fulanos, Gente do Morro e os Desafiadores do Norte.
 

Fora as novidades estrangeiras, consegui dezessete das vinte gravações ofertadas por Phono-Arte.


EMILINHA BORBA INTERPRETA PETERPAN

PETERPAN E EMILINHA BORBA
http://memoria.bn.br/




Há 113 anos nascia o compositor PETERPAN (José Fernandes de Paula).

Para homenageá-lo, trago sua cunhada, a cantora EMILINHA BORBA, interpretando suas composições. Há a participação de Marlene e Ruy Rey, que cantam com Emilinha.


sábado, 20 de janeiro de 2024

A CÔRTE NA ROÇA - OPERETA DE 1885




Hoje, dou início a um projeto que há tempos tenho vontade de apresentar no Blog, a trilha sonora de algumas peças de Teatro Musicado. É de meu interesse trazer, principalmente, as gravações originais (a partir de 1902) de músicas que fizeram parte de peças do teatro de revista, burletas, operetas, mágicas encenadas no Brasil. Infelizmente, não possuímos todas as músicas que compunham tais peças, mas podemos apresentar algumas gravações e dados sobre o espetáculo que darão uma ideia como eram essas atrações.



CHIQUINHA GONZAGA por volta de 1877.
Retirada do site Catraca Livre.
Acervo Edinha Diniz.


Para a primeira postagem sobre o tema, trago a opereta em um ato, A CÔRTE NA ROÇA, de Palhares Ribeiro, com música de Chiquinha Gonzaga, representada em 1885 no Rio de Janeiro. Para esta pesquisa foram consultados quatorze jornais através da Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional.

A Côrte na Roça (mantivemos a grafia original) marca a estreia de uma mulher, Chiquinha Gonzaga, compondo músicas para teatro no Brasil, até então espaço exclusivamente masculino. Esse passo foi uma das muitas atitudes pioneiras de nossa primeira maestra. Anos antes, em 1883, Chiquinha Gonzaga chegou a musicar uma peça de Arthur Azevedo, Viagem ao Parnaso, porém, o empresário da companhia vetou sua participação somente por ser mulher. Ao encontrar o iniciante Palhares Ribeiro, que escrevia poemas e romances nos jornais, a compositora pode então começar a atuar no teatro.

Ao pesquisar nos jornais da época sobre a estreia da opereta, notamos que a mesma foi adiada algumas vezes. Ao estrear, ainda teve o anúncio da segunda representação repetido em duas datas, causando confusão sobre o verdadeiro dia em que estreou. Fora isso, os artistas da companhia que encenavam a peça foram abandonados pelo empresário, Sousa Bastos, que havia voltado para sua terra, Portugal, deixando todos por conta própria, há meses sem receber salários. Segundo Edinha Diniz, biógrafa de Chiquinha Gonzaga, não havia ninguém para dirigi-los. O elenco era o da Companhia Sousa Bastos, que atuava no Theatro Príncipe Imperial (posterior Theatro São José, e depois cineteatro, situado na Praça Tiradentes, no Rio de Janeiro). Diniz ainda nos informa: “Muitos a dar ordens, ninguém para cumpri-las. [...] No meio disso tudo, uma mulher tentava ensaiar sua partitura e impor-se, apesar de iniciante. Os atores lhe respondiam que na hora do espetáculo tudo sairia bem”. Um dos atores ainda quis retirar uma valsa simplesmente por não saber o que fazer enquanto cantava... O regente, quando não estava dormindo sobre as partituras, ensaiava-as com o andamento que lhe convinha. Era preciso que Chiquinha Gonzaga ficasse atenta e lhe informasse: “Mas fui eu quem escreveu esta música, não o senhor; respeite o meu pensamento!”.

A peça estreou em uma sexta-feira, 16 de janeiro de 1885, no Theatro Príncipe Imperial. Porém, antes, passou pela censura do Conservatório Dramático, que a aprovou; porém, a polícia alterou alguns versos, segundo o jornal Brazil: “Já não há nenhum escravo/ Na fazenda do sinhô/Tudo é boliçonista/ Até mesmo o imperadô” (grifo do autor). A polícia substituiu imperadô por seu dotô. A ação se passava na fazenda de Cebolas, em Queimados, no interior do Rio de Janeiro. Mesmo estreando com pouco público, como nos informa Diniz, foi aplaudida com entusiasmo. O maxixe final foi um sucesso e pediram bis, mas os atores não puderam atender, pois a autoridade presente mandou que abaixassem logo o pano, impedido a repetição do número. Em alguns jornais, há a citação de que o quadro foi bisado. A imprensa criticou o autor da peça e o desempenho dos autores, mas aclamou a música de Chiquinha Gonzaga, que foi também homenageada pelo público, com muitos aplausos, chamando-a ao palco. O elenco contava com a atriz Oudin, que encantou a todos durante o espetáculo, em especial ao cantar a valsa tema da peça (que depois faria parte do repertório da atriz Plácida dos Santos), e ainda com Anna Manarezzi e os atores Machado e Mauro de Bellido. Havia ainda um intermédio onde era interpretada por Mauro de Bellido a cançoneta de autoria de Chiquinha Gonzaga, Para a Cera do Santíssimo. A princípio, ocorreram três representações, nos dias 16, 17 e 18 de janeiro de 1885. Uma quarta representação aconteceu em uma sexta-feira, 23 de janeiro de 1885, entre algumas atrações do Theatro Recreio Dramatico para essa noite.

Entre as músicas que conseguimos reunir, e que constam no fim da postagem (com as letras) estão: a valsa (balada) A Côrte na Roça, que seria lançado em disco em 1903, gravado por Senhorita Odete; o tango Menina Faceira, lançado em 1906 por Geraldo Magalhães e em 1910, por Mário Pinheiro, e o tango (maxixe) Sacy Peréré, que foi gravado pela dupla Os Geraldos e lançado em disco em 1906. Também incluímos algumas gravações recentes feitas pelos pianistas e pesquisadores Wandrei Braga e Alexandre Dias.

A estreia da peça foi retratada na minissérie Chiquinha Gonzaga, da Rege Globo, em 1999, escrita por Lauro César Muniz e estrelada por Gabriela e Regina Duarte, interpretando Chiquinha Gonzaga e fases distintas.



Os Personagens 

A Côrte na Roça se passava na fazenda de Cebolas, em Queimados (RJ), e contava com os seguintes personagens e seus respectivos intérpretes:

Zé Tavares (fazendeiro) Coronel da G. N. (Guarda Nacional) - Sr. Mauro de Bellido
Chico Bento, Amigo do coronel - Sr. Machado
Juca Barbosa (estudante, sobrinho do Tavares) - Sr. Moulin
Joaquim Lopes (professor) - Sr. Pinto
Padre Velludo - Sr. M. Braga
Dr. Camelião - Sr. Araujo
Um roceiro - Sr. Vicente
Um moleque - Sr. Rocha
Mlle. Celina Bernard, artista francesa - Mlle. Oudin
Cocota, filha do Coronel - Deolinda
D. Ambrozia (mulher do professor) - Manarezzi
Uma roceira - Amelia

Conta ainda com roceiros e roceiras.
A peça terminava com um esplêndido cateretê (maxixe).



O Programma Avisador, 23 de janeiro de 1885, p.1.
http://memoria.bn.br



Na Imprensa

Ainda em 1884 a opereta era anunciada na imprensa.


BRAZIL
27 de agosto de 1884, p.3.





 GAZETA DA TARDE
16 de dezembro de 1884, p.3.




GAZETA DE NOTICIAS
25 de dezembro de 1884, p. 6.




O periódico O Mequetrefe destacava o ineditismo de uma mulher à frente das composições musicais em um teatro no país.


MEQUETREFE
06 de janeiro de 1885, p.7.





A Côrte na Roça foi anunciada na imprensa para estrear no dia 03 de janeiro, como informava o Jornal do Commercio de 01 de janeiro de 1885: “Sabbado 3, 1ª representação da opereta em 1 acto, do Exm. Sr. Palhares Ribeiro, musica da Exms. Sra. D. Francisca Gonzaga – A CORTE NA ROÇA”. Já no próprio dia 03, o mesmo jornal adiava a estreia para “a proxima semana”. O jornal O Brazil chegou a anunciar no dia 03 a estreia da peça para esse mesmo dia. O jornal A Folha Nova, de 06 de janeiro de 1885, anunciava a peça para o sábado, dia 10 de janeiro de 1885. O jornal Distracção, de 08 de janeiro de 1885, também anunciava a estreia para o dia o sábado, dia 10: "O Principe annuncia para sabbado, 10, a primeira de uma opereta em 1 acto, original de um Sr. Palhares Ribeiro, musica de D. Chiquinha Gonzaga. Lá iremos" (grifo do autor). Novamente O Brazil, em 11 de janeiro de 1885, informava: “A primeira d´A Côrte na roça, que devia realizar-se hontem no Principe Imperial, ficou transferida para quando a empreza deste theatro annunciar”.

Após vários adiamentos, no dia 16 de janeiro de 1885, a peça estreava. Os jornais anunciavam na data:

O Brazil, p.3: “Principe Imperial – Consta-nos que representa-se hoje neste theatro a opereta A côrte na roça”.


Gazeta da Tarde
16 de janeiro de 1885, p.2




Gazeta de Noticias, p.2: “No Principe Imperial, primeira representação da opereta A côrte na roça, e um variado intermédio”.



Como já foi dito, A Côrte na Roça estreou em uma sexta-feira, 16 de janeiro de 1885. Sendo anunciada a data por várias publicações. Porém, ao consultarmos os jornais da época, notamos que alguns repetiram a chamada da segunda representação em dois dias (17 e 18 de janeiro), como foi o caso do jornal A Folha Nova e do Jornal do Commercio. Para ilustrar, trago alguns cartazes e notícias da peça.


Dia 16 de janeiro de 1885

A FOLHA NOVA



BRAZIL



GAZETA DA TARDE


GAZETA DE NOTICIAS





Dia 17 de janeiro de 1885

A FOLHA NOVA


A SEMANA





BRAZIL





GAZETA DA TARDE


GAZETA DE NOTICIAS


JORNAL DO COMMERCIO



Dia 18 de janeiro de 1885

A FOLHA NOVA


GAZETA DE NOTICIAS


JORNAL DO COMMERCIO

Erroneamente apresentado como a segunda apresentação.
Na verdade trata-se da terceira exibição da peça.




Críticas

Após sua estreia, A Côrte na Roça foi duramente criticada enquanto peça, o mesmo acontecendo com seu autor. Porém, a imprensa não poupou elogios à música e ao talento de Chiquinha Gonzaga. Vejamos o que disseram alguns jornais.


GAZETA DA TARDE
17 de janeiro de 1885, p.2




GAZETA DE NOTÍCIAS
18 de janeiro de 1885, p.2




JORNAL DO COMMERCIO
18 de janeiro de 1885, p.1






DIÁRIO PORTUGUÊS
20 de janeiro de 1885, p.2




O MEQUETREFE
20 de janeiro de 1885, p.7




DISTRACÇÃO
22 de janeiro de 1885, p.3




REVISTA ILLUSTRADA
24 de janeiro de 1885, p.7





A ESTAÇÃO
31 de janeiro de 1885, p.10




A SEMANA
24 de janeiro de 1885, p.2



A SEMANA
31 de janeiro de 1885, p. 4








Músicas na Imprensa

Meses após a apresentação da peça, as composições de Chiquinha Gonzaga chegavam ao mercado em partituras para piano e canto, sendo divulgadas pela imprensa.



JORNAL DO COMMERCIO

 25 de janeiro de 1885, p.1




 27 de janeiro de 1885, p.5



 31 de janeiro de 1885, p



13 de março de 1885, p.5



 01 de maio de 1885, p.1



02 de maio de 1885, p.6






GRVAÇÕES E LETRAS


CÔRTE NA ROÇA
Balada com melodia de Chiquinha Gonzaga e versos de Francisco Sodré
Gravada pela Senhorita Odete
Disco Zon-O-Phone X-702
Lançado em 1903
Obs. Originalmente é uma valsa.



SACY PERÉRÉ
Dueto com melodia de Chiquinha Gonzaga, o autor dos versos é desconhecido.
Gravado por Os Geraldos
Disco Odeon Record 108.285, matriz XR-845
Gravado em 1906
Obs. Na partitura vem como tango brasileiro.



MENINA FACEIRA
Modinha com melodia e letra de Chiquinha Gonzaga
Gravada por Geraldo Magalhães
Disco Odeon Record 40.519
Lançado em 1905
Obs. Na partitura vem como tango.



MENINA FACEIRA
Tango com melodia e letra de Chiquinha Gonzaga
Gravado por Mário Pinheiro
Acompanhamento de violão
Disco Victor Record 98.952
Lançado em 1910



PRELÚDIO
Por Alexandre Dias




A CÔRTE NA ROÇA
BALADA
Por Wandrei Braga




A CÔRTE NA ROÇA
Por Antonio Adolfo



Trecho da minissérie Chiquinha Gonzaga
Estreia de A Côrte na Roça







A CÔRTE NA ROÇA

Esse teu leque formoso
De luz e perfume cheio,
É o beija-flor cauteloso
A esvoaçar em teu seio!
Este calor que tu sentes,
Que te escalda o coração,
São os sintomas ardentes De uma impetuosa paixão!

Ah! Ah! São os sintomas ardentes,
Ah! Ah! De uma impetuosa paixão

Este sorriso que implora
Que apurpura os lábios teus,
É uma restea da aurora
De outro azul e de outros céus.
Há no teu colo tremente
O mesmo encanto da flor.
Guarda esse leque explendente,
Meu primeiro e santo amor!

Meu coração não se acalma,
Não cessa de te adorar.
Deixa abrasar a minh’alma
Nas chamas do teu olhar.
Não temas não há perigo,
Por que te assustas, meu anjo?
Leva minh’alma contigo,
Solta as tuas asas arcanjo.



MENINA FACEIRA
Versão de Geraldo Magalhães

Menina faceira
Requebra ligeira
Seu corpo na dança
Seu corpo na dança
Enquanto é tangida
Viola querida
Viola querida
Não cansa

Seu pé tão mimoso
Batendo no chão
Parece que bate no meu coração
Parece que bate no meu coração
Parece que bate no meu coração

Dança mais minha sereia
Dança mais querido amor
Sapateia, sapateia
Sapateia com ardor

A linha mimosa
Da boca formosa
Da boca formosa
Qual fonte de amor
Sorri provocante
A todo instante
A todo instante
Tem meigo frescor

Teu busto airoso
Bailando fremente
Parece que baila na minha mente
Parece que baila na minha mente
Parece que baila na minha mente



MENINA FACEIRA
Versão de Mário Pinheiro

Menina faceira
Requebra ligeira
Seu corpo na dança
Seu corpo na dança
Enquanto é tangida
Viola querida
Viola querida
Não cansa

Seu pé tão mimoso
Batendo no chão
Parece que bate no meu coração
Parece que bate no meu coração
Parece que bate no meu coração
- Aí, mulata velha! Arrocha, minha nêga!

Bata mais minha sereira
Bata mais minha sinhá
Sapateia, sapateia
Tralalá, tralalá
Bata mais minha sereira
Bata mais, oh meu amor
Sapateia, sapateia
Sapateia com ardor.

Querida morena
De mim, tu tens pena
De mim, tu tens pena
De mim, minha flor
Requebra ligeira
Menina faceira
Menina faceira
Oh, meu lindo amor.

Seu pé tão mimoso
Batendo no chão
Parece que bate no meu coração
Parece que bate no meu coração
Parece que bate no meu coração
- Bata, minha nêga! Machuca esse coração que é teu!

Bata mais minha sereira
Bata mais minha sinhá
Sapateia, sapateia
Tralalá, tralalá
Bata mais minha sereira
Bata mais, oh meu amor
Sapateia, sapateia
Sapateia com ardor.

  
SACY PERÉRÉ

Geraldo:
Lá no alto da montanha
Nasce o sol todo encarnado
Minha amizade é tamanha
Que me faz cair no fado

Nina: Entra, compadre Juca!
Geraldo: Aí, comadre Filomeninha! Tá sacudida, hein? Ah!
Nina: Não compadre!

Os dois:
Quebra, quebra gente boa
Quebra, quebra até morrer
Quem não dança é gente à toa
Isto é só para moer.

Geraldo:
Dance primeiro o fado,
A comadre que é segura
Só fica sossegado
Quem tiver a perna dura

Nina:
Oh, seu velho sacudido
Puxa a fieira com jeito
Não se atrapalhe comigo
Encoste a barriga e o peito.

Geraldo:
Sinhá dona Filomena
Não me provoque assim
Nina: Ai!
Geraldo:
Que barriga sobe logo
Chegue-se, chegue-se pra mim.
Nina: Deixa eu ver compadre!

Nina: Ai, compadre!
Geraldo: Ai, comadre! Isto aqui é que faz com a gente, hein?!
Nina: Venha aqui, seu Juca! Mas isso é tão bom, tão gostoso, que faz a gente mexer com os pés. Coisa boa, hein?
Geraldo: Ainda, Filomeninha, ainda!
Nina: Ah!
Geraldo: Pois, olha eu ainda não dou minha perna ao diabo, comadre!
Nina: Ah, e eu seu Juca? Quando eu ouço um cateretê sinto uma coisa aqui interna que vai subindo, subindo e chega mesmo no centro!
Geraldo: Do que, comadre?
Nina: Do coração!
Geraldo: Ah, Ah, então vamos repetir mais um bocadinho do cateretê, comadre?
Nina: Está ouvindo? Então, maestro, faz favor de ? Isso é tão bom, que até levanta um defunto. ? Ah, compadre.
Geraldo: Ah, comadre!

Nina:
Lá me vem o sol nascendo
Redondo como um botão
Quem tem seu amor ingente
Tem sempre consolação.

Geraldo: Ah, a comadre sabe o que que é o amor enjeita o coração, hei, ah, ah?!

Os dois:
Quebra, quebra gente boa
Quebra, quebra até morrer
Quem não dança é gente à toa
Isto é só para moer.


Obs: Ingente = imenso












Agradecimento ao Arquivo Nirez


Fontes: 
Livro - Chiquinha Gonzaga: uma história de vida, de Edinha Diniz.

http://memoria.bn.br

http://chiquinhagonzaga.com/wp/

Canal do YouTube de Alexandre Dias: https://www.youtube.com/channel/UCGWqhLKsjMTmR8wSvOcEuqg

Canal do YouTube de Wandrei Braga: https://www.youtube.com/channel/UCxRZ6r7361bZ5D3Mnn2FI2Q














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