Vamos relembrar o ator e dublador ÊNIO SANTOS.
Iniciando
sua carreira no final da década de 1930, Ênio Santos foi cantor, rádio ator,
dramaturgo, produtor, ator e dublador, com uma longa e bonita carreira no rádio
e na televisão.
Ênio de
Azevedo Santos (algumas fontes dão como Azeredo) nasceu em Porto Alegre (RS),
em 15 de janeiro de 1922. Ainda criança, já estava morando no Rio de Janeiro. Gostava
muito de ir às emissoras de rádio para se distrair.
Segundo a
revista Carioca, de 1951, Ênio Santos tinha dez anos de idade quando participou
do programa infantil da Rádio Guanabara, onde ficou cantando por sete meses.
Querendo ser
cantor, participava com frequência os programas de calouros, em especial, o de
Renato Murce na Rádio Nacional.
Em 1938,
estreou como profissional no programa Horas Portuguesas, da Rádio Ipanema, onde
ganhava 300 cruzeiros mensais, em um contrato arranjado por seu pai.
Em 1939, ao
visitar Porto Alegre com a família, cantou por dois meses na Rádio Gaúcha.
Em 1940,
atuou ainda na Rádio Sociedade da Bahia (PRA-4) e nos Cassino Tabaris e Cassino
Palace, em Salvador, ganhando 1.500 cruzeiro por mês, ainda orientado por seu
pai.
Em São
Paulo, na Rádio Record, Ênio Santos teve sua primeira experiência com o rádio
teatro. Em meados da década de 1940, atuando no rádio e em boates, adotou também
o pseudônimo de Kenny Williams.
Em 1944, foi
contratado por um ano pela Rádio Tupi do Rio de Janeiro, onde participou do
rádio teatro. Porém, ficou somente vinte e cinco dias nesta rádio, indo para a
Rádio Mayrink Veiga, onde ganhava duas vezes mais para atuar como rádio ator e
interpretar melodias norte americanas.
Em 1945,
pelo selo Continental, Ênio Santos gravou seu único disco, com as canções: Lili
Marlene, famosa música durante a Segunda Guerra Mundial, e Destino.
Em 1948,
passou a trabalhar na Rádio Nacional, destacando-se como rádio ator.
Trabalharia ainda na Rádio Tamoio, novamente na Rádio Mayrink Veiga e Rádio
Piratininga, onde seria diretor artístico.
No cinema,
atuou em filmes como Fantasma por Acaso (1946), Asas do Brasil
(1947), Poeira de Estrelas (1948) e Obrigado, Doutor (1948).
Na
televisão, estreou na Rede Globo em 1967, na novela Anastácia, a Mulher sem
Destino. Fez ainda Sangue e Areia e Véu de Noiva.
Atuaria
ainda em Irmãos Coragem (1970), Escalada (1975), Pecado
Capital (1975), Dona Xepa (1977), O Astro (1977), Feijão
Maravilha (1979), Final Feliz (1982), Vereda Tropical (1984-1985),
Sinhá Moça (1986), Sassaricando (1987), Vida Nova (1988), entre
outras.
Sua última
novela foi O Cravo e a Rosa (2000).
Como dublador, Ênio Santos se destacou com personagens memoráveis: Zangado, de Branca de Neve e os Sete Anões; Timóteo, em Dumbo; narrador, em Hércules; Fa Zu, em Mulan; Chefe Ponto, em Moby Dick; e Willy Wonka, na primeira versão de A Fantástica Fábrica de Chocolate.
Ênio Santos faleceu em 30 de janeiro de 2002, duas semanas após completar 80 anos de idade.
Carioca, 1951 http://memoria.bn.br/ |
GRAVAÇÕES DE ÊNIO SANTOS
LILI MARLENE
Canção de N.
Schultze, H. Leip e T. Connor, em versão de Ariovaldo Pires
Gravada por
Ênio Santos
Acompanhamento
de Orquestra
Disco
Continental 15.387-A, matriz 10411-2
Gravado em
10 de junho de 1945 e lançado em agosto de 1945
DESTINO
Canção de Antônio Romeu e J. M. Alves
Gravada por
Ênio Santos
Acompanhamento
de Orquestra
Disco
Continental 15.387-B, matriz 10412-2
Gravado em 10 de junho de
1945 e lançado em agosto de 1945
RECORTES SOBRE ÊNIO SANTOS
A Scena Muda, 1952 http://memoria.bn.br/ |
A Scena Muda, 1952 http://memoria.bn.br/ |
Radiolândia, 1956 http://memoria.bn.br/ |
Fon Fon, 1957 http://memoria.bn.br/ |
Fon Fon, 1958 http://memoria.bn.br/ |
Radiolândia, 1957 http://memoria.bn.br/ |
Radiolândia, 1957 http://memoria.bn.br/ |
Radiolândia, 1958 http://memoria.bn.br/ |
Fon Fon, 1956 http://memoria.bn.br/ |
Revista do Rádio, 1951 http://memoria.bn.br/ |
A Scena Muda, 1953 http://memoria.bn.br/ |
Radiolândia, 1959 http://memoria.bn.br/ |
Radiolândia, 1956 http://memoria.bn.br/ |
Agradecimento ao Arquivo Nirez
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