Pepa Delgado, 1918. http://memoria.bn.br |
A atriz-cantora PEPA DELGADO
foi um dos importantes nomes de nosso Teatro de Revista de da Indústria
Fonográfica brasileira das primeiras décadas do século XX. Ela lançaria nos
teatros e nos discos alguns dos sucessos musicais que embalariam os tempos da
Belle Époque no Brasil.
Maria Pepa Delgado nasceu em Piracicaba (SP), em 21 de julho de 1886, falecendo no Rio de Janeiro aos 58 anos de idade, em 11 de março de 1945.
Filha de um toureiro espanhol,
Lourenço Delgado, e da paulista Ana Alves, Pepa Delgado estreou no teatro em
1900, atingindo o sucesso como atriz-cantora em 1904, quando passou a gravar discos
na Casa Edison, pelo selo Odeon Record. Também gravaria na Columbia Record e
faria cinema.
Sua carreira se estendeu até
1924. Em 1925, nascia Heitor, seu filho com o companheiro Almerindo Álvaro de
Moraes.
Em homenagem aos 135 anos do
nascimento de Pepa Delgado, trago mais um trecho de minha monografia abordando
sua vida e carreira. Hoje, falarei um pouco sobre sua passagem pelo Theatro São
José e a peça A Sertaneja, de Viriato Correia, com música de Chiquinha Gonzaga.
Boa leitura!
"3.3 ESTRELA DO THEATRO
SÃO JOSÉ
A
tática de usar sua fotografia em cartaz foi usada por ocasião de seu benefício
artístico, ocorrido em 30 de setembro de 1912, com a representação de Manobras
do Amor (FIG.28). Sua imagem também era utilizada para divulgar sua carreira e as
peças em que participava, como fez o periódico Fon Fon em fevereiro de 1913 o
qual apresentava em uma de suas páginas a fotografia de Pepa Delgado
caracterizada como o personagem Reco Reco na revista Dengo Dengo (FIG.29) e o Jornal de Theatro & Sport, de 1915, onde a atriz aparece
caracterizada como Innocencia na representação de Z. B. D. U. (FIG.30), por conta de seu benefício, sempre ocorrido em 30 de setembro.
Por ocasião da festa de setembro de 1912, o Correio da Manhã dedicou-lhe uma
nota com um grande retrato:
Pepa Delgado, a querida e popular actriz da companhia do theatro S. José, faz hoje sua festa artistica, com a deliciosa opereta original de Osorio Duque-Estrada, Manobras do Amor, um dos grandes successos do genero de espetaculos por sessões.Nome bastante conhecido no nosso meio teatral, Pepa Delgado occupa um logar de destaque, no qual se vem mantendo, com geraes sympathias do publico (Correio da Manhã, 30 de setembro de 1912, p.4).
Figura 28 – Cartaz da representação de Manobras
do Amor.
Fonte: Correio da Manhã, 14 de setembro de 1912, p.12.
Figura 29 – Pepa Delgado
interpretando o personagem Reco Reco na revista Dengo Dengo.
Fonte: Fon Fon, 01 de fevereiro de 1913, p.55. Hemeroteca Digital Brasileira da Biblioteca Nacional. Disponível em <http://memoria.bn.br>. Acesso em: 02 mar. 2018. |
Fonte: Jornal de Theatro e Sport, 26 de
setembro de 1914, p.5. Hemeroteca Digital Brasileira da Biblioteca
Nacional. Disponível em <http://memoria.bn.br>. Acesso
em: 02 mar. 2018.
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Para divulgar a peça A Viúva da Alegria,
paródia da opereta A Viúva Alegre, de Franz Lehar, o jornal O Imparcial
publicou meia página com a fotografia de alguns artistas do elenco (FIG.31), entre eles Pepa Delgado, que interpretava
a protagonista Anninhas de Charivari (versão de Anna Glavarry) e a Lavadeira.
Cecília Porto, Laura Godinho e seu esposo, o ator Alfredo Silva, também
participavam do elenco, sendo alguns dos principais nomes da Empresa de Pascoal
Segreto.
Figura 31 – Parte do elenco de A Viúva da Alegria.
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Antes da estreia O Imparcial publicou uma
curiosa nota sobre o desaparecimento de Pepa Delgado em um dos ensaios,
aproveitando para descrevê-lo. A nota sobre o ensaio e desaparecimento de Pepa
Delgado tem o título de “Na Hora do Ensaio – A proposito dos nossos clichés de
hoje”:
- Pepa! oh! Pepa. Onde se metteu a Pepa?! Ninguem a viu?!
Assim gritava o sr. Domingos Braga, agitado e pallido, não de raiva, mas de esforço, quando entrámos ha dias no theatro S. José. Ensaiavam a parodia “A viuva da alegria”. Haviam dado a deixa para a actriz Pepa Delgado e ella não estava presente. O trabalho cessou durante alguns minutos e todos começaram a gritar pelo nome da artista desapparecida. Não tardou que ella surgisse naquelle seu andar mansamente bamboleante de meiga patinha (O Imparcial, 18 de fevereiro de 1913, p.6).
O artigo continua descrevendo o ensaio,
voltando o ensaiador Domingos Braga à calma e o elenco seguindo um trecho
cantante. Os artistas e coristas iam bem nas músicas, porém, algumas vezes, o
piano ia para um lado e as vozes para outro, uma “pandega”. Tudo feito sem
esforço, sem zanga, “pois o pessoal do theatro é por natureza alegre”. Nas
áreas do teatro alguns artistas estavam às voltas com “espumantes copos de
cerveja”, conversando geralmente sobre um assunto “caracteristicos dos meios
teatrais – a intriga”. Em algazarra, os coristas acabavam o ensaio e “sahiam
satisfeitos como meninos de collegio ao terminar as aulas”. Mas o ensaio
prosseguia para os artistas e, não tardou que o ensaiador novamente
empalidecesse e começasse a gritar outra vez: “Pepa! oh! Pepa!...”. Novamente a
atriz Pepa Delgado havia fugido e, dessa vez, não apareceu: “Ao terminar a sua
„fala‟, no mesmo andar
mansamente bamboleante de meiga patinha com que acudiu ao primeiro chamado
fez-se caminho da rua e bateu azas”.
(O Imparcial, 18 de fevereiro de 1913, p.6). O fotografo tirou as poses
dos outros artistas e precisou retornar em outro dia para fazer as fotos de
Pepa Delgado, uma das estrelas do São José, e dessa vez ele não havia perdido a
viagem. Esse artigo, assim como outros analisados em nossa pesquisa, mostra uma
má vontade para com o pessoal do teatro, destacando as fofocas e intrigas em
detrimento da atuação dos artistas. Não sabemos o porquê do “desaparecimento”
da atriz principal, os motivos que a levaram a se afastar do ensaio, mas se
isso realmente aconteceu não prejudicou o resultado final da peça, que foi bem
recebida pelo público e pela imprensa.
O mesmo O Imparcial elogiava os autores que “foram muito felizes, pois a parodia está bem feita, tem graça a valer e não tem pornografia”, informando que o Pepa Delgado havia apresentado um bom trabalho, cantando bem em várias partes (O Imparcial, 19 de fevereiro de 1913, p.8). A Epoca destacava o lado feminino do elenco: “Pepa Delgado na Anninhas do Charivari, uma mulata sympathica e pernóstica, a que ella emprestou uma graça natural [...]” (A Epoca, 19 de fevereiro de 1913, p.3, grifos do autor).
Mesmo interpretando um personagem europeu, a atriz terminava por também interpretar um tipo brasileiro característico do teatro de sua época, a mulata, no qual ela vinha se especializando. Ao fazer a paródia os autores inseriam ingredientes associados à cultura brasileira de então e o público aceitava de bom grado. A essa altura, Pepa Delgado era considerada a primeira atriz da companhia do Theatro São José, segundo o jornal A Epoca, comentando sua atuação na paródia, por ocasião da aproximação das cem representações da peça (A Epoca, 09 de março de 1913, p.7). Nesse ano, a 30 de setembro, acontecia o tradicional benefício da atriz (FIG.32 e 33).
Figura 32 – Nota sobre o tradicional benefício de Pepa Delgado.
“Pepa Delgado – Distincta actriz brazileira que faz hoje a sua récita anual, motivo, sem duvida, para que lhe seja dado avaliar o quanto é querida pelo publico”.
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Peça exibida pelo
benefício de Pepa Delgado. Fonte: A Epoca, 30 de setembro de 1913, p.8. Hemeroteca Digital
Brasileira da Biblioteca Nacional. Disponível em <http://memoria.bn.br>. Acesso em: 03 mar. 2018. |
O benefício da atriz era sempre uma festa
concorrida, a cada ano divulgado com destaque pela imprensa. Em 1913 a atriz
Cinira Polonio não fazia mais parte da Empresa do Theatro São José. Considerada
uma grande atriz e estrela, ela servia de referências para outras atrizes por
sua elegância e talento, sendo também compositora e empresária. Nesse ano, Pepa
Delgado passa a ser a estrela da companhia. Nesse posto interpretou mais um
tipo popular, a criada Doninha na opereta Por Traz da Cortina60. A
imprensa destacava a “belíssima canção por Pepa Delgado”, Petropolitana,
de Adalberto de Carvalho, “um dos maiores sucessos teatraes destes ultimos
tempos”. (A Imprensa, 25 de março de 1914, p.5). Interpretada no segundo
ato da opereta, Petropolitana tinha seus versos estampados em uma das capas do Jornal
de Theatro & Sport em 1914, acompanhada de um grande retrato de Pepa
Delgado (FIG.34).
“Pepa Delgado – Distincta e festejada actriz brazileira, estrella do Theatro São José, que com tanta naturalidade canta a popular „Petropolitana‟”.
Fonte: Capa do Jornal de Theatro & Sport, 02 de maio de 1914. Hemeroteca Digital Brasileira da Biblioteca Nacional. Disponível em <http://memoria.bn.br>. Acesso em: 03 mar. 2018. |
[...]
“3.3.3
A Sertaneja
Após meses de excursão por São Paulo e pelo Nordeste, a companhia do Theatro São José chegava ao Rio de Janeiro em meados de setembro e já apresentava novas peças, reservando para fins de outubro um grande sucesso. A burleta A Sertaneja seria o primeiro trabalho do escritor Viriato Correia, sendo musicada por Chiquinha Gonzaga, tendo estreado em 28 de outubro de 1915 no Theatro São José. O autor concedeu uma entrevista ao jornal A Epoca, onde explicava a peça, que retomava o estilo regional cuja parte ação se passava no sertão:
- “A sertaneja” – diz-nos elle – é apenas uma burleta de costumes nacionaes. Nada mais, nada menos que isso. Eu quiz trazer para o palco um pouco da alma matuta, que, infelizmente, não tem sido aproveitada pelos nossos theatrologos. Os nossos sertanejos têm habitos, ridiculos, cantigas e danças que me parecem ser de um sabor novo no nosso theatro. Escrevi “A sertaneja” para isso – para mostrar á nossa gente um aspecto brasileiro que o proprio Brazil pouco conhece (A Epoca, 26 de outubro de 1915, p.4).
Notemos o teor preconceituoso do autor para
com os sertanejos, que ele mesmo procurava retratar e fazer com que o país
conhecesse sua cultura. A peça tinha três atos, os dois primeiros passados no
Rio de Janeiro e o último no sertão. Viriato Correia procurava mostrar “uma
modalidade curiosa da alma da mulher matuta”, que seria matuta por onde andasse
sem se esquecer de seus campos, seus sambas, de sua cultura. O seu coração,
segundo ele, ficou plantado no sertão, “vicejando e florindo pelo amor de um
moço camponio qualquer, que a embriaga de trovas ao som da viola”. Na cidade,
ela guardava-se para o seu moço. O autor colocava a sertaneja no Rio de
Janeiro, onde ela era seguida por muitos admiradores, brincava com todos, mas
não se entregava a nenhum, pois, só o faria ao homem do seu meio, “o mais
ardente cantador á viola de sua aldeia”, aquele que, segundo ela, “tóca o
coração da gente”. Através desse enredo, ele ia mostrando os ridículos da
cidade e do sertão, com seus caricatos coronéis, que mandavam na cidade,
fazendo passar pelo ato do campo “os aspectos alegres dos costumes matutos, as
danças, as cantigas, a alegria viçosa que existe nos meus mattos nortistas”.
Era lá que se encontrava o cantador de viola, que ia da expressão do amor mais
doce até “a mais tragica attitude do punhal”.
O autor informava não ser uma peça literária e elogiava a atuação dos artistas até “o ultimo figurante”, cuja boa vontade se manifestava. Sobre a atriz principal, ele afirmava: “Pepa Delgado, a protagonista, tem-se mostrado uma creatura estudiosa, conscienciosa. O papel é dificil, mas já as dificuldades foram por ella vencidas”. Ainda elogiava a música de sua amiga Chiquinha Gonzaga que “compreendeu as menores subtilezas da alma sertaneja”. (A Epoca, 26 de outubro de 1915, p.4). O personagem Sertaneja era vivido por Pepa Delgado, Alfredo Silva dava vida a Janjão, e ainda no elenco Laura Godinho (Veridiana) e Vicente Celestino (Jandaia) (A Epoca, 28 de outubro de 1915, p.4, grifos nossos). Na peça aparecia a “graciosa actriz” Júlia Martins (Chica Pica-Fogo), cuja volta ao elenco foi destacada no cartaz63 (O Paiz, 28 de outubro de 1915, p.4, grifos nossos). Ao assistir aos ensaios, o jornal A Rua publicou: “Pepa Delgado, a protagonista da peça, a „Sertaneja‟, manifestou-nos o seu contentamento: - O meu papel é um papel. O autor está satisfeito commigo” (A Rua, 22 de outubro de 1915, p.5). A crítica recebeu bem a interpretação do elenco:
Na “Sertaneja” todos os
personagens são apanhados do natural, não ha exageros nem deficiencias. Assim,
Pepa Delgado, na protagonista, Laura Godinho, na Veridiana, Julia Martins, na
Chica, enfim, todo o conjunto, soube, magistralmente, comprehender e
interpretar a idéa magnifica de Viriato Correia, dando-nos verdadeiros typos
brasileiros, cheios, soberanamente cheios de cunho nacional (A Epoca, 29
de outubro de 1915, p.4).
[...] A nova peça do nosso collega é legitimamente nacional e póde-se mesmo dizer regional, principalmente no seu 3º acto, passado em uma villa do interior. O autor, que procurou da a sua peça, um entrecho, se não foi feliz na escolha, por ser de pouco interesse, ainda assim conduziu-o habilmente e conseguiu tirar alguns effeitos. Os dois primeiros actos da peça são de uma observação fantasista, o terceiro, porém, denota mais verdade nas observações e nos typos postos em scena. Em toda a peça, porém, ha uma musica, que vem confirmar a reclame ha muito usada pela empreza Paschoal Segreto: aquella de facto é uma linda musica e outra coisa não éra de esperar em se tratando de uma partitura nacional, da inspiração da maestrina brazileira Francisca Gonzaga. Dos principaes personagens se encarregaram Pepa Delgado , Laura Godinho, Alfredo Silva, Torres e Figueiredo, tendo os demais se conduzido muito bem [...]. Julia Martins, que fez a sua estréa no S. José, teve a seu cargo um pequeno papel e como sempre, mostrou o excellente elemento que é nas peças nacionaes. Bem posta em scena, A sertaneja agradou e isso ficou provado nas palmas com que foram saudados os artistas e nos chamados á scena dos autores, unanimemente aclamados. – Hoje, repete-se a interessante burleta, em tres espetaculos (O Paiz, 29 de outubro de 1915, p.4, grifo do autor).
Da trilha sonora de A Sertaneja somente uma música foi gravada e chegou aos nossos dias. Com o título homônimo, os versos da canção nos dão uma ideia do clima romântico do sertão que a peça queria retratar:
O Imparcial também elogiava o retrato das pessoas do sertão através da pena do autor:
[...] Viriato, o conhecido escritor nortista, poz em relevo, e com felicidade, a mulata dos nossos sertões, que a actriz Pepa Delgado viveu a contento geral. [...] Cumpre ressaltar o trabalho bem cuidado de Julia Martins, que embora só entrasse no 3º acto, fazendo uma personagem com o nome de “Chica Pica-Fogo”, arrancou muitas palmas do publico que enchia o popular theatro da praça Tiradentes (O Imparcial, 30 de outubro de 1915, p.6).
Já
A Noite fez uma crítica desfavorável, elogiando Chiquinha Gonzaga, porém,
chegando a ser machista com as atrizes:
[...] A apreciada maestrina patricia D. Francisca Gonzaga cooperou grandemente na peça, dando-lhe, com a sua musica original, o cunho verdadeiramente brasileiro, que foi desvirtuado pela prosa do escriptor. Procurando apresentar scenas engraçadas, o autor da <<A sertaneja>> fez uma pela illogica, com um enredo mais fantasista que real, e com umas criticas despropositadas. [...] <<A sertaneja>> tem, porém, um final de acto (o do segundo) e um acto (o terceiro) bem theatraes, que justamente agradaram, sobretudo pela factura dos versos e harmonia da musica dos descantes sertanejos. O desempenho, <<A sertaneja>> poderia tel-o melhor, si da parte feminina houvessem papeis conseguido as interpretações que alcançaram do sexo forte. Alfredo Silva, Torres, João de Deus, Pedroso, Vicente Celestino, Figueiredo, Mattos, Franklin e Fineco estiveram a contento do publico. Na parte feminina, deante da interpretação das demais, só se puderam destacar Julia Martins, Pepa Delgado e Laura Godinho (A Noite, 30 de outubro de 1915, p.5).
O Jornal do Brasil foi mais receptivo:
A
companhia que funcciona no theatro S. José, da empreza Paschoal Segreto, teve
hontem duas formidaveis enchentes, com a primeira representação da nova peça do
jornalista maranhense, Sr. Viriato Correia, um dos redactores d´”A Rua”. [...]
A circumstancia de ter sido a “burletta” musicada pela maestrina Francisca
Gonzaga, uma das mais afamadas creadoras de trechos musicaes que mais se
popularisam, pela technica e inspiração que são seu apanagio [...]. As Sras.
Pepa Delgado, Julia Martins e Laura Godinho tiveram os mais fortes papeis
[...]. A peça está cuidadosamente montada e é natural que a previsão do “Jornal
do Brasil” seja uma realidade: a burleta fará carreira (Jornal do Brasil,
29 de outubro de 1915, p.10).
O jornal informava que não houve as três habituais sessões, pois o público pedia a repetição de várias cenas, fazendo com que a segunda sessão terminasse as 23h45.
A Sertaneja seria uma das principais peças
do repertório de Pepa Delgado, atingindo um grande sucesso e sendo remontada,
anos depois, com outros elencos. No auge de sua carreira, ela explorava um novo
tipo popular na figura da moça simples dos sertões, em peças que explorariam a
vida e os personagens sertanejos. Depois de anos investindo em sua carreira
artística, era chegado o momento da consagração. Porém, sua posição de estrela
não impedia que outras atrizes se destacassem, como Júlia Martins”.
PEPA DELGADO, OS 126 ANOS DA
PRIMEIRA GRANDE CANTORA BRASILEIRA: http://bit.ly/2T1GJhm
Atriz-cantora Júlia Martins
Fonte: Centro de Documentação e Informação (Cedoc) – Fundação Nacional de Arte (Funarte). |
Fotografia da atriz Pepa Delgado
Fonte: Fon Fon, 14 de setembro de 1912, p.62. Hemeroteca Digital Brasileira da Biblioteca Nacional. Disponível em |
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