Bob Lazy foi
um dos populares cantores da década de 1930 no Rio de Janeiro. Seu repertório
era composto de canções norte americanas, tornando-o um dos artistas
brasileiros que adotaram nome e a cultura estrangeira para divulgar no Brasil.
Seu nome de
batismo era Ary Roza, tendo nascido em 07 de junho de 1911, no bairro de
Botafogo, no Rio de Janeiro. Era filho de Idalina Nunes da Roza e Joaquim Norberto da Roza.
Estudou no
Colégio Pedro II.
No começo da
década de 1930, ele era amigo de Noel Rosa, integrando as serenatas boêmias que
o compositor de Vila Isabel participava. Ary cantava nessa época as canções
brasileiras.
Tendo uma
boa voz, dominando a língua inglesa e tendo uma boa pronúncia do idioma norte
americano, adotou o nome artístico de Bob Lazy e passou a cantar fox e fox trot
americanos no rádio brasileiro. Por essa época, a música vinda dos EUA fazia
muito sucesso, de tal forma que Bob se tornou um dos populares cantores do Rio
de Janeiro, mesmo cantando em inglês.
Em 1932, iniciou
sua participação no rádio atuando no pioneiro Programa Casé, na Rádio Philips. Sua
primeira música interpretada na rádio foi My Mother Eyes, de Abel Baer.
Também atuaria na Rádio Mayrink Veiga, Rádio Club e Rádio Cruzeiro do Sul.
Em 10 de junho de 1943, casou-se com Jacy Valente de Aguiar.
Em 1936,
devido ao seu prestígio, foi convidado a ser um dos cantores que inaugurariam a
Rádio Nacional do Rio de Janeiro, em 12 de setembro de 1936, sendo contratado
pela emissora.
Sua música
predileta era Night and Day, fox de Cole Porter.
Segundo a
revista Carioca, em 1937, Bob Lazy media 1,70m e pesava 55 kg, tendo olhos e
cabelos pretos.
Mesmo
seguindo sua carreira como cantor, em 1937, ele estava estudando Medicina, formando-se em 1938.
Carioca, 1936 http://memoria.bn.br/ |
A Noite Illustrada, 1937 http://memoria.bn.br/ |
A Noite Illustrada, 1937 http://memoria.bn.br/ |
Carioca, 1937 http://memoria.bn.br/ |
Cinearte, 1938 http://bjks-opac.museus.gov.br/ |
Cinearte, 1938 http://bjks-opac.museus.gov.br/ |
O Malho, 1939 http://memoria.bn.br/ |
No começo da
década de 1940, Bob Lazy se tornou crooner da Orquestra de Napoleão
Tavares.
Em 1942, fez
sua única participação em disco, gravando ao lado de Francisco Alves a marcha Sabremos
Luchar, de Nássara, Frazão, Magalhães Jr. e P. Frischauer. Era época da Segunda
Guerra Mundial e Francisco Alves havia gravado a mesma música em português.
Nessa versão, Francisco Alves canta em espanhol e Bob Lazy, em inglês. O
acompanhamento ficou a cargo de Fon Fon e sua Orquestra. A letra e castelhano foi feita por R. Magalhães Júnior, enquanto que, a em inglês, foi feita por P. Frischauer.
Ao longo da
década de 1940, embora atuando com a Orquestra de Napoleão Tavares, foi diminuindo
o ritmo de sua vida artística.
Como médico,
atendia por Dr. Ary Roza.
Em 1957, foi
eleito diretor do Riachuelo Tênis Club.
Em 1958, abandonou a carreira de cantor, na TV Tupi, e se mudou para São Paulo, tomando posse no cargo de médico da Secretaria de Saúde do Estado.
Também foi professor de Biologia, no Colégio Pedro II, em Mogi das Cruzes (SP).
Ele faleceu em 13 de novembro de 1980.
Carioca, 1950 http://memoria.bn.br/ |
RECORTES SOBRE BOB LAZY
Carioca, 1936 http://memoria.bn.br/ |
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Carioca, 1937 http://memoria.bn.br/ |
Carioca, 1937 http://memoria.bn.br/ |
Carioca, 1937 http://memoria.bn.br/ |
Programação da Rádio Nacional em dezembro de 1938 A Noite Illustrada, 1938 http://memoria.bn.br/ |
Carioca, 1939 http://memoria.bn.br/ |
A Noite Illustrada, 1941 http://memoria.bn.br/ |
A Scena Muda, 1942 http://memoria.bn.br/ |
A Scena Muda, 1943 http://memoria.bn.br/ |
Visão Brasileira, 1945 http://memoria.bn.br/ |
Visão Brasileira, 1945 http://memoria.bn.br/ |
A Scena Muda, 1948 http://memoria.bn.br/ |
A Scena Muda, 1951 http://memoria.bn.br/ |
BOB LAZY Carioca, 1937 Arquivo Nirez |
O Malho, 1939 http://memoria.bn.br/ |
SABREMOS LUCHAR
SABREMOS
LUCHAR
Marcha Patriótica
de Nássara e Frazão
Versão em
espanhol de R. Magalhães Júnior
Versão em
inglês de P. Frischauer
Gravado por
Francisco Alves (espanhol) e Bob Lazy (inglês)
Acompanhamento
de Fon Fon e Sua Orquestra
Disco Odeon 12.121-B,
matriz 6896
Gravado em
14 de janeiro de 1942 e lançado em março de 1942
Francisco
Alves
En la guerra
se es
preciso combatir
por la
Patria
com valor
puedo morir
Lucharé con
amor
y el valor
de un pecho
brasileño
Por el cielo
azul
resplandeciente
que cubre de
bonanza
nuestro
continente
Nosotros
queremos
vivir em la
paz
Amamos la belleza
de la naturaleza
Pero si nos
vienen molestar
con nuestras
armas sabremos luchar
Y lucharemos
por el cielo
refulgente
que cubre de
bonanza
nuestro
continente
Bob Lazy
In warfare
if we have
to fight
to defend
our country´s
sacred right
we will
fight
with all
might
day and
night
for we will
never bend
We,
Brazilian men, will defend
the sky, the
shinning tent
above our
sacred land
We do love
peace
Our beloved
peace
We do love
our life
Without
blood and strife
But if we
are insulte dor attacked
We will show
we know how to fight
We will not
bend
For we know
how to defend
The sky, the
shinning tent
Above our
sacred land.
Agradecimento ao Arquivo Nirez
Gostei dessa versão de Sabemos Lutar
ResponderExcluirFilho de Joaquim Norberto da Roza e Idalina Nunes da Roza (seu sobrenome na verdade era 'DA ROZA' e não 'ROSA', casou-se em 10 Junho de 1943 com Jacy Valente de Aguiar. Em 1958 larga a carreira de cantor na TV Tupi e se muda para São Paulo, onde tomou posse do cargo de médico da Secretaria de Saúde do Estado.
ResponderExcluirSou filha dele, não havia Da Roza. O nome dele era Ary Roza apenas.
ExcluirSou Jaciara Roza Ribeiro, filha de Bob Lasy.
ExcluirNão havia Da em seu nome.
Era simplesmente Ary Roza
Faleceu em Novembro de 1980. Sua missa de 7º dia foi celebrada no Méier em 20/11/1980.
ResponderExcluirMeu pai, Ary Roza era um homem extraordinário. Excelente médico, cantor e ser humano de caráter ilibado. Sua morte em 14/11/1980 no Rio de Janeiro, foi uma perda inestimável para toda a família.
ResponderExcluirSeu falecimento foi em 13 de novembro de 1980 de enfarto agudo do miocárdio.
ResponderExcluirMeu pai, tb foi professor de Biologia no Colégio D.Pedro I em Mogi das Cruzes, São Paulo.
ResponderExcluirMeu pai amada. Nunca o esquecerei ! Amor eterno.
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