PEPA DELGADO Arquivo Marcelo Bonavides |
Pepa Delgado foi um dos principais nomes de nossa música popular nas primeiras décadas do século XX. Sendo uma famosa atriz-cantora do Teatro de Revista, ela também gravaria vários discos entre 1904 e 1910, pelos selos Odeon Record e Columbia Record, sendo uma das primeiras mulheres a gravar discos no Brasil.
Nascida em Piracicaba (SP), em 21 de julho de 1886, Maria Pepa Delgado de Moraes faleceria no Rio de Janeiro, em 11 de março de 1945, há 76 anos.
Em
sua homenagem, trago um trecho de minha monografia Pepa Delgado – A Trajetória
de uma Atriz-Cantora (1886 – 1945), onde destaco as primeiras gravações
realizadas por Pepa Delgado na Casa Edison.
O ano de 1904 foi muito importante para a carreira de Pepa Delgado. Foi nesse ano que ela teve uma grande oportunidade como atriz-cantora ao participar da revista Cá e Lá, a princípio interpretando aproximadamente cinco personagens. Ao substituir uma das estrelas da peça, a atriz Aurélia Delorme, Pepa passou a defender onze personagens em cena. A próxima peça, a revista Avança!, também exibida em 1904, iria aumentar mais ainda o prestígio da jovem atriz.
Todo esse êxito alcançado por Pepa Delgado resultou em convites para gravar alguns discos na Casa Edison, em selo Odeon Record, registrando em cera alguns sucessos das duas peças. Dessa forma, ela estreava no disco cantando algumas das canções que fizeram parte dos espetáculos.
Agradando em cheio, Pepa Delgado seguiria conquistando novos sucessos em discos e, principalmente, nos palcos.
“2.3.1 Discos Odeon Record
Os primeiros discos de Pepa Delgado lançados no mercado traziam músicas das duas revistas que ela participou no ano de 1904, estreadas em março e em outubro, respectivamente. O primeiro disco que encontramos lançado no mercado é o Odeon Record de número 10.034, com o maxixe O Vagalume, de José Nunes, que fazia parte de Avança!, sendo um dos personagens interpretados por ela. Já o segundo disco é o Odeon Record de número 10.036, com a cançoneta de José Nunes, O Caso do Dia, da revista Cá e Lá, e também um dos seus personagens. Pelas datas das estreias das peças, podemos indicar que as músicas do repertório de Cá e Lá foram gravadas primeiro, enquanto que o repertório de Avança! foi registrado a partir de outubro, porém, quando lançados à venda, o da última peça recebeu uma primeira numeração. Ainda de Cá e Lá ela gravou O Abacate (nº 10.059) cançoneta de Chiquinha Gonzaga, personagem da atriz Cinira Polônio na peça.
No selo lê-se: O Abacate da revista "Cá e Lá" pela actriz Pepa Delgado. Arquivo Marcelo Bonavides |
Os versos de O Abacate destilavam a malícia característica das composições para o teatro de revista:
Tem mui preciosas propriedades
Artes possui, misteriosas
Pra corrigir a tenra idade
Os descalabros e outras coisas
Levanta um morto e se nos vivos
Produz desejos... de morrer
É pra de novo e mais ativos
Breve...
Tornarem-se a erguer.
Assim num moribundo
Que é caso sabido
Já de todo perdido
Não dava uma palavra
Tal efeito profundo
Fez o abacate
Em suma, em suma
Até que fez
Que o homem em vez duma...
- Deu duas?
Deu três... palavras, sim senhor!
E como a morte houvera
Às pressas erguido o voo
O morto (horror!) inda ficou
Pra mais conversa...
Restaurador por excelência
Dos organismos desfalcados
Ele não é sem competência
Como o tônus mais afamado
A panaceia abençoada
De sua crème tem sabor
Pode salgada, pode gelada
A prova já nos dá calor...
[...] Também da peça Cá e Lá, Pepa Delgado gravaria Democráticos e Fenianos (nº 10.067), autor desconhecido, personagens das atrizes Cinira Polônio e Aurélia Delorme, respectivamente; Café Ideal (Café de São Paulo) (nº 10.074), maxixe de Chiquinha Gonzaga, personagem da atriz Cinira Polônio; Fruto Proibido (nº 10.077), cançoneta de A. Royal e P. Bessa, personagem da atriz Cinira Polônio, todas essas composições lançadas em 1904; e mais ainda, Maxixe Aristocrático (nº 40.224), maxixe de José Nunes, gravado em parceria com o ator Alfredo Silva, dançado e cantado por Pepa e Alfredo na peça. Há ainda uma gravação chamada Avenida Central (nº 40.307) lançada em 1906 (época da segunda reapresentação de Cá e Lá e também da inauguração da Avenida Rio Branco, conhecida como Avenida Central) e que era também personagem da atriz Cinira Polônio na primeira versão da peça.
A trilha sonora da peça contava com uma homenagem a alguns dos
clubes carnavalescos mais famosos na época, Democráticos (interpretado por Cinira Polônio) e Fenianos (representados por Aurélia Delorme). Pepa Delgado uniu as
duas canções na mesma gravação, intitulada como Democráticos e Fenianos:
Trazer
alegria, amor
Sempre
foi o nosso lema
Hino da
nossa aguerrida
Gozar com
ânsia e fulgor
Eis aqui
o nosso tema
E nos são
conseguida
No
carnaval belo ornamento
Temos um
povo fanático
O
carnaval com ornamento
Os
valentes Democráticos
Nas
procissões causam espanto
Nossos
cortejos de alegria
É
deslumbrado
O nosso
encanto é um por dia
- Bravo
Democráticos!
- Agora,
os Fenianos!
O povo a
mim me quer
Com
sincero entusiasmo
Basta eu
aparecer
Para ele
ficar pasmo
Alegre,
firme e seguro
É o nosso
batalhão
Que na
trupe do entrudo
Dá no
baile um ?
Fenianos
sem igual
Ensinamos
sempre avante
Ornamento
inflamante
Mais
famoso do carnaval.
- Bravos
Fenianos!
- Viva os Fenianos!
A peça seguia exaltando o sabor e aroma do
café feito em São Paulo, de acordo com a música, o melhor do país. Chiquinha
Gonzaga compôs a melodia e escreveu a letra de Café Ideal (Café de
São Paulo), cuja melodia do refrão é a mesma da música Oh, Sole Mio,
de Giovanni Capurro. A compositora faria uma leve modificação nos versos da
primeira estrofe, porém, trazemos a versão que foi gravada. Novamente um
personagem interpretado por Cinira Polônio e gravado por Pepa Delgado:
Café puro
e saboroso,
Negro
qual noite sem luar
Que, só
cheiral´o dá goso
Dá doso
saborear...
Não ha
moka que me vença,
O melhor
tonico igualo!
Pois tens
na tua presença,
Café
onça! De S. Paulo...
Café ideal,
O
nacional
É sem
rival,
E sem
engano!
E o seu
sabôr...
Inda é
melhor
Se do sul
fôr
Fôr
paulistano!
Ai! não
ha!
Ai! não
ha!
Café,
como o de S. Paulo!
Segue a
gente uma alma nova
Sentimos
no corpo entrar
Prová-lo
se tem a prova
E o bem
que prova é provar
A
exaustão chama doença
Os
organismos igualo
Pois tem
a tua presença
Café hoje é de São Paulo.
Maxixe Aristocrático, de José Nunes, tendo feito muito sucesso em Cá e Lá, seria gravado por Pepa Delgado e o ator Alfredo Silva em disco Odeon Record lançado em 1905; os mesmos artistas haviam dançado e cantando a música na peça e levaram para o disco a mesma integração e alegria com que apresentavam no palco25. A letra foi copiada da partitura original e faz um grande elogio ao maxixe, dança considerada imoral na época e repudiada pela elite, mas que fazia muito sucesso com o público do teatro de revista. Ousados, os versos afirmavam que até o Papa, tendo conhecimento das delícias da coreografia, viria de Roma ao Brasil para dançar o maxixe:
Ella –
O maxixe
aristocratico
Ei-lo,
que desbancará
Valsas,
Polkas e Quadrilhas.
Quantas
outras dansas há!
Elle –
O maxixe
tem sciencia,
Ou pelo
menos tem arte...
Para
haver proficiencia,
Basta méxer certa parte!
Ambos –
Méxe!
Méxe! Méxe e reméxe!
De prazer
vamos quebrar,
Ai, sim
quebrar!
Quebra!
quebra! Quebra e requebra
Vamos de
gosto dansar!
Vamos de
gosto dansar!
Ella –
Nobres,
plebeus e burqueses,
Caso e
(sic) verem-odansar,
Tudo
acabará em breve
Por, com
furia, maxixar!
Elle –
Pois o
proprioPadre Santo,
Sabendo o
gosto que tem,
Virá de
Roma ao Brazil,
Dansar o
maxixe tambem!
Ambos –
Méxe! Méxe! etc, etc.
A fama do Maxixe Aristocrático fez
com que Pepa Delgado e Alfredo Silva o apresentassem várias vezes em
intermédios de outros espetáculos como em 26 de agosto de 1904 no festival em
benefício ao ator Álvaro Colás (O Paiz, 26 de agosto de 1904, p.6.), e
em 1905, com o inolvidável Maxixe Aristocrático apresentado por Pepa
Delgado e Alfredo Silva no intermédio da récita da atriz Maria da Piedade em A
Capital Federal, de Arthur Azevedo (Correio da Manhã, 26 de julho de
1905, p.6.).
Um dia antes do centenário de apresentações
da peça Cá e Lá, o Correio da Manhã (01 de julho de 1904, p.2) saudava
as músicas da revista, afirmando que elas concorreram para o êxito do
espetáculo, citando, entre outras, O Abacate, “O Café de S. Paulo”, “O
Fructo Prohibido”, e o Caso do Dia, todas gravadas por Pepa Delgado.
Ainda em 1905 encontramos no jornal O Paiz um anúncio de discos de vários artistas, entre eles, Pepa Delgado (O Paiz, 12 de março de 1905, p.5).
O Paiz, 12 de março de 1905 http://memoria.bn.br/ |
Da revista Avança!, Pepa Delgado gravou as seguintes composições: O Vagalume (Odeon Record nº 10.034), maxixe de José Nunes, personagem de Pepa Delgado; A Recomendação(Odeon Record 10.064), cançoneta de Assis Pacheco onde Pepa Delgado é acompanhada por coro, personagem de Lucília Peres; O Eixo da Avenida – A Menina do Eixo (Odeon Record 10.065), valsa de Assis Pacheco, personagem de Lucília Peres; O Mingau (Odeon Record 10.081), choro de José Nunes, provavelmente personagem de Aurélia Delorme, que interpretava A Mulata do Mingau. E ainda Um Samba na Penha (Odeon Record 10.063), gravado em parceria com Mário Pinheiro, de Assis Pacheco. Paiva (1991) afirma que a cançoneta A Recomendação, “permitia à endiabrada senhorita Delgado pintar o sete na interpretação” (p.141). Se o personagem era de Lucília Peres, é provável que Paiva se referisse à gravação de Pepa Delgado.
No selo lê-se: A Recommendação da revista "Avança" pela actriz Pepa Delgado. Arquivo Marcelo Bonavides |
A Recomendação apresenta versos maliciosos dignos de uma peça de revista:
Para um
empenho
Decerto
ninguém pode resistir
Para um
homem ficar tonto
Basta
esta cantiga ouvir
Ora,
mete, mete, mete
Mete,
mete o teu empenho
Ora,
mete, mete, mete
Mete,
mete com engenho
Meto o
Cunha nesse empenho
Sinto-o
longe, aperto-o e o beijo
Beijo a
cara, meto os olhos
Meto o nariz,
meto o dedo.
Mete a
pena no tinteiro
Para engrossar um graúdo
Meto o
peito, meto o dedo
Meto a
teta, meto tudo.
- Ufa! E
é um meter sem conta, seu compadre!
Segundo Paiva (1991), fazia parte da peça a composição de Assis Pacheco, Um Samba na Penha, segundo ele “o maior sucesso da revista” (PAIVA, 1991, p.141). É interessante destacarmos essa música, pois ela apresenta a palavra Samba no selo do disco já em 1904. Oficialmente, a composição Pelo Telephone, de Donga (Ernesto dos Santos) e Mauro de Almeida, é tida como o primeiro samba gravado em nosso país, por Bahiano (Odeon Record 121.322) no ano de 191727, fazendo sucesso no carnaval desse mesmo ano. Porém, pesquisadores musicais como Nirez (Miguel Ângelo de Azevedo) afirmam que anos antes já havia discos no mercado com a designação Samba em seu selo, seja designando o ritmo ou o nome da música. Ao desenvolvermos nossa pesquisa encontramos uma nota no Jornal do Brasil, na seção Caderno B em 15 de dezembro de 1974, que comentava a descoberta do disco, citando uma reportagem da Revista Veja (p.5). Consultamos a citada revista e encontramos uma matéria na seção Música que comentava a descoberta:
Por falta de informações seguras e de arquivos organizados, sempre se jogou fora a memória nacional. E, na história da música popular brasileira, os capítulos até hoje nascem de descobertas casuais. Num deles, por exemplo, consta ter sido “Pelo Telefone”, de Donga e Mauro de Almeida, o primeiro samba gravado com esta denominação, em 1917. Mas agora este dogma, contestado por uns e aceito mansamente pela maioria, pode vir a desmoronar. Encontrou-se um disco da venerada Casa Edison, do Rio de Janeiro, nº 10.063, com o título de “Um Samba na Penha”. Várias provas indicam ter sido gravado em 1904, treze anos antes do disco de Donga (Revista Veja, 11 de dezembro de 1974, p.113).
A
descoberta do disco foi feita pelo italiano radicado no Brasil, Maurício
Quadrio, segundo a publicação, fundador do Museu da Imagem e do Som, e à época
produtor da Rádio Ministério da Educação e gerente de departamento de projetos
especiais da gravadora Phonogram. Ao receber de presente vários discos da Casa
Edison, ele encontrou Um Samba na Penha.
No
selo lê-se: Um Samba na Penha da revista “Avança” pela atriz Pepa Delgado. Arquivo Marcelo Bonavides. |
Eis a letra:
Se tem
amor à vida
Se na
vida, amor tem
Não
prenda a Mãe querida
como eu
prendo meu bem {2x
Vem cá,
minha roxa
Roxura
vem cá
Vem cá,
minha nega
Nós vamos
sambar {2x
- Oh,
ferro velho cansado!
- Nossa
Senhora da grelha!
- Oh,
ferramenta velha cansada!
Se te
cair no samba
Ou nas
festas da Penha
Roxo, leva no choro
Vamos às festas da Penha
A peça do qual o samba fazia parte enfocava
as mudanças pelas quais a cidade vinha passando. O auge das transformações no
Rio de Janeiro se deu no governo do presidente Rodrigues Alves (1902 – 1906),
quando era a Capital Federal. Investindo na reforma do porto, na saúde pública,
Alves coroou suas mudanças com a criação da Avenida Central (Atual Avenida Rio
Branco), onde seria o reduto da elite social; para isso, era preciso demolir os
antigos casarões da região central da cidade. Segundo Sevcenko (2010, p.21),
Esses
casarões haviam se degradado em razão mesmo da grande concentração populacional
naquele perímetro e tinham sido redivididos em inúmeros cubículos alugados a
famílias inteiras, que viviam ali em condições de extrema precariedade, sem
recursos de infraestrutura e na mais deprimente promiscuidade.
Ainda segundo esse autor, as
desapropriações e demolições apenas expulsavam os habitantes de suas casas, sem
indenizações, que ficavam entregues à própria sorte e acumulando-se em favelas
nas encostas dos morros (SEVCENKO, 2010, p.23). O jornal Correio da Manhã ainda
denunciava a demolição de casas que não estavam nas listas de desapropriação:
A Avenida Central está errada, dissemos e sustentamos. Para proval-o bastaria citar um unico fator: casas que não estavam na relação para serem demolidas, estão agora recebendo intimação. Por que? Porque a commissão verificou o erro do traçado e quer agora concertar a sua obra. Qual o prejudicado? O povo, que terá de pagar novas demolições, perfeitamente dispensaveis si, desde o inicio, se fizessem os estudos necessarios (Correio da Manhã, 22 de junho de 1904, p.1).
O jornal via o “problema” do povo que pagaria a demolição, através de impostos, mas não citava a população expulsa e sem direitos.
Porém, no teatro de revista as críticas
sociais vinham através da alegria e duplo sentido. Embora seja um ritmo
associado ao romantismo, a valsa O Eixo da Avenida (A Menina do Eixo)
que fazia parte da peça, era de uma grande malícia, associando as desventuras
românticas de uma moça com a abertura do eixo da Avenida:
Já não
tenho prazer n´esta vida...
Infeliz
como eu sou jamais vi!...
Pois por
causa da tal avenida,
O meu
noivo querido perdi!
Era um
moço de louro cabello,
Olhos
grandes, chamava-se Aleixo.
Mas
fugiu! Nunca mais pude vel-o...
Desde que houve... a
abertura do eixo.
A
princípio era bom, amoroso,
Sempre
amavel e sempre a sorrir...
Tão
gentil, tão... tão... tão carinhoso!
E tão mau
afinal me sahir!
Enganou-me
o tratante, o malvado!
Desse
engano é que afflicta me queixo,
Percebi
que me havia enganado,
Só
depois... da abertura do eixo!
Conheci-o
n´um baile walsando...
Vel-o e
amal-o foi quanto bastou!
Ai Jesus!
Chorarei até quando?...
Que
infeliz! Que infeliz, ai que eu sou!
Enganou-me
o vilão. foi esperto!...
E a
culpada foi eu! É bem feito!
Mas agora
que está o eixo aberto,
Vou ter noivos a torto e a
direito.
No selo lê-se: O eixo da avenida da revista "Avança" pela actriz Pepa Delgado. Arquivo Marcelo Bonavides |
Era o teatro de revista e o disco atuando, através de sátira e
humor, como cronistas dos acontecimentos sociais. No século XIX, as canções
eram repetidas através de partituras de piano ou cantaroladas nas ruas e
apresentadas nos cafés-concerto. Com a tecnologia das gravações e reproduções
em cilindros e/ou discos, uma grande parte da população poderia ouvir o repertório
de suas peças preferidas quando quisessem e no conforto de seus lares.
Os
repertórios das revistas e dos discos, muitas vezes, eram verdadeiras crônicas
do cotidiano da cidade do Rio de Janeiro. Assuntos como o da Sabina, vendedora
de laranjas, tomariam conta do imaginário popular no final do século XIX,
ganhando os estúdios de gravações no início do século XX”.
PEPA DELGADO Arquivo Marcelo Bonavides |
Revista Avança! (1904)
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