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JEAN HARLOW foi
uma das principais estrelas de Hollywood durante a década de 1930. Mesmo tendo
vivido poucos anos, ela deixou sua marca registrada na história do cinema como
a primeira loura platinada, ficando conhecida como A Vênus Platinada.
Confiram sua
vida e carreira.
Os pais de
Harlean se separaram em 29 de setembro de 1922 e a mãe ficou com sua guarda. Segundo
se contam, Harlean só veria seu pai só mais uma vez ao longo de sua curta vida.
Em 1923, mãe
e filha partiram para Hollywood, pois a senhora Harlow quis tentar a carreira
de atriz, sem sucesso. Em 1925, passam a morar novamente em Kansas City, na
casa dos avó maternos de Harlean, que possuíam uma fazenda em Michigan. Segundo
o site Cinema Clássico, Harlean era uma menina solitária que “apegava-se cada dia
mais a progenitora”. Ainda segundo o site, esse laço afetivo se intensificaria
com o tempo, tornando-se doentio, custando a vida de Harlean e, ao mesmo tempo,
sendo decisivo para o nascimento da estrela.
Em 1926,
Harlean conhece Charles McGrew, com que vem a se casar em 1927. Sua mãe também inicia
um relacionamento com Marino Bello, de origens italianas e não muito adepto ao
trabalho. O casal McGrew vai morar em Los Angeles, onde Charles tinha muitos
amigos. Harlean tenta se adaptar para agradar ao marido e à mãe que, segundo
alguns biógrafos, era uma mulher ambiciosa.
Em Los
Angeles, Harlean faz amizade com a aspirante a atriz Rosaline Roy, que seria decisiva
para seu futuro como estrela. Em 1928, Rosaline pergunta se Harlean não queria
ir até os estúdios da Fox, uma vez que ela precisava falar com alguns
executivos. Harlean, que estava de carona no carro de Rosaline, aceitou.
Enquanto a amiga falava com os executivos, estes notaram a jovem de cabelos
louros que estava no carro, esperando a amiga. Algum tempo depois, Rosaline
informou a Harlean que a Fox a queria contratar como figurante em alguns
filmes.
Harlean
respondeu que não estava interessada. Sua mãe, que também estava morando em Los
Angeles, ficou encantada com a ideia, uma vez que sua filha poderia realizar
seus sonhos de ser uma atriz famosa. Convencida pela mãe, Harlean procurou os
executivos, assinando seu primeiro contrato. Em homenagem à sua mãe, adotou seu
nome de solteira, passando a se chamar Jean Harlow.
O primeiro
filme onde Jean Harlow apareceu foi em Why Is A Plumber, de 1927, fazendo
depois, Honor Bound (1928). Ela ganhava sete dólares por semana, atuando em várias
películas entre 1928 e 1929.
Em junho de
1929 ela se separa do marido (para muitos, devido à sua carreira em ascensão),
voltando a morar com a mãe.
Alguns meses
depois, a célebre dupla O Gordo e o Magro (Stan Laurel e Oliver Hardy)
convidaram Jean Harlow para participar de seu filme Double Whoopee (1929).
Mesmo a crítica considerando este filme como um dos mais fracos da dupla, ele
se destacou pela participação de Jean Harlow em uma, hoje, célebre cena: ao
sair de um táxi, o vestido da atriz fica preso e é levado pelo carro. Ela, de
combinação transparente (um escândalo para a época), não percebe e continua
andando tranquilamente. Vale lembrar que nessa época não havia censura nos
filmes dos EUA.
Famosa cena de Double Whoopee com Jean Harlow, Stan Laurel e Oliver Hardy
O agente
Arthur Landau, ficou encantado com a atriz e, após um jantar, torna-se seu
empresário. Ele viria a ser seu maior confidente e amigo.
Landau, um
competente empresário, colocou Jean Harlow para atuar no especial The
Saturday Night Kid (1929), na Paramount, ao lado da estrela Clara Bow, que havia protagonizado
o primeiro filme a ganhar o Oscar de Melhor Filme, Asas (Wings),
de 1927. Ainda em 1929, Harlow participou de New York Nights e The
Love Parade (estre, musical de Ernst Lubitsch).
Jean Harlow,
em 1929, era uma atriz conhecida pelo grande público, porém, faltava um filme
que a consagrasse como protagonista, um filme que a eternizasse como estrela.
Essa
consagração veio em 1930 com o filme Anjos do Inferno (Hell´s Angels,
do diretor Howard Hughes. A escalação de Jean Harlow se deu após a favorita
para o filme, a atriz norueguesa Greta Nissen, ter sido recusava pelo forte
sotaque. Lembro que nessa época, de transição do cinema mudo para o cinema
falado, muitas estrelas e astros tiveram suas carreiras encerradas por não
terem sido aprovados nos testes de som.
Vista por
James Hall em uma cena nos estúdios da Paramount, Jean Harlow foi levada por
ele, ainda usando o vestido preto do estúdio, para a presença de Howard Hughes.
A princípio Hughes não aprovou Harlow, mas sua beleza fez com que os demais integrantes da equipe convenceram
o diretor a fazer um teste com ela, que foi aprovada.
Interpretando
Helen, uma garota frívola que, mesmo noiva, não ama seu futuro marido, apenas o
suporta, pois acha que é este o seu dever para com a pátria (o filme se passa
na Primeira Guerra Mundial). Anjos do Inferno ficou célebre e foi um
marco na história do cinema com épicas cenas de batalhas aéreas, sendo
utilizadas vinte e cinco câmeras, quando até então, os filmes eram gravados com
duas ou três câmeras, no máximo. Foi também o primeiro filme “independente, que
não contou com o auxílio das grandes produtoras de Hollywood, segundo o site
Cinema Clássico.
Mesmo com um
contrato de cinco anos com Hughes, Jean Harlow não fez mais nenhum filme com o
diretor. Ela seria emprestada para outros estúdios, o que geraria lucros para Howard
Hughes.
Entre os
próximos filmes da atriz está uma ponta no clássico Luzes da Cidade
(1931) de Charles Chaplin, e atuações em O Inimigo Público (The
Public Enemy), com James Cagney e Platinum Blonde. Este último,
chamado Loura Platinada no Brasil, também de 1931, tornou-se uma
referência para Jean Harlow, tendo no elenco a atriz Loretta Young.
O filme foi
um sucesso, surgindo vários fãs clubes de Jean Harlow e muitas garotas passaram
a clarear os cabelos para se parecerem com a estrela.
Jean harlow e seu cabelereiro, Jim http://www.moviediva.com/ |
Com a carreira
fazendo sucesso, Jean Harlow estrelaria vários outros filmes de sucesso, como Terra
de Paixões (Red Dust), de 1932, ao lado de Clark Gable; A Mulher
Parisiense dos Cabelos de Fogo (Red-Headed Woman), de 1932, onde ela
aparece ruiva; Jantas às Oito (Dinner at Eight), de 1933, ao lado
de Marie Dressler, John Barrymore e Wallace Beery; Tentação dos Outros (Reckless),
de 1935, ao lado de William Powell; Mares da China (China Seas),
de 1935, ao lado de Clark Gable e Wallace Berry; Suzy, de 1936, ao lado
de Cary Grant, só para citar alguns.
Clark Gable e Jean harlow Red Dust, 1932 http://www.moviediva.com/ |
Clark Gable e Jean harlow Red Dust, 1932 https://aurorasginjoint.com/ |
Cenas de Red Dust (1932), com Jean harlow e Clark Gable
Inicialmente
lançada como símbolo sexual, Jean Harlow se destacou em papeis sensuais, onde
sua característica maior era a cabeleira platinada. Com o passar dos anos e
alguns filmes, ficou visível seu talento para comédias de costumes, as chamadas
“comédias sofisticadas”, tão em voga na década de 1930. Jean Harlow aliava
beleza, sensualidade e um ótimo talento e um timing perfeito para
comédias.
Sua vida amorosa foi
marcada por escândalos e vários casamentos. Seu segundo casamento, com o
produtor Paul Bern, em 1932, terminou com o suicídio dele. Ainda na noite de núpcias, Bern
havia espancado Jean Harlow que, com o tempo, desenvolveria sérios problemas nos
rins.
Um de seus parceiros mais
constantes na tela foi Clark Gable, de quem era muito amiga. Foi com Gable que
Jean Harlow estrelou seu último filme Saratoga (1937), que ela não
conseguiu terminar. Durante as filmagens ela passou mal e foi levada para casa.
Sua mãe, que frequentava uma seita onde se acreditava que as doenças do corpo
eram curadas pelo poder da mente, não permitiu que se chamassem um médico para
tratar a atriz. Com o passar do tempo, seu estado foi piorando. Quando Arthur
Landau, que na época não era mais seu empresário, conseguiu levar Jean Harlow para
o hospital, era tarde demais.
Internada, ela estava
sofrendo de uremia e os medicamentos não faziam efeito devido ter demorado a
receber tratamento. As 11:36 horas de 07 de junho de 1937, Jean Harlow falecia.
Ela tinha apenas 26 anos de idade.
Em seu funeral, a cantora
Jeanette McDonald cantou Ah, Sweet Mystery Of Life.
Jean Harlow está enterrada no Forest Lawn memorial Park, na Califórnia. Em seu mausoléu particular não há referência de seu nome, apenas a inscrição grafava Our Baby, como ela era chamada.
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Clark Gable e Jean Harlow https://www.doctormacro.com/ |
Diário Carioca, domingo, 02 de novembro de 1930, p.05 http://memoria.bn.br/ |
Correio da Manhã, domingo, 09 de novembro de 1930, p.04 http://memoria.bn.br/ |
O Cruzeiro, 1933 http://memoria.bn.br/ |
O Malho, 1933 http://memoria.bn.br/ |
Walkyrias, 1937 http://memoria.bn.br/ |
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