domingo, 3 de março de 2024

JEAN HARLOW – A VÊNUS PLATINADA

JEAN HARLOW
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JEAN HARLOW foi uma das principais estrelas de Hollywood durante a década de 1930. Mesmo tendo vivido poucos anos, ela deixou sua marca registrada na história do cinema como a primeira loura platinada, ficando conhecida como A Vênus Platinada.
 
Confiram sua vida e carreira.


Harlean Harlow Carpenter nasceu em 03 de março de 1911. Era filha de Jean Poe Carpenter (1891 – 1958, em solteira Jean Harlow – sim, esse era seu nome) e do dentista Mont Clair Carpenter (1877 – 1974). Era chamada pelos pais de Baby e, quando criança, achava que esse era seu nome de batismo.



Jean Harlow criança
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Jean Harlow adolescente
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Os pais de Harlean se separaram em 29 de setembro de 1922 e a mãe ficou com sua guarda. Segundo se contam, Harlean só veria seu pai só mais uma vez ao longo de sua curta vida.
 
Em 1923, mãe e filha partiram para Hollywood, pois a senhora Harlow quis tentar a carreira de atriz, sem sucesso. Em 1925, passam a morar novamente em Kansas City, na casa dos avó maternos de Harlean, que possuíam uma fazenda em Michigan. Segundo o site Cinema Clássico, Harlean era uma menina solitária que “apegava-se cada dia mais a progenitora”. Ainda segundo o site, esse laço afetivo se intensificaria com o tempo, tornando-se doentio, custando a vida de Harlean e, ao mesmo tempo, sendo decisivo para o nascimento da estrela.


Jean Harlow e sua mãe, que se chamava Jean Harlow em solteira


 
Em 1926, Harlean conhece Charles McGrew, com que vem a se casar em 1927. Sua mãe também inicia um relacionamento com Marino Bello, de origens italianas e não muito adepto ao trabalho. O casal McGrew vai morar em Los Angeles, onde Charles tinha muitos amigos. Harlean tenta se adaptar para agradar ao marido e à mãe que, segundo alguns biógrafos, era uma mulher ambiciosa.
 
Em Los Angeles, Harlean faz amizade com a aspirante a atriz Rosaline Roy, que seria decisiva para seu futuro como estrela. Em 1928, Rosaline pergunta se Harlean não queria ir até os estúdios da Fox, uma vez que ela precisava falar com alguns executivos. Harlean, que estava de carona no carro de Rosaline, aceitou. Enquanto a amiga falava com os executivos, estes notaram a jovem de cabelos louros que estava no carro, esperando a amiga. Algum tempo depois, Rosaline informou a Harlean que a Fox a queria contratar como figurante em alguns filmes.
 
Harlean respondeu que não estava interessada. Sua mãe, que também estava morando em Los Angeles, ficou encantada com a ideia, uma vez que sua filha poderia realizar seus sonhos de ser uma atriz famosa. Convencida pela mãe, Harlean procurou os executivos, assinando seu primeiro contrato. Em homenagem à sua mãe, adotou seu nome de solteira, passando a se chamar Jean Harlow.

O primeiro filme onde Jean Harlow apareceu foi em Why Is A Plumber, de 1927, fazendo depois, Honor Bound (1928). Ela ganhava sete dólares por semana, atuando em várias películas entre 1928 e 1929.
 
Em junho de 1929 ela se separa do marido (para muitos, devido à sua carreira em ascensão), voltando a morar com a mãe.
 
Alguns meses depois, a célebre dupla O Gordo e o Magro (Stan Laurel e Oliver Hardy) convidaram Jean Harlow para participar de seu filme Double Whoopee (1929). Mesmo a crítica considerando este filme como um dos mais fracos da dupla, ele se destacou pela participação de Jean Harlow em uma, hoje, célebre cena: ao sair de um táxi, o vestido da atriz fica preso e é levado pelo carro. Ela, de combinação transparente (um escândalo para a época), não percebe e continua andando tranquilamente. Vale lembrar que nessa época não havia censura nos filmes dos EUA.


Jean Harlow em Double Whoopee, 1929
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Famosa cena de Double Whoopee com Jean Harlow, Stan Laurel e Oliver Hardy



 

O agente Arthur Landau, ficou encantado com a atriz e, após um jantar, torna-se seu empresário. Ele viria a ser seu maior confidente e amigo.
 
Landau, um competente empresário, colocou Jean Harlow para atuar no especial The Saturday Night Kid (1929), na Paramount, ao lado da estrela Clara Bow, que havia protagonizado o primeiro filme a ganhar o Oscar de Melhor Filme, Asas (Wings), de 1927. Ainda em 1929, Harlow participou de New York Nights e The Love Parade (estre, musical de Ernst Lubitsch).


Clara Bow, Jean Harlow e Jean Arthur
The Saturday Night Kid, 1929
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Jean Harlow, em 1929, era uma atriz conhecida pelo grande público, porém, faltava um filme que a consagrasse como protagonista, um filme que a eternizasse como estrela.
 
Essa consagração veio em 1930 com o filme Anjos do Inferno (Hell´s Angels, do diretor Howard Hughes. A escalação de Jean Harlow se deu após a favorita para o filme, a atriz norueguesa Greta Nissen, ter sido recusava pelo forte sotaque. Lembro que nessa época, de transição do cinema mudo para o cinema falado, muitas estrelas e astros tiveram suas carreiras encerradas por não terem sido aprovados nos testes de som.
 
Vista por James Hall em uma cena nos estúdios da Paramount, Jean Harlow foi levada por ele, ainda usando o vestido preto do estúdio, para a presença de Howard Hughes. A princípio Hughes não aprovou Harlow, mas sua beleza  fez com que os demais integrantes da equipe convenceram o diretor a fazer um teste com ela, que foi aprovada.
 
Interpretando Helen, uma garota frívola que, mesmo noiva, não ama seu futuro marido, apenas o suporta, pois acha que é este o seu dever para com a pátria (o filme se passa na Primeira Guerra Mundial). Anjos do Inferno ficou célebre e foi um marco na história do cinema com épicas cenas de batalhas aéreas, sendo utilizadas vinte e cinco câmeras, quando até então, os filmes eram gravados com duas ou três câmeras, no máximo. Foi também o primeiro filme “independente, que não contou com o auxílio das grandes produtoras de Hollywood, segundo o site Cinema Clássico.


Cartaz de Anjos do Inferno
O Cruzeiro, 1931
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Mesmo com um contrato de cinco anos com Hughes, Jean Harlow não fez mais nenhum filme com o diretor. Ela seria emprestada para outros estúdios, o que geraria lucros para Howard Hughes.
 
Entre os próximos filmes da atriz está uma ponta no clássico Luzes da Cidade (1931) de Charles Chaplin, e atuações em O Inimigo Público (The Public Enemy), com James Cagney e Platinum Blonde. Este último, chamado Loura Platinada no Brasil, também de 1931, tornou-se uma referência para Jean Harlow, tendo no elenco a atriz Loretta Young.
 
O filme foi um sucesso, surgindo vários fãs clubes de Jean Harlow e muitas garotas passaram a clarear os cabelos para se parecerem com a estrela.


James Cagney e Jean Harlow
The Public Enemy, 1931
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Jean harlow e seu cabelereiro, Jim
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Max Factor e Jean Harlow
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Com a carreira fazendo sucesso, Jean Harlow estrelaria vários outros filmes de sucesso, como Terra de Paixões (Red Dust), de 1932, ao lado de Clark Gable; A Mulher Parisiense dos Cabelos de Fogo (Red-Headed Woman), de 1932, onde ela aparece ruiva; Jantas às Oito (Dinner at Eight), de 1933, ao lado de Marie Dressler, John Barrymore e Wallace Beery; Tentação dos Outros (Reckless), de 1935, ao lado de William Powell; Mares da China (China Seas), de 1935, ao lado de Clark Gable e Wallace Berry; Suzy, de 1936, ao lado de Cary Grant, só para citar alguns.


Clark Gable e Jean harlow
Red Dust, 1932
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Clark Gable e Jean harlow
Red Dust, 1932
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Cenas de Red Dust (1932), com Jean harlow e Clark Gable





 
Inicialmente lançada como símbolo sexual, Jean Harlow se destacou em papeis sensuais, onde sua característica maior era a cabeleira platinada. Com o passar dos anos e alguns filmes, ficou visível seu talento para comédias de costumes, as chamadas “comédias sofisticadas”, tão em voga na década de 1930. Jean Harlow aliava beleza, sensualidade e um ótimo talento e um timing perfeito para comédias.
 
Sua vida amorosa foi marcada por escândalos e vários casamentos. Seu segundo casamento, com o produtor Paul Bern, em 1932, terminou com o suicídio dele. Ainda na noite de núpcias, Bern havia espancado Jean Harlow que, com o tempo, desenvolveria sérios problemas nos rins.


A Noite Illustrada, 1932
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Um de seus parceiros mais constantes na tela foi Clark Gable, de quem era muito amiga. Foi com Gable que Jean Harlow estrelou seu último filme Saratoga (1937), que ela não conseguiu terminar. Durante as filmagens ela passou mal e foi levada para casa. Sua mãe, que frequentava uma seita onde se acreditava que as doenças do corpo eram curadas pelo poder da mente, não permitiu que se chamassem um médico para tratar a atriz. Com o passar do tempo, seu estado foi piorando. Quando Arthur Landau, que na época não era mais seu empresário, conseguiu levar Jean Harlow para o hospital, era tarde demais.
 
Internada, ela estava sofrendo de uremia e os medicamentos não faziam efeito devido ter demorado a receber tratamento. As 11:36 horas de 07 de junho de 1937, Jean Harlow falecia. Ela tinha apenas 26 anos de idade.
 
Em seu funeral, a cantora Jeanette McDonald cantou Ah, Sweet Mystery Of Life.
 

Jean Harlow está enterrada no Forest Lawn memorial Park, na Califórnia. Em seu mausoléu particular não há referência de seu nome, apenas a inscrição grafava Our Baby, como ela era chamada.


JEAN HARLOW
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GALERIA DE FOTOS E RECORTES 

JEAN HARLOW


JEAN HARLOW
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JEAN HARLOW
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JEAN HARLOW
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Clark Gable e Jean Harlow
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Diário Carioca, domingo, 02 de novembro de 1930, p.05
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Correio da Manhã, domingo, 09 de novembro de 1930, p.04
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O Cruzeiro, 1933
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O Malho, 1933
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Walkyrias, 1937
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