É sempre uma
satisfação escrever sobre a grande violonista, cantora e pesquisadora de
folclore OLGA PRAGUER COELHO.
Por volta de
2005, tive a felicidade de conhecê-la pessoalmente, em sua residência, no bairro
carioca de Laranjeiras. Ela já estava com 94 anos de idade.
Desde o
final da década de 1990 eu conversei algumas vezes por telefone com Olga
Praguer Coelho. As conversas duravam quase uma hora e falávamos sobre sua
carreira e colegas. Ela residia em Laranjeiras em um apartamento construído no
mesmo local onde, por décadas, havia existido sua antiga casa da família. Na
época que a visitei, ela morava com a cuidadora, Kátia.
Em 2005, estando
no Rio de Janeiro, combinei com Kátia de visitar dona Olga. Ao chegar ao
apartamento, a emoção já era enorme. Eu ia conhecer pessoalmente uma das mais
importantes personalidades da história de nossa música, uma artista de
reconhecimento mundial, que muito fez pelo reconhecimento de nosso folclore no
Brasil e no exterior.
Ao entrar em
sua residência, vi Olga Praguer Coelho sentada, me esperando. Já idosa, com 96
anos incompletos, ela estava muito bem vestida. Era uma senhora bonita, de
cabelos brancos bem penteados e um olhar muito vivo.
Sentei-me em
frente a ela, enquanto a observava e admirava a sala, decorada de forma simples
e de bom gosto, com móveis antigos e fotografias de personalidades como Eleanor
Roosevelt, com dedicatória de admiração à própria Olga Praguer Coelho.
Conversei
com dona Olga, que cantou para mim trechos da embolada Óia o Sapo, falou
em inglês, francês e alemão, mostrando ter ainda uma memória ágil.
Pude ter em
minhas mãos o certificado e a medalha de Honra ao Mérito que ela havia recebido,
anos antes, do Governo Federal, entregue pelo então Ministro da Cultura
Gilberto Gil e pelo Presidente Luís Inácio Lula da Silva. Ela se orgulhava muito
dessa homenagem.
Pude gravar
um pouco de sua voz e tirar algumas fotografias.
Foi uma tarde
breve, porém, envolta de muita emoção e felicidade em estar ao lado de uma
artista a quem muito admirava.
Olga Praguer
Coelho nasceu em Manaus (AM), em 12 de agosto de 1909 e faleceu no Rio de
Janeiro, em 25 de fevereiro de 2008, aos 98 anos de idade.
Saibam mais sobre sua vida e carreira em: https://bit.ly/34nhWeE
OLGA PRAGUER COELHO Revista O Violão, 1929 Arquivo Nirez |
RÓSEAS FLORES
Modinha Popular, adaptação de Olga Praguer Coelho
Gravada por Olga Praguer Coelho
Acompanhamento de Rogério Guimarães e João Nogueira aos Violões
Disco Victor 34.042-A, matriz 80024-1
Gravado em 29 de novembro de 1935 e lançado em abril de 1936
VIRGEM DO ROSÁRIO
Lundu Popular, adaptação de Olga Praguer Coelho
Gravado por Olga Praguer Coelho
Acompanhamento de Rogério Guimarães e João Nogueira aos Violões
Disco Victor 34.042-B, matriz 80025-1
Gravado em 29 de novembro de 1935 e lançado em abril de 1936
Canção de Olga Praguer Coelho e Gaspar Coelho
Gravada por Olga Praguer Coelho
Acompanhamento de Pereira Filho e Luís Bittencourt aos Violões
Disco Victor 34.056-A, matriz 80119-1
Gravado em 13 de abril de 1936 e lançado em maio de 1936
Serenata Típica Baiana de Georgina Erisman
Gravada por Olga Praguer Coelho
Acompanhamento de Pereira Filho e Luís Bittencourt aos Violões
Disco Victor 34.071-A, matriz 80118-1
Gravado em 13 de abril de 1936 e lançado em julho de 1936
Canção Popular
Gravada por Olga Praguer Coelho
Acompanhamento de Pereira Filho e Luís Bittencourt aos Violões
Disco Victor 34.071-B, matriz 80136-1
Gravado em 22 de abril de 1936 e lançado em julho de 1936
Agradecimento ao Arquivo Nirez
Fantástico Marcelo, o Brasil têm sim muitos heróis e são iniciativas como a sua que os trazem ao conhecimento das pessoas. Maravilhoso trabalho!
ResponderExcluirObrigado pelas palavras, Rômulo! Grande abraço!
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