DOLLY ENNOR Carioca, 1936 http://memoria.bn.br/ |
Vamos relembrar a cantora DOLLY
ENNOR.
Dorothy Margaret Ennor nasceu em São
Paulo, em 25 de agosto de 1900. Era filha de uma maranhense casada com um
inglês e pertencia à alta sociedade paulista. Com sete anos de idade, seus pais
a enviaram para estudar na Inglaterra, onde fez o curso colegial completo e
também estudou canto e piano. Contrariando a família, seguiu carreira
artística.
Dolly Ennor iniciou sua carreira no
início da década de 1920, fazendo sua primeira apresentação pública no Theatro
Municipal de São Paulo com a Sociedade Dramática de Ópera de São Paulo, em
1924.
Ainda em 1924, foi convidada para cantar
na inauguração da Rádio Cruzeiro do Sul, em São Paulo. Em 1927, ingressou na
Rádio Educadora Paulista, onde utilizou seu nome verdadeiro.
Correio Paulistano, 17 de março de 1927, p.04 http://memoria.bn.br/ |
Em 1927, apresentou-se no Salão
Germânia, em São Paulo, sendo muito aplaudida. O Estado de São Paulo comentou: “Com
a sua bela e generosa voz, a srta. Dorothy Ennor encantou todo o distinto e
numeroso auditório, conquistando-lhe palmas sobre palmas, sempre calorosas e
tão insistentes, que teve de voltar ao palco para interpretar números fora do
programa, aumentando, assim, os motivos de agrado que lhe tem valido a mais
decidida simpatia do nosso meio artístico”.
O Diário da Noite escreveu: “Que linda
voz! Cantando, cai colorindo as notas, dando-lhes relevo, irradiando-as com a sua
fantasia, iluminando-as com sua espiritualidade. A sala toda escutou, vibrou,
emocionou-se ao ouvi-la cantar A Fonte e a Flor, de Feliz Otero, e Eu
tenho adoração por meus olhos, de Marcello Tupynambá”.
Correio Paulistano, 13 de dezembro de 1927, p.08 http://memoria.bn.br/ |
No ano de 1929, passou a atuar em
companhias de operetas em teatros paulistas e cantou em concertos.
Gravou seu único disco em 1930, na
Victor, sendo acompanhada pela Orquestra Victor Paulista de Salão. Interpretou
as canções, Oh! Ma Rose Marie e Chant Indien, de Frimi, Ferreol e
Saint Granier. O selo do disco aparece seu nome como Dorothy Ennor.
O Cruzeiro, 1930 http://memoria.bn.br/ |
Ao longo da década de 1930 alterou sua
atuação artística entre o Rio de Janeiro e São Paulo.
Correio de S. Paulo, 01 de novembro de 1932, p.03 http://memoria.bn.br/ (imagem editada) |
Correio de S. Paulo, 25 de novembro de 1932, p.03 http://memoria.bn.br/ |
Em 1935, estava no Rio de Janeiro,
estreando na Rádio Transmissora, onde atuaria até o final de julho de 1936.
A Noite, 10 de janeiro de 1936 http://memoria.bn.br/ |
Em 12 de setembro de 1936, ela
participava da inauguração da Rádio Nacional do Rio de Janeiro.
Em novembro de 1936, o maestro Gaó a
dirigia, ao lado de Sylvinha Mello e Roxane. Na ocasião, elas interpretaram a
canção Meu Limão, Meu Limoeiro, tema folclórico.
No final de 1936, retornou a São Paulo
ao lado de Sylvinha Mello, atuando juntas na Rádio Educadora Paulista.
Revista da Semana, 1936 http://memoria.bn.br/ |
Carioca, 1936 Arquivo Nirez |
Carioca, 1936 http://memoria.bn.br/ (continuação) |
Carioca, 1936 http://memoria.bn.br/ |
Por um período, em 1937, Dolly Ennor
morou em uma casa no Leme, no Rio de Janeiro, juntamente com as cantoras e
amigas Roxane e Alzirinha Camargo.
Atuou em Pernambuco no final de 1937, apresentando-se
na Rádio Clube de Pernambuco. Voltaria para São Paulo depois de três meses, no
início de 1938.
Revista da Semana, 1937 http://memoria.bn.br/ |
Dolly Ennor, Roxane e Alzirinha Camargo O Cruzeiro, 1937 http://memoria.bn.br/ |
Dolly Ennor, Roxane e Alzirinha Camargo (em sentido horário) O Cruzeiro, 1937 http://memoria.bn.br/ |
Na capital paulistana, no ano de 1938,
Dolly Ennor voltou a cantar na Rádio Cruzeiro do Sul. Nesse mesmo ano, foi
novamente ao Rio de Janeiro, apresentando-se na Rádio Nacional no programa
Variedades Esso, apresentado por Renato Murce. Ao lado dela estavam: Gastão
Formenti, Lauro Borges, Dilermando Reis e Rogério Guimarães.
Revista da Semana, 1938 http://memoria.bn.br/ |
Voltou definitivamente para São Paulo em
1940, onde ainda atuaria por vários anos na Rádio Difusora paulista.
Fon Fon, 1944 http://memoria.bn.br/ |
Fon Fon, 1944 http://memoria.bn.br/ |
Atuaria até o começo da década de 1950,
tendo se apresentado na televisão e sendo entrevistada por Hebe Camargo.
Dolly Ennor faleceu em São Paulo em 20 de janeiro de 1977, aos 76 anos de idade.
Agradecimento ao Arquivo Nirez
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