A data de hoje, 24 de agosto, marca o nascimento e falecimento dos seguintes artistas: J. B. DE CARVALHO, LENITA BRUNO e ALMIRA CASTILHO.
J.
B. DE CARVALHO
J. B. DE CARVALHO Diário Carioca, 02 de janeiro de 1936, p.08 http://memoria.bn.br/ |
Há 41
anos falecia o cantor e compositor J. B. DE CARVALHO.
João
Paulo Batista de Carvalho nasceu no Rio de Janeiro, em 26 de abril de 1901.
Sua
carreira artística teve início em 1931, quando liderou o Conjunto Tupy, na
extinta Rádio Cajuti, onde interpretava corimas, músicas cantadas durante os
rituais de umbanda ou candomblé. Durante muitos anos dirigiu o Conjunto Tupy,
do qual fazia parte, entre outros, Yolanda Osório, Zaíra de Oliveira, Francisco
Sena e Herivelto Martins.
Conhecido
como “O Batuqueiro Famoso”, J. B. de Carvalho foi pioneiro na apresentação de
pontos de umbanda em programas de rádio e nos discos. Relatos contam que o
grupo fez apresentações em quase todas as emissoras do Rio de Janeiro, no
começo da década de 1930, onde vez ou outra acontecia um fato inusitado: a
polícia interrompia as apresentações, pois algumas pessoas entravam em transe
ao ouvir as músicas. Ele mesmo foi preso várias vezes, dizendo que sempre era
solto devido à sua amizade com o presidente Getúlio Vargas.
J. B. de
Carvalho lançou seu primeiro disco solo em 1931, pela gravadora Victor. O disco
trazia os batuques E vem o Sol e Na minha Terrera,
ambos de sua autoria. Nesse mesmo ano, gravou pela Parlophon a marcha Isto
é azar e o samba Gente faladeira, ambos de Maximiliano F.
da Costa. Também em 1931, começou a gravar discos com o Conjunto Tupy.
Seu
maior êxito como compositor foi o batuque Cadê Vira-Mundo, gravado
por ele e o Conjunto Tupy, que seria depois regravado por Xavier Cugat.
Suas
gravações incluíam pontos de santos, marchas, sambas, em um rico e variado
repertório. Também lançou LPs com músicas de umbanda.
Afastado
do rádio no final dos anos 60, retornou em 1971, passando a dirigir na Rádio
Carioca o programa A Carioca dos Terreiros, de grande audiência. O
programa contava com o locutor Moreira e J. B. Júnior, seu filho, que também
era pandeirista e compositor da Portela.
J.
B. de Carvalho faleceu no Rio de Janeiro, em 24 de agosto de 1979, aos 78 anos.
J. B. de Carvalho e o Conjunto Tupy
CADÊ VIRA MUNDO
Batuque de J. B. de Carvalho
Gravado pelo Conjunto Tupy
Disco Victor 33.459-A, matriz 65189-2
Gravado em 08 de julho de 1931 e lançado em setembro de 1931
BAMBAIA
Cateretê de J. B. de Carvalho e P. Nascimento
Gravado pelo Conjunto Tupy
Disco Victor 33.459-B, matriz 65188-2
Gravado em 08 de julho de 1931 e lançado em setembro de 1931
Discos Victor
Macumba de J. B. de Carvalho e J. Piedade
Gravado por J. B. de Carvalho
Acompanhamento do Conjunto Tupy
Disco Victor 33.966-A, matriz 79905-1
Gravado em 14 de maio de 1935 e lançado em agosto de 1935
Toada Cateretê de Roberto Martins e Ataulfo Alves
Gravado por J. B. de Carvalho
Acompanhamento do Conjunto Tupy
Disco Victor 33.966-B, matriz 79906-2
Gravado em 14 de maio de 1935 e lançado em agosto de 1935
Canção Toada de J. B. de Carvalho e P. Nascimento
Gravado por J. B. de Carvalho
Acompanhamento do Conjunto Tupy
Disco Victor 33.977-A, matriz 65493-1
Gravado em 14 de maio de 1932 e lançado em setembro de 1935
Marcha de Sátiro de Melo e João Bastos Filho
Gravado por J. B. de Carvalho
Acompanhamento do Conjunto Tupy e Escola de Samba, sob a direção de Sátiro de Melo
Disco Victor 34.016-B, matriz 80042-1
Gravado em 13 de dezembro de 1935 e lançado em janeiro de 1936
Jongo de Jorge Nóbrega e J. B. de Carvalho
Gravado por J. B. de Carvalho
Acompanhamento do Conjunto Tupy
Disco Victor 34.075-A, matriz 80167-1
Gravado em 27 de maio de 1936 e lançado em julho de 1936
Jongo de Getúlio Marinho (Amor)
Gravado por J. B. de Carvalho
Acompanhamento do Conjunto Tupy
Disco Victor 34.075-B, matriz 80168-1
Gravado em 27 de maio de 1936 e lançado em julho de 1936
LENITA
BRUNO
LENITA BRUNO Careta, 1942 http://memoria.bn.br/ |
Lenita Bruno nasceu
no Rio de Janeiro em 08 de dezembro de 1926, falecendo nessa mesma cidade em 24
de agosto de 1987.
Iniciou sua
carreira artística aos 14 anos de idade, em 1940, cantando em programas de
calouros da Rádio nacional e da Rádio Cruzeiro do Sul, saindo vencedora em
vários desses concursos.
Foi crooner
da orquestra All Star da Rádio Nacional.
Em 1942, gravou
seu primeiro disco, como vocalista do conjunto Chiquinho e Seu Ritmo,
com o samba Confesso, de Augusto Mesquita, e o fox Maria Elena,
de Russel e Barcelata, em versão de Jair Amorim.
Teve uma bem
sucedida carreira ao final dos anos 40 e ao longo das décadas de 1950 e 1960,
quando voltou a gravar discos.
Foi casada com
o maestro Léo Peracchi.
CONFESSO
Samba de Augusto Mesquita
Gravado por
Lenita Bruno
Acompanhamento
de Chiquinho e Seu Ritmo
Disco Columbia 55.377-A,
matriz 553
Lançado em
outubro de 1942
MARIA ELENA
Fox de Russel,
Barcelata e Jair Amorim
Gravado por
Lenita Bruno
Acompanhamento
de Chiquinho e Seu Ritmo
Disco Columbia 55.377-B,
matriz 552
Lançado em
outubro de 1942
UM DOMINGO
NO JARDIM DE ALAH
Valsa de Lírio
Panicali e Evaldo Rui
Gravada por
Lenita Bruno
Acompanhamento
da Orquestra de Lírio Panicali e Coro
Disco Sinter 00-00.127-A,
matriz S-272
Lançado em
março de 1952
ENQUANTO
HOUVER
Beguine
de Lírio Panicali e Evaldo Rui
Gravado por
Lenita Bruno
Acompanhamento
da Orquestra de Lírio Panicali e Coro
Disco Sinter 00-00.127-B,
matriz S-273
Lançado em
março de 1952
ALMIRA
CASTILHO
ALMIRA CASTILHO E JACKSON DO PANDEIRO Radiolândia, 1956 http://memoria.bn.br/ |
Almira Castilho
de Albuquerque Figueiredo nasceu em Olinda (PE), em 24 de agosto de 1924
Era cantora,
compositora e dançarina, dona de uma beleza encantadora e talento que chamavam
a atenção.
Em 1952, Almira
Castilho era rádio atriz e cantora na rádio Jornal do Commercio em Recife. Aí,
conheceu Jackson do Pandeiro, com que faria parceria artística e, em 1954, se
casaria.
Formaram uma
bem sucedida dupla, onde Jackson do Pandeiro cantava e Almira Castilho dançava.
Como
compositora, deixou várias músicas, entre elas o sucesso Chiclete Com Banana,
em parceria com Gordurinha, gravado por Odete Amaral em 1958, por Jackson do
Pandeiro e Gordurinha em 1959 e por Carmélia Alves em 1961.
Gravou três músicas
como cantora, entre elas, o maracatu Babalaô, de Edgard Ferreira.
Almira Castilho e Jackson do Pandeiro O Cruzeiro, 1955 http://memoria.bn.br/ |
Sua última
aparição pública foi em 2009, quando recebeu em Recife uma homenagem póstuma em
nome de Jackson do Pandeiro.
Almira Castilho
faleceu em 26 de fevereiro de 2011, aos 87 anos, vítima de Alzheimer, em Recife
(PE).
QUATRO
A UM (4 X 1)
Rojão de Damião
Florêncio e José Gomes
Gravado por Jackson
do Pandeiro e Almira Castilho
Acompanhamento
de Conjunto
Disco
Copacabana 5.761-A, matriz M-1505
Lançado em 1957
BABALAÔ
Maracatu de
Edgard Ferreira
Gravado por Almira
Castilho
Acompanhamento
de Conjunto
Disco
Copacabana 5.761-B, matriz M-1720
Lançado em 1957
Agradecimento ao Arquivo Nirez
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