APOLÔNIA PINTO Capa de A Vida Fluminense, 1972 http://memoria.bn.br/ |
Vamos relembrar a grande atriz APOLÔNIA PINTO.
Appolônia
Pinto nasceu em São Luís (MA) em 21 de junho de 1854. Sua mãe era uma atriz
portuguesa e trabalhava no Theatro São Luís (atual Theatro Arthur Azevedo) na
capital maranhense. A pequena Appolônia nasceu em um camarim desse teatro, que
atualmente mantém o camarim número um (local simbólico), em homenagem à atriz.
Como
atriz, Apolônia Pinto estrearia em 1866 no mesmo teatro onde nasceu. Em 01 de
janeiro de 1870, estreou no Rio de Janeiro na Companhia Furtado Coelho, com a
peça A Morgadinha de Val Flor. Nesse mesmo ano, interpretou Margarida,
em O Fausto.
Entre
1872 e 1877 foi contratada e recontratada por atores-empresários como Furtado
Coelho, Valle, Jacinto Heller e Vasques. Ainda em 1877, a atriz e empresária
Ismênia dos Santos contratou Apolônia Pinto que interpretou, com grande
sucesso, o papel de Luísa em As Duas Órfãs, e o de Mimi,
em A Doida de Montmayour.
Em
1872, novamente na Companhia Furtado Coelho, interpreta o papel de Luísa
em O Primo Basílio, de Eça de Queiroz.
Como
empresária, excursionaria pelo Norte em 1879.
Em
1882, organizou sua primeira empresa no Rio de Janeiro, no Theatro Lucinda.
Mesmo assim, atuaria em outras companhias como primeira atriz: Companhia Dias Braga
e Companhia de Furtado Coelho.
Apolônia
Pinto criou vários personagens importantes em peças, como: Luísa, a
médica de As Doutoras, de França Júnior; atuou em Dalila, de
Octave Feuillet; Mercedes, em O Conde de Monte Cristo, de
Alexandre Dumas, pai; Helena, em O Defunto, de Filinto de Almeida;
Suzana, em A Cavalaria Rusticana, entre tantos outros.
Ao
longo de sua carreira excursionou pelo Norte (Norte e Nordeste) e pelo Sul, América do Sul, indo também a Portugal, sendo aclamada por onde passava.
A República (CE), 01 de abril de 1895, p.02 http://memoria.bn.br/ |
A República (CE), 01 de abril de 1895, p.03 http://memoria.bn.br/ |
Revista Comédia, 1917 http://memoria.bn.br/ |
Manuel Durães, Oduvaldo Viana, Abigail Maia e Aplônia Pinto. Montevidéo, 1930. http://memoria.bn.br/ |
Em
1916, Apolônia Pinto fez parte do elenco do Teatro da Natureza, uma ideia realizada
no Brasil pelo ator português (aqui radicado) Alexandre de Azevedo. Os
espetáculos eram apresentados no Campo de Sant´Ana, no Rio de Janeiro e também
contavam com a célebre atriz Itália Fausta no elenco.
Mesmo
idosa, Apolônia Pinto continuava atuando, como em Flores e Sombra, peça de
1930.
O
poeta Catullo da Paixão Cearense escreveu a valsa Apolônia Pinto, em sua homenagem.
Foi casada com o ator Germano Alves.
Valsa Apolônia Pinto, por Heriberto Muraro
Germano Alves e Apolônia Pinto, 1930. http://memoria.bn.br/ |
Vivendo
no Retiro dos Artistas do Rio de Janeiro, Apolônia Pinto faleceu em 24 de novembro
de 1937, aos 83 anos de idade.
APOLÔNIA PINTO http://memoria.bn.br/ |
Apolônia Pinto em sua última fotografia. Retiro dos Artistas, Rio de Janeiro, 1937. http://memoria.bn.br/ |
APOLÔNIA PINTO Arquivo Nirez |
APOLÔNIA PINTO Arquivo Nirez |
Recortes sobre Apolônia Pinto
Theatro, 15 de janeiro de 1930, p.07 http://memoria.bn.br/ |
A Batalha, 23 de agosto de 1930, p.06 http://memoria.bn.br/ |
Diário Carioca, 25 de novembro de 1937, p.01 http://memoria.bn.br/ |
Diário Carioca, 26 de novembro de 1937, p.08 http://memoria.bn.br/ |
O Imparcial, 25 de novembro de 1937, p.02 http://memoria.bn.br/ |
O Imparcial, 26 de novembro de 1937, p.13 http://memoria.bn.br/ |
O Imparcial, 26 de novembro de 1937, p.14 http://memoria.bn.br/ |
O Radical, 25 de novembro de 1937, p.02 http://memoria.bn.br/ |
O Radical, 26 de novembro de 1937, p.02 http://memoria.bn.br/ |
Diário Carioca, 24 de novembro de 1939, p.05 http://memoria.bn.br/ |
Beira Mar, 08 de julho de 1944, p.07 http://memoria.bn.br/ |
Agradecimento ao Arquivo Nirez
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