Correio da Manhã, 26 de setembro de 1926, p.11 http://memoria.bn.br/ |
Vamos relembrar o compositor e instrumentista ANGELINO DE OLIVEIRA e seu sucesso Tristezas do Jeca.
Angelino
de Oliveira nasceu em Itaporanga (SP), em 21 de abril de 1888.
Era
filho único de modestos lavradores e em 1894 seus pais se mudaram para
Botucatu.
Em
Ribeirão Preto, Angelino realizou curso de dentista prático. Ao retornar a
Botucatu, abriu uma loja de instrumentos musicais.
Tocou
vários instrumentos em orquestras e bandas. Ao lado de José Maria Perez, da
cidade de São Manuel, formou o Duo Vigui, onde tocava violão e José Maria
guitarra. Em 1917, integrou-se à dupla o pianista Luís Batista Carvalho de
Cardoso, formando o Trio Viguipi.
Em
1918, ao violão, apresentou em primeira audição pública seu maior sucesso e um
dos maiores clássicos da música sertaneja e da popular brasileira: Tristezas
do Jeca.
Correio Paulistano, 29 de dezembro de 1920, p.5. http://memoria.bn.br/ |
Tristezas
do Jeca foi
gravada pela primeira vez em 1924 pela Orquestra Brasil-América, em disco Odeon
Record. Em 1926, também em gravação mecânica pela Odeon Record, Patrício
Teixeira gravou a referida toada, com grande sucesso.
Ao
longo dos anos 20 e 30, Angelino de Oliveira teve suas composições gravadas por
Paraguassú, Cornélio Pires, Trio Ortega, Cobrinha e Capitão.
O sucesso de Tristezas do Jeca foi tão grande que em 1925 a atriz Alda Garrido estrelou uma burleta com o mesmo nome, de Edu Carvalho.
Gazeta de Notícias, 15 de maio de 1925, p.5 http://memoria.bn.br/ |
Correio da Manhã, 18 de novembro de 1925, p.6 http://memoria.bn.br/ |
Nas rádios, Tristezas do Jeca também era uma música requisitada.
Correio da Manhã 24 de outubro de 1926, p.3 http://memoria.bn.br/ |
Ele
era considerado O Catullo de Botucatu, em uma alusão ao poeta e
compositor Catullo da Paixão Cearense.
Angelino
de Oliveira faleceu em São Paulo, em 24 de abril de 1964, três dias após
completar 76 anos de idade.
Em
sua homenagem, trago várias versões do clássico Tristezas do Jeca, em
gravações realizadas entre 1926 e 1960.
TRISTEZAS
DO JECA
Toada
Paulista de Angelino de Oliveira
Gravada
por Patrício Teixeira
Acompanhamento
de Regional
Disco
Odeon Record 123.134
Lançado
em 1926
TRISTEZAS
DO JECA
Toada
de Angelino de Oliveira
Gravada
por Paraguassú
Acompanhamento
de Seu Grupo Verde-Amarelo
Disco
Columbia 8.287-B, matriz 3431
Lançado
em 1937
TRISTEZAS
DO JECA
Beguine
de Angelino de Oliveira
Gravada
por Poly na Guitarra Havaiana
Acompanhamento
de Seus Havaianos
Disco
Continental 15.394-A, matriz 10432-1
Lançado
em agosto de 1945
TRISTEZAS
DO JECA
Toada
Sertaneja de Angelino de Oliveira
Gravada
por Tonico e Tinoco
Acompanhamento
de Mário Zan e Piraci
Disco
Continental 15.795-B, matriz 10706-1
Gravado
em 21 de abril de 1947 e lançado em julho de 1947
TRISTEZAS
DO JECA
Toada
Baião Angelino de Oliveira
Gravada
por André Penazzi ao Órgão
Acompanhamento
de Ritmo
Disco
Star 399-B,
matriz M-245
Lançado
em outubro/novembro de 1952
TRISTEZAS
DO JECA
Toada
de Angelino de Oliveira
Gravada
por Carmélia Alves e Trio Melodia
Acompanhamento
de Bittencourt e Seu Conjunto
Disco
Continental 16.717-B, matriz C-2930
Gravado
em 21 de agosto de 1952 e lançado em março/abril de 1953
TRISTEZAS
DO JECA
Baião
de Angelino de Oliveira
Gravada
por Chiquinho ao Acordeon
Acompanhamento
de Conjunto
Disco
Todamérica TA-5.301-A, matriz TA-419
Gravado
em 03 de março de 1953 e lançado em junho de 1953
TRISTEZAS
DO JECA
Toada
de Angelino de Oliveira
Gravada
por Tonico e Tinoco
Acompanhamento
de Conjunto
Disco
Continental 17.459-B, matriz 11967
Gravado
em 1957 e lançado em julho/agosto de 1957
TRISTEZAS
DO JECA
Toada
de Angelino de Oliveira
Gravada
por Dionísio Bernal
Disco
Copacabana 6.165, matriz M-2774
Lançado
em 1960
Agradecimento ao Arquivo Nirez
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