A
data de hoje, 22 de janeiro, marca o nascimento ou falecimento dos seguintes
artistas: ZEQUINHA DE ABREU, MAURO DE ALMEIDA, ALICE RIBEIRO, MAYSA e LÍDIA MATTOS.
ZEQUINHA
DE ABREU
(1880
– 1935)
ZEQUINHA DE ABREU Arquivo Nirez |
José
Gomes de Abreu nasceu em Santa Rita do Passa Quatro (SP), em 19 de setembro de
1880. Era filho do farmacêutico José Alacrino de Abreu. Casou-se com a
professora Durvalina Brasil em 1899. Mesmo exercendo suas atividades como
compositor, conseguiu um emprego como escrevente da coletoria, tornando-se, em
1909, secretário da câmara municipal.
Em
um baile datado de 1917, em Santa Rita do Passa Quatro, apresentou um chorinho
inacabado e ainda sem nome, que seria uma das músicas mais gravadas pelo mundo.
Segundo o Dicionário Ricardo Cravo Albin da Música Popular Brasileira, diziam
que, ao final da interpretação do número, Zequinha de Abreu teria dito aos
músicos, impressionado com os casais que pulavam freneticamente: “Até parece
tico-tico no farelo!”. Daí surgiria o título definitivo, Tico-Tico no
Fubá. Seria gravado em 1931 pela Orquestra Colbaz na Columbia. No começo
dos anos 40, Aracy Côrtes lançaria no teatro de revista uma versão cantada.
Ademilde Fonseca também lançou, porém em disco, uma versão cantada, igualmente
como a dupla Alvarenga e Ranchinho, mas com letras diferentes. Nos EUA, Carmen
Miranda divulgaria para o mundo o choro Tico-Tico no Fubá, primeiro
gravando em discos em 1945, e depois em 1947, via Hollywood, cantando no
filme Copacabana.
Zequinha
de Abreu lançou vários sucessos, entre eles a valsa Branca, que
seria dedicada à filha do chefe da estação ferroviária de Santa Rita do Passa
Quatro, Branca Barreto.
Sua
vida foi retratada no filme Tico-Tico no Fubá, de 1952, dirigido
por Fernando de Barros e Adolfo Celi, pela Vera Cruz, tendo Anselmo Duarte o
interpretando e também estrelado por Tônia Carrero.
Zequinha
de Abreu faleceu em São Paulo, vitimado por um ataque cardíaco, em 22 de
janeiro de 1935, aos 54 anos de idade.
Saibam mais sobre Zequinha de Abreu.
IDÍLIO
SUAVE
Valsa
de Zequinha de Abreu
Gravada
pela Orquestra Pan-American do Cassino Copacabana
Disco
Odeon Record 123.102
Lançado
em 1926
BRANCA
Valsa
de Zequinha de Abreu
Gravada
pela Orquestra Colbaz
Disco
Columbia 22.029-B, matriz 381027-2
Lançado
em 1931
TICO
TICO NO FUBÁ
Choro
de Zequinha de Abreu
Gravado
pela Orquestra Colbaz
Disco
Columbia 22.029-B, matriz 381028-1
Lançado
em 1931
SOLUÇAR
DE UM CORAÇÃO
Valsa
de Zequinha de Abreu e Satulan
Gravada
por Gastão Formenti
Acompanhamento
de Piano, Violino e Violão
Disco
Parlophon 12.981-A, matriz 2691
Gravado
em junho de 1929 e lançado em julho
NOSSA
PADROEIRA
Valsa
de Zequinha de Abreu e Arlindo Marques Júnior
Gravada
por Zezé Lara
Acompanhamento
da Orquestra Colbaz
Disco
Columbia 22.059-B, matriz 381069
Lançado
em outubro de 1931
TICO
TICO NO FUBÁ
Choro
de Zequinha de Abreu e Alberico Barreiros
Gravado
por Ademilde Fonseca
Acompanhamento
de Benedito Lacerda e Seu Conjunto
Disco
Columbia 55.368-A, matriz 542-1
Gravado
em 10 de agosto de 1942 e lançado em setembro
MAURO
DE ALMEIDA
(1882
– 1956)
João
Mauro de Almeida nasceu no Rio de Janeiro em 22 de janeiro de 1882. Era
teatrólogo, jornalista e letrista.
Ficou
famoso por ser o parceiro oficial de Donga (Ernesto dos Santos) no célebre
samba Pelo Telephone, que Bahiano gravou em 1916, sendo sucesso no Carnaval de
1917. No teatro, a música foi lançada pela atriz Júlia Martins.
Autor
de diversas peças teatrais, foi um dos sócios fundadores da SBAT (Sociedade
Brasileira de Autores Teatrais) em 1917, ao lado de Chiquinha Gonzaga.
Mantinha
uma coluna no jornal A Rua, onde assinava como “Peru dos pés frios”.
Mauro
de Almeida faleceu no Rio de Janeiro em 19 de julho de 1956, aos 74 anos de
idade.
PELO
TELEPHONE
Samba
de Ernesto dos Santos (Donga) e Mauro de Almeida
Gravado
por Bahiano
Acompanhamento
de Conjunto e Coro
Disco
Odeon Record 121.322
Gravado
e lançado em 1917
ALICE
RIBEIRO
(1917
– 1988)
ALICE RIBEIRO Arquivo Nirez |
A
cantora lírica Alice Ribeiro nasceu no Rio de Janeiro em 22 de janeiro de 1917.
Estudou
canto com Stella Guerra Duval e com Murillo de Carvalho.
Em
1936, ela venceria o Concurso nacional de Canto Carlos Gomes. Em 1944 gravou
Azulão, de Jayme Ovale e Modinha, de Jayme Ovale e Manuel Bandeira, sendo
acompanhada ao piano por Francisco Mignone.
Alice
Ribeiro faleceu no Rio de Janeiro em 20 de junho de 1988, aos 71 anos de idade.
AZULÃO
De
Jayme Ovale
Gravada
por Alice Ribeiro
Acompanhamento
de Francisco Mignone ao Piano
Disco
Continental 20.101-A, matriz 711-2
Gravado
e lançado em 1944
MODINHA
De
Jayme Ovale e Manuel Bandeira
Gravada
por Alice Ribeiro
Acompanhamento
de Francisco Mignone ao Piano
Disco
Continental 20.101-A, matriz 711-2
Gravado
e lançado em 1944
MAYSA
(1936
– 1977)
MAYSA https://www.meionorte.com/ |
A
Cantora e compositora Maysa Figueira Monjardim Matarazzo, mais conhecida como
Maysa (ou Maysa Matarazzo) nasceu em São Paulo em 06 de junho de 1936.
Iniciou
sua carreira artística na segunda metade da década de 1950, sendo considerada
uma de nossas grandes intérpretes desse período, destacando-se também como
compositora.
Teve
sucessos de sua autoria lançados por sua própria interpretação, como Ouça
e Meu Mundo Caiu.
Maysa
faleceu no Rio de Janeiro em 22 de janeiro de 1977, aos 41 anos de idade.
OUÇA
Samba Canção de Maysa Matarazzo
Gravado
por Maysa Matarazzo
Acompanhamento
da Orquestra RGE, sob a direção de Rafael Puglielli
Disco
RGE RGE 10.047-A, matriz RGO-220
Lançado
em maio de 1957
SEGREDO
Samba
Canção de Fernando César
Gravado
por Maysa Matarazzo
Acompanhamento
da Orquestra RGE, sob a direção de Rafael Puglielli
Disco
RGE RGE 10.047-B, matriz RGO-221
Lançado
em maio de 1957
ESCUTA
NOEL
Samba
Canção de Maysa Matarazzo
Gravado
por Maysa Matarazzo
Acompanhamento
da Orquestra RGE, sob a direção de Rafael Puglielli
Disco
RGE RGE 10.057-A, matriz RGO-289
Lançado
em agosto de 1957
SE
TODOS FOSSEM IGUAIS A VOCÊ
Samba
Canção de Antônio Carlos Jobim e Vinícius de Moraes
Gravado
por Maysa Matarazzo
Acompanhamento
de Conjunto
Disco
RGE RGE 10.074-A, matriz RGO-295
Lançado
em dezembro de 1957
MEU
MUNDO CAIU
Samba
Canção de Maysa Matarazzo (Nossa Terra)
Gravado
por Maysa Matarazzo
Acompanhamento
de Henrique Simonetti e Orquestra RGE
Disco
RGE RGE 10.083-A, matriz RGO-484
Lançado
em março de 1958
FRANQUEZA
Samba
de Denis Brean e Osvaldo Guilherme
Gravado
por Maysa Matarazzo
Acompanhamento
da Orquestra RGE, sob a direção de Henrique Simonetti
Disco
RGE RGE 10.097-B, matriz RGO-297
Lançado
em maio de 1958
LÍDIA
MATTOS
(1924
– 2013)
LÍDIA MATTOS https://veja.abril.com.br/ |
A
atriz Lídia Mattos nasceu no Rio de Janeiro em 10 de outubro de 1924.
Ela
iniciou sua carreira ainda muito jovem no rádio, atuando no programa
infantil Quartos de Horas Infantis, apresentado por Beatriz
Roquette Pinto, ou Tia Beatriz (filha de Roquette Pinto), na Rádio Sociedade. Cantando
e atuando como rádio atriz, trabalhou nas rádios Cruzeiro do Sul e Nacional. Na
Rádio Mayrink Veiga conheceu o ator, apresentador e compositor, Urbano Lóes,
com quem se casou.
Iniciou
sua carreira no cinema em 1939 no filme Aves Sem Ninho, de Raul
Roulien. Em 1940, ao lado de Carmen Santos, atuou em Argila, dirigido
por Carmen Santos. Ainda faria dezenas de filmes ao longo das próximas décadas.
Lídia Mattos em Aves Sem Ninho, 1939 |
Embora
com uma bela e respeitada carreira no Rádio, Lídia Mattos ficou muito conhecida
do grande público pelas várias novelas que fez, como Selva de Pedra (Vivi
– 1972), O Bem Amado (Dona Virgínia - 1973), Plumas e Paetês (Zenaide
– 1980), Brilhante (Nilza – 1981), Champagne (Carlota
– 1983), A Próxima Vítima (Diva – 1995), entre outras.
Na
Tv Tupi, apresentou a gincana Teletestes Lutz Ferrando, em 1953.
Na
década de 1940, estudou canto com o maestro Heitor Villa-Lobos.
Em
homenagem à cantora Carmen Miranda, que visitava o Brasil em 1954/1955, Lídia
Mattos gravou o samba Carmen Miranda, da autoria de seu esposo Urbano
Lóes, ainda em 1954 pelo selo Repertório. O outro lado do disco trazia o samba Meu
Moreno, de José Utrini e Benedito Santos. Ela ainda comporia ao lado de
Urbano Lóes o samba Teoria da Simpatia, que seria gravado por Carlos
José na Continental, sendo lançado em abril de 1961.
Lídia
Mattos faleceu no Rio de Janeiro em 22 de janeiro de 2013, aos 88 anos de
idade. Deixou quatro filhos, entre eles, a atriz e cineasta Dilma Lóes; sete
netos, entre os quais, a atriz Vanessa Lóes (esposa do também ator Thiago
Lacerda), e mais três bisnetos.
Saibam mais sobre Lídia Mattos.
CARMEN
MIRANDA
Samba
de Urbano Lóes
Gravado
por Lídia Mattos
Acompanhamento
do Regional Repertório
Disco
Repertório 9.006-A
Lançado
em 1955
MEU
MORENO
Samba
de José Utrini e Benedito Santos
Gravado
por Lídia Mattos
Acompanhamento
do Regional Repertório
Disco
Repertório 9.006-B
Lançado
em 1955
TEORIA
DA SIMPATIA
Samba
de Urbano Lóes e Lídia Mattos Lóes
Gravado
por Carlos José
Acompanhamento
de Orquestra
Disco
Continental 17.892-B, matriz C-4410
Lançado
em abril de 1961
Agradecimento ao Arquivo Nirez
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