domingo, 30 de setembro de 2018

ADEUS À ÂNGELA MARIA

ANGELA MARIA
https://blogs.ne10.uol.com.br


Faleceu em São Paulo, neste sábado, 29 de setembro de 2018, a cantora ÂNGELA MARIA.

Ângela Maria, que estava com 89 anos, faleceu devido a uma infecção.

Abelim Maria da Cunha nasceu em Conceição de Macabu (RJ), em 13 de maio de 1929.

Como Ângela Maria, tornou-se uma das maiores cantoras de nossa música, com uma bela voz, interpretando sucessos como Babalu, Vida de Bailarina, Orgulho, Cinderela, Não tenho você, entre outros.

Em 1954 foi eleita Rainha do Rádio e no início da década de 1950 recebeu o apelido Sapoti, do presidente Getúlio Vargas.

Ângela Maria ainda fazia shows e gravava CDs, com um repertório sempre atual, o que não a impedia de revisitar antigos sucessos.



oglobo.globo.com






quinta-feira, 27 de setembro de 2018

FRANCISCO ALVES - 66 ANOS DE SAUDADE

FRANCISCO ALVES
Arquivo Nirez




Há 66 anos falecia o cantor e compositor FRANCISCO ALVES, O Rei da Voz.

Francisco de Moraes Alves nasceu no Rio de Janeiro em 19 de agosto de 1898, falecendo vitima de um acidente automobilístico em Pindamonhangaba (SP), na Via Dutra, em 27 de setembro de 1952, após fazer um show na cidade de São Paulo.

Sua carreira durou 33 anos, de 1919 a 1952, tempo suficiente para mostrar seu talento e se firmar como o mais popular e prestigiado cantor de nosso país, em especial do final dos anos 20 até o fim de sua vida. Foi também o que mais gravou discos 78 rpm.

Quando comecei minhas pesquisas, em 1988, aos 13 anos, logo descobri o trabalho de Francisco Alves e me encantei com sua voz e repertório, elegendo-o meu cantor favorito. Naquela época, eu estava sozinho, pois, as pessoas próximas de minha idade nem faziam ideia de quem se tratava. Felizmente eu tive contato com pessoas mais velhas que eu (de 70 anos para cima) que o conheciam e que relembravam suas músicas. Hoje, fico feliz em ver novas gerações que abraçam e são fãs do talento de Francisco Alves, ajudando a divulgar seu repertório e imagem. Vejo com satisfação, jovens e talentosos cantores que interpretam suas músicas com bastante sentimento e inspiração. Também fico feliz em ver que vários pesquisadores e colecionadores se dedicam à memória de Chico Viola, fazendo com que seu nome não seja de todo esquecido.

Para homenageá-lo, trago 21 gravações realizadas por ele na Columbia, entre 1939 e 1941. Francisco Alves, como sempre, nos mostra o porquê de ser merecedor do título de O Rei da Voz.



DAMA DAS CAMÉLIAS
Marcha de João de Barro e Alcir Pires Vermelho
Gravada por Francisco Alves
Acompanhamento de Radamés e Sua Orquestra
Disco Columbia 55.169-A, matriz 202-1
Gravado em 26 de setembro de 1939 e lançado em outubro



ELA TEVE RAZÃO
Samba de Benedito Lacerda e Darci de Oliveira
Gravado por Francisco Alves
Acompanhamento de Radamés e Sua Orquestra
Disco Columbia 55.169-B, matriz 202-2
Gravado em 26 de setembro de 1939 e lançado em outubro



DESPEDIDA DE MANGUEIRA
Samba de Benedito Lacerda e Aldo Cabral
Gravado por Francisco Alves
Acompanhamento de Radamés Gnatali e Sua Orquestra
Disco Columbia 55.196-B, matriz 233-2
Gravado em 21 de novembro de 1939 e lançado em janeiro de 1940



LINDA MEXICANA
Marcha de Djalma Esteves, Edgard Freitas e David Nasser
Gravada por Francisco Alves
Acompanhamento de Fon Fon e Sua Orquestra
Disco Columbia 55.198-A, matriz 244-2
Gravado em 11 de dezembro de 1939 e lançado em janeiro de 1940



SOLTEIRO É MELHOR
Samba de Rubens Soares e Felisberto Silva
Gravado por Francisco Alves
Acompanhamento de Fon Fon e Sua Orquestra
Disco Columbia 55.198-B, matriz 245-1
Gravado em 11 de dezembro de 1939 e lançado em janeiro de 1940



LINDA JUDIA
Valsa Canção de David Nasser e Custódio Mesquita
Gravada por Francisco Alves
Acompanhamento de Radamés Gnatalli e Sua Orquestra
Disco Columbia 55.209-A, matriz 261-2
Gravado em 20 de março de 1940 e lançado nesse mesmo mês



CÉU E MAR
Fox Canção de Geysa Bóscoli e Custódio Mesquita
Gravado por Francisco Alves
Acompanhamento de Fon Fon e Sua Orquestra
Disco Columbia 55.209-B, matriz 264-1
Gravado em 20 de março de 1940 e lançado nesse mesmo mês



SOB A MÁSCARA DE VELUDO NEGRO
Canção Bolero de David Nasser e Alcir Pires Vermelho
Gravada por Francisco Alves
Acompanhamento de Radamés Gnatalli e Sua Orquestra
Disco Columbia 55.210-A, matriz 262-1
Gravado em 20 de março de 1940 e lançado nesse mesmo mês



AO OUVIR ESTA CANÇÃO HÁS DE PENSAR EM MIM
Fox de José Maria de Abreu e Francisco Matoso
Gravado por Francisco Alves
Acompanhamento de Fon Fon e Sua Orquestra
Disco Columbia 55.210-B, matriz 263-2
Gravado em 20 de março de 1940 e lançado nesse mesmo mês



NO MEU TEMPO DE CRIANÇA
Marcha de Custódio Mesquita
Gravada por Francisco Alves
Acompanhamento de Fon Fon e Sua Orquestra
Disco Columbia 55.230-A, matriz 295-1
Gravado em 31 de maio de 1940 e lançado em junho



EU GARANTO
Marcha de João de Barro e Alcir Pires Vermelho
Acompanhamento de Fon Fon e Sua Orquestra
Disco Columbia 55.230-B, matriz 296-2
Gravado em 04 de junho de 1940 e lançado nesse mesmo mês



FIZ UM SAMBA
Samba Canção de José Borba
Gravado por Francisco Alves
Acompanhamento do Conjunto de Benedito Lacerda
Disco Columbia 55.246-A, matriz 326-2
Gravado em 22 de outubro de 1940 e lançado em novembro



TERMINA ASSIM ESTE ROMANCE
Canção de Francisco Alves e David Nasser
Gravada por Francisco Alves
Acompanhamento do Conjunto de Benedito Lacerda
Disco Columbia 55.246-B, matriz 327-1
Gravado em 22 de outubro de 1940 e lançado em novembro



ONDE O CÉU AZUL É MAIS AZUL
Samba de João de Barro, Alberto Ribeiro e Alcir Pires Vermelho
Gravado por Francisco Alves
Acompanhamento de Radamés Gnatali e Sua Orquestra
Disco Columbia 55.248-A, matriz 339-2
Gravado em 07 de novembro de 1940 e lançado em dezembro



A FLOR E O VENTO
Marcha de Rancho de João de Barro e Alberto Ribeiro
Gravado por Francisco Alves
Acompanhamento de Radamés Gnattali e Sua Orquestra
Disco Columbia 55.248-B, matriz 338-2
Gravado em 07 de novembro de 1940 e lançado em dezembro



ATÉ A VOLTA
Samba de Herivelto Martins e Benedito Lacerda
Gravado por Francisco Alves
Acompanhamento de Benedito Lacerda e Seu Conjunto Regional
Disco Columbia 55.259-A, matriz 361-3
Gravado em 06 de janeiro de 1941 e lançado em fevereiro



POLEIRO DE PATO É NO CHÃO
Samba de Rubens Soares
Gravado por Francisco Alves
Acompanhamento de Carioca e Seu Conjunto
Disco Columbia 55.261-A, matriz 375-2
Gravado em 14 de janeiro de 1941 e lançado em fevereiro



EU NÃO POSSO VER MULHER
Samba de Osvaldo Santiago e Roberto Roberti
Gravado por Francisco Alves
Acompanhamento de Carioca e Seu Conjunto
Disco Columbia 55.261-B, matriz 374-2
Gravado em 14 de janeiro de 1941 e lançado em fevereiro



A DANÇA DO FUNICULI
Marcha de Herivelto Martins e Benedito Lacerda
Gravada por Francisco Alves
Acompanhamento de Luciano Perrone e Sua Orquestra
Disco Columbia 55.262-A, matriz 358-3
Gravado em 06 de janeiro de 1941 e lançado em fevereiro



ADEUS MOCIDADE
Samba de Roberto Martins e Benedito Lacerda
Gravado por Francisco Alves
Acompanhamento de Luciano Perrone e Sua Orquestra
Disco Columbia 55.262-B, matriz 357-4
Gravado em 06 de janeiro de 1941 e lançado em fevereiro



JALOUSE (CIÚME)
Tango de Jacob Gade, em versão de Osvaldo Santiago
Gravado por Francisco Alves
Acompanhamento de Orquestra de Salão
Disco Columbia 55.272-A, matriz 388-1
Gravado em 06 de fevereiro de 1941 e lançado em maio










Agradecimento ao Arquivo Nirez













quarta-feira, 12 de setembro de 2018

ZAÍRA CAVALCANTI - 37 ANOS DE SAUDADE

ZAÍRA CAVALCANTI, 1929
Livro Viva O Rebolado
de Salvyano Cavalcanti de Paiva
Arquivo Marcelo Bonavides



Há 37 anos falecia a atriz e cantora ZAÍRA CAVALCANTI.

Zaíra Baltazar Cavalcanti nasceu em Santa Maria (RS), em 01 de outubro de 1913.

Ainda adolescente, no Rio de Janeiro, tornou-se uma das maiores atrizes cantoras de nosso Teatro de Revista quando, em janeiro de 1930, ainda com 16 anos de idade, lançou a marchinha de Ary Barroso, Dá Nela, na peça de mesmo nome. A música seria gravada nessa mesma época por Francisco Alves.

Dona de uma beleza extraordinária, possuidora de boa voz, Zaíra Cavalcanti era um grande talento de nossos palcos, cantando, dançando e com uma desenvoltura que cativava a plateia, formada por inúmeros fãs. Atuou em várias companhias, como a de Dercy Gonçalves e de Vicente Celestino, chegando a ser a estrela da Companhia Walter Pinto, no começo da década de 1940.

Participou de alguns filmes (chegando a filmar na Argentina com Nini Marshall), entre os anos 20 e 70, e gravou alguns poucos discos. É uma pena que tenha deixado somente quatorze músicas gravadas, pois sabia cantar sambas e canções muito bem, com a brejeirice ou dolência necessárias. Porém, era no teatro, em especial o musicado, onde ela atuou bastante, excursionando por países da América do Sul, como Argentina e Chile.

Um de seus últimos filmes foi Uma Pistola Para Djeca, de 1970, ao lado do amigo Mazzaropi, onde vivia o par romântico do comediante.

Zaíra Cavalcanti faleceu no Retiro dos Artistas, no Rio de Janeiro, em 12 de setembro de 1981, poucas semanas antes de completar 68 anos.


"Usando o Iodosan conservo os meus dentes assim,
Zaíra Cavalcanti, 20-12-32"
Revista A Noite Illustrada, 1932
Propaganda de Iodosan.
Arquivo Nirez.



Já trouxemos todas as gravações de Zaíra Cavalcanti, acompanhadas de fotos dos selos dos discos, em algumas postagens:


Zaíra Cavalcanti e suas gravações - http://bit.ly/2xaEv6i


Trago algumas gravações de Zaíra Cavalcanti e o selo de alguns de seus discos, gentilmente cedidos pelo amigo Dijalma Cândido.



DIGA


Samba canção de Gonçalves de Oliveira e Lamartine Babo

Acompanhamento da Orquestra Pan American, sob a direção de Simon Bountman
Disco Odeon 10.611-A, matriz 3548-1
Lançado em junho de 1930






ORGIA


Samba de A. Neves e Luís Peixoto
Acompanhamento de Simão nacional Orquestra
Disco Parlophon 13.200-A, matriz 3733
Gravado em 1930 e lançado em setembro





POR QUE?


Samba Olímpio Bastos
Acompanhamento de Simão nacional Orquestra
Disco Parlophon 13.200-B, matriz 3739
Gravado em 1930 e lançado em setembro

Lançado por Zaíra Cavalcanti na revista musical Pau Brasil, de 1930.




VOU PEDIR À PADROEIRA


Samba da Penha
De Américo de Carvalho
Acompanhamento da Orquestra Guanabara
Disco Parlophon 13.218-B, matriz 3899
Gravado em 1930 e lançado em outubro



SEM QUERER...


Samba canção de Ary Barroso, Marques Porto e Luís Peixoto
Acompanhamento da Orquestra Guanabara
Disco Parlophon 13.255-B, matriz T-16
Lançado em janeiro de 1931







Agradecimento a Dijalma Cândido e ao Arquivo Nirez














quarta-feira, 5 de setembro de 2018

ADEUS À BEATRIZ SEGALL

BEATRIZ SEGALL
acontecimentosdodia.com


Faleceu hoje, dia 05 de setembro, a atriz BEATRIZ SEGALL, aos 92 anos.

Beatriz Segall estava internada no Hospital Albert Einstein, de São Paulo, que confirmou a informação.

Em agosto passado, Beatriz esteve internada nesse mesmo hospital, tendo alta no dia 21 do mesmo mês. Devido a problemas respiratórios, ela voltou a ser internada, de acordo com o assessor de imprensa da atriz.

Seu velório começará às 19h, no Hospital Albert Einstein, indo até o meio-dia desta quinta-feira, quando seu corpo será cremado.

Beatriz Segall é conhecida até hoje por seu brilhante trabalho interpretando a empresária Odete Roitman na novela Vale Tudo, de 1988, exibida atualmente pelo Canal Viva. Porém, seu talento e carreira iam muito além da icônica personagem.

Nascida no Rio de Janeiro em 25 de julho de 1926, Beatriz de Toledo era filha de Deborah Lago de Toledo Fonseca e Mário de Toledo Fonseca, formado em Direito e diretor do Colégio Lafayette.

Em 1946, aos vinte anos de idade era professora de francês. Porém, anos depois ganhou uma bolsa para estudar teatro e literatura em Paris.

Em 1950, Beatriz estreava no cinema, no filme A Beleza do Diabo.

No início de sua carreira, atuou ao lado de atrizes iniciantes como Nicette Bruno e Fernanda Montenegro, sendo convidada para entrar para a Companhia dos Artistas Unidos, comandada por Henriette Morineau (com quem Beatriz contracenaria, décadas depois, em uma de suas telenovelas).


Beatriz Segall em 1951.


Retornando a Paris, conheceu Maurício Segall, filho do pintor Lasar Segall e da tradutora Jenny Klabin, com quem se casou em 1954. O casal teve três filhos: o diretor de cinema Sérgio Toledo Segall, o arquiteto Mário e Paulo.

Afastada da carreira, para cuidar dos filhos, retomaria seus trabalhos em 1964, adotando o nome artístico de Beatriz Segall.

Com uma sólida, respeitada e premiada carreira no teatro, tendo atuado várias vezes no cinema, Beatriz Segall é mais conhecida do grande público por seus trabalhos na televisão, onde teve seu primeiro contato com esse meio de divulgação no começo dos anos 1950, na TV Tupi.

Nessa mesma época, ao lado de seu esposo, recuperou o Teatro São Pedro, em São Paulo, administrando até 1974.

No cinema, entre seus trabalhos, se destaca À Flor da Pele (1976) e O Cortiço (1978), ambos de Francisco Ramalho, Pixote (1981), de Hector Babenco e Desmundo (2003), de Alain Fresnot.

Estreou na Rede Globo de Televisão em 1978, vivendo Celina em Dancin’ Days, de Gilberto Braga, agradando o público. No ano seguinte, 1979, dava vida à Norah, de Pai Herói, de Janete Clair.


Beatriz Segall como Celina, (Dancin' Days) 1978.
canalviva.globo.com


Sua segunda parceria com Gilberto Braga lhe rendeu um sucesso, em Água Viva, onde interpretava a vilã Lourdes Mesquita e, em alguns capítulos, contracenava com Henriette Morineau.


Beatriz Segall como Lourdes Mesquita, (Água Viva) 1980.
canalviva.globo.com


Atriz talentosa, Beatriz Segall sabia dar nuances aos personagens, não os colocando caricaturalmente apenas como vilãos, mostrando também suas fragilidades.

Na TV, marcada por personagens ricos e elegantes, ela viveria uma humilde senhora (Eunice) na novela Champagne, em 1983, da autoria de Cassiano Gabus Mendes.

O ápice de sua carreira televisiva seria interpretando Odete Roitman, empresária milionária que detestava o Brasil, não medindo esforços para defender seus interesses e manipular a vida dos filhos. De Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères, Vale Tudo (1988) foi um grande sucesso, principalmente com a pergunta “Quem matou Odete Roitman?”.


Beatriz Segall como Odete Roitman, (Vale Tudo)1988.
observatoriodatelevisao.bol.uol.com.br


Outros personagens seriam bem defendidos por Beatriz Segall, como a condessa Sofia Iamarte, de A, E, I, O, Urca, de 1990, e Miss Penélope Brown, de Barriga de Aluguel, de 1992. Ela também viveria, entre outros, a simpática Clotilde Jordão (Clô), em Anjo Mau, de 1997.

Suas últimas participações na TV foram na novela Lado a Lado, como Madame Besançon, em 2012, e na série Os Experientes, como Yolanda, de 2015.

Beatriz Segall vai deixar saudades, sendo parte de um grupo de artistas talentosos e sensíveis, cujos trabalhos foram, e continuam sendo, apreciados por várias gerações.



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Filmow


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