ELOÍSA MAFALDA https://www.trendsmap.com |
Faleceu na quarta-feira, dia 16 de maio,
a atriz ELOÍSA MAFALDA.
Lutando
há alguns anos contra problemas respiratórios, a atriz faleceu em Petrópolis
(RJ), cidade onde morava.
Mafalda
Theotto nasceu em Jundiaí (SP), em 18 de setembro de 1924, sendo neta de
italianos.
Excelente
nadadora, aos 12 anos Mafalda quase participou dos Jogos Olímpicos de 1936. Só
não foi à Alemanha porque seu pai não deixou.
Em
1940, com a separação de seus pais, seu irmão, Oliveira Neto, passou a ser
locutor nas rádios Tupi e Difusora de São Paulo, para ajudar a mãe. A filha
Mafalda começou a trabalhar como costureira, indo trabalhar depois como
auxiliar de escritório nas Emissoras Associadas, conhecendo a alemã Alice
Waldvoguel, que viria a lhe ensinar a arte da interpretação.
Oliveira
Neto passou a morar no Rio de Janeiro, trabalhando para a Tupi-Tamoio, e
convenceu sua irmã a fazer um teste para o rádio-teatro. Aprovada, ela escolheu
o nome artístico de Eloísa Mafalda e passou a trabalhar em radionovelas da
Rádio Nacional, indo em seguida para a TV Paulista, permanecendo nesta emissora
até ela ser vendida à Rede Globo.
Ela
atuaria algumas vezes no cinema, tendo feito seu primeiro filme em 1950, com o
título de Somos Dois, onde
interpretava uma secretária. Seu último filme seria Simão, o Fantasma Trapalhão, interpretando Lucélia.
Também
teria algumas participações no teatro, estreando em 1965, na peça O Morro dos Ventos Uivantes.
Seria
na Rede Globo que Eloísa Mafalda interpretaria seus maiores papéis, criando
personagens inesquecíveis até hoje. Nesta emissora, iniciou seus trabalhos em
1965 na novela O Ébrio, baseada no
filme homônimo de Gilda de Abreu, estrelado por seu esposo, o tenor Vicente Celestino,
em 1946; na novela, Eloísa Mafalda vivia Heloísa.
Em 1968, atuou no sucesso A Cabana do Pai
Tomás, como Emily. Em Pigmalião 70, estrelada por Tônia
Carrero em 1970, ela deu vida à Ester.
Em
1972, viveu o primeiro de seus personagens icônicos, Irene Silva, mais conhecida por Dona
Nenê, na primeira versão da série A
Grande Família. Depois, veio Maria
Machadão, de Gabriela, em 1975,
onde ela fez um excelente trabalho de composição de personagem. Ainda viveria Maria Aparecida, em Saramandaia (1976), Joana,
em Locomotivas (1977), Zoraide, em Pecado Rasgado (1978); a secretária Irene Fragoso Neves, que
vivia um belo amor em uma idade madura, em Água
Viva (1980); Zeni, de Pumas e Paetês (1980); Edite Pereira, de Brilhante (1981); Dona
Mariana Gomes, em Paraíso (1982);
Adélia, em Champanhe (1983); Arminda
Terra, na minissérie O Tempo e o
Vento (1985); Gioconda, de Hipertensão (1986), Jandira, de Vida Nova
(1988); Dona Damásia, de A, E, I, O... Urca (1990), entre muitos
outros.
Seu
maior sucesso e personagem mais lembrado é o de Dona Pombinha Abelha (Ambrosina
Abelha), uma beata fervorosa, na novela Roque
Santeiro, exibida em 1985. Ao lado de Ary Fontoura (Seu Flor – Florindo Abelha)
e Lucinha Lins (Mocinha), ela viveu
cenas antológicas.
Eloísa
Mafalda foi casada por três anos com Miguel Teixeira, tendo dois filhos: Marcos
e Mírian. Ela deixou dois netos e dois bisnetos.
Trabalhando
como coadjuvante, Eloísa Mafalda se sobressaia e parecia ser a atriz principal,
devido ao seu talento e carisma. As novelas em que participou eram mais valorizadas
por sua presença, sendo ela uma dessas atrizes que dá gosto ver em cena, que
sabem cativar o público e prendê-lo com sua bela atuação.
Deixará
muitas saudades!
Eloísa Mafalda www.defatoonline.com.br |
Como Dona Nenê, em om Jorge Dória (Lineu). https://tvefamosos.uol.com.br |
Como Maria Machadão em Gabriela, 1975. https://www.correio24horas.com.br |
Como Dona Pombinha em Roque Santeiro, 1985, entre Lucinha Lins (Mocinha) e Ary Fontoura (Florindo Abelha). https://www.trendsmap.com |
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