quinta-feira, 31 de maio de 2018

LUIZ MOREIRA - 98 ANOS DE SAUDADE

LUIZ MOREIRA
Jornal de Theatro & Sport 1918
http://memoria.bn.br



Há 98 anos falecia o revistógrafos, compositor e regente LUIZ MOREIRA.

Luiz Moreira nasceu no Rio de Janeiro, em 13 de maio de 1872.

Aos quinze anos de idade escreveu sua primeira partitura, a opereta Amores de Psiquê. Depois comporia outras operetas, como Mimi Bilontra e O Rio Nu, entre outras peças.

Era casado em segundas núpcias com a atriz Abigail Maia, com quem formou ao lado de João Phoca um trio que fazia muito sucesso nos teatros cariocas dos anos 10.


Fon Fon 1915
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Entre 1909 e 1927, teve algumas de suas composições gravadas. Algumas delas, como Inderê, faziam parte do repertório de Abigail Maia. Outras, como A Flor da Pitangueira, gravada em 1913 pela atriz Júlia Martins, seriam sucessos entre o público.

Inderê, gravada por Bahiano e Eduardo das Neves em 1916, era considerada como um “hino” da molecada do final do século XIX, segundo o site Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira.

Foi um dos mais famosos maestros de seu tempo, excursionando várias vezes pelo Brasil.

Luiz Moreira faleceu em 31 de maio de 1920, no Rio de Janeiro, poucas semanas após completar 48 anos. Morreu trabalhando, enquanto regia sua orquestra no Theatro São Pedro, onde era o diretor da orquestra, executando a sinfonia de Il Guarany, de Carlos Gomes.


O Malho 1920
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Vamos conferir algumas de suas composições, em gravações realizadas entre 1909 e 1927.



APRECIAÇÕES DE NHÔ JUCA
Maxixe de Luiz Moreira
Gravado por Olímpio Nogueira
Disco Victor Record 98.717
Lançado em 1909



TODOS COMEM
Cançoneta de Luiz Moreira
Gravada por João Barros
Disco Victor Record 98.773
Lançado em 1909



O MAXIXE BRASILEIRO
Lundu de Luiz Moreira e Aurélio Cavalcanti
Gravado por Bahiano
Disco Odeon Record 120.172, matriz XR-1721
Lançado em fevereiro de 1913



A FLOR DA PITANGUEIRA
Lundu de Luiz Moreira
Gravado por Júlia Martins
Acompanhamento de Orquestra
Disco Odeon Record 137.064
Lançado em 1913



INDERÊ
Canção de Luiz Moreira
Gravada por Bahiano e Eduardo das Neves
Acompanhamento de Coro, cavaquinho e violão
Disco Odeon Record 121.056
Lançado em 1916
Obs. Repertório da atriz Abigail Maia, esposa de Luiz Moreira.



CHORA, CHORA CHORADÔ
Samba Carnavalesco de Luiz Moreira
Gravado por Bahiano
Acompanhamento de Coro, cavaquinho e violão
Disco Odeon Record 121.057
Lançado em 1916
Obs. Repertório da atriz Abigail Maia, esposa de Luiz Moreira.



SÚPLICA
Modinha de Luiz Moreira
Gravada por Patrício Teixeira
Acompanhamento dos violões de Patrício Teixeira e Rogério Guimarães  
Disco Odeon 10.082-B, matriz 1378
Lançado em dezembro de 1927









Agradecimento ao Arquivo Nirez













quarta-feira, 30 de maio de 2018

ZILÁ FONSECA - 26 ANOS DE SAUDADE

ZILÁ FONSECA, 1938.
Revista Carioca, que trazia na legenda:
"Zilah Fonseca, novo elemento do 'broadcasting' paulista,
em que vem obtendo exito na interpretação de sambas e marchas.
Zilah pertence ao 'cast' da PRE-2, Radio Tupy".
Arquivo Nirez




Há 26 anos falecia a cantora ZILÁ FONSECA.

Nascida Iolanda Ribeiro Angarano, em São Paulo, no dia 12 de abril de 1919, iniciou sua carreira artística nessa mesma cidade em meados dos anos 30 com o nome de Zilá Fonseca.

Começou a gravar discos na Columbia, em 1938, com a marcha Se Ele Perguntar por Mim, e o samba Fiz Esta Canção, ambas as composições de Sereno. Voltaria a lançar discos nessa mesma gravadora em 1940, com mais outo músicas, entre as quais, A Charanga do Oscar, marcha de Aloísio S. Araújo, Francisco Malfitano e G. Mendonça, que ela gravou duas vezes no mesmo dia, sendo as duas versões comercializadas.     

Zilá Fonseca ainda gravaria na Victor, na Odeon, Star, Todamérica, voltaria à Columbia nos anos 50, também gravando na Carnaval, Chantecler, Ritmos e Sarau.

Foi uma das mais populares cantoras dos anos 40 e 50, fixando seu nome em nossa música.

Zilá Fonseca faleceu no Rio de Janeiro, em 30 de maio de 1992, pouco mais de um mês depois de completar 73 anos de idade.


Trago algumas de suas primeiras gravações na Columbia e na Victor, entre 1940 e 1941.


A CHARANGA DO OSCAR
Marcha de Aloísio S. Araújo, Francisco Malfitano e G. Mendonça
Gravada por Zilá Fonseca
Acompanhamento de Gaó e Sua Orquestra Columbia
Disco Columbia 55.170-A, matriz 3778-3
Lançado em janeiro de 1940



SONHO DE UMA NOITE DE VERÃO
Marcha de Francisco Malfitano e Aloísio Silva Araújo
Gravada por Zilá Fonseca
Acompanhamento de Gaó e Sua Orquestra Columbia
Disco Columbia 55.170-B, matriz 3779-2
Lançado em janeiro de 1940



PULGA MALDITA
Marcha de motivo popular, sob arranjo de Francisco Malfitano
Gravada por Zilá Fonseca
Acompanhamento de Gaó e Sua Orquestra Columbia
Disco Columbia 55.197-A, matriz 3776-3
Lançado em janeiro de 1940



PIGMALIÃO
Marcha de Francisco Malfitano e Eratóstenes Frazão
Gravada por Zilá Fonseca
Acompanhamento de Gaó e Sua Orquestra Columbia
Disco Columbia 55.197-B, matriz 3777-3
Lançado em janeiro de 1940



SEI LÁ SE TÁ
Samba de Valfrido Silva e Alcir Pires Vermelho
Gravado por Zilá Fonseca
Acompanhamento do Grande Conjunto de Benedito Lacerda
Disco Columbia 55.237-A, matriz 303-2
Gravado em 17 de julho de 1940 e lançado em agosto



CARTA VERDE
Samba de Valfrido Silva, Armando Lima e Wilson Batista
Gravado por Zilá Fonseca
Acompanhamento do Grande Conjunto de Benedito Lacerda
Disco Columbia 55.237-B, matriz 304-1
Gravado em 17 de julho de 1940 e lançado em agosto



VOCÊ GOSTA DE MIM
Marcha de Eratóstenes Frazão e Roberto Martins
Gravada por Zilá Fonseca e Nilton Paz
Acompanhamento do Grande Conjunto de Benedito Lacerda
Disco Columbia 55.240-A, matriz 310-1
Gravado em 19 de julho de 1940 e lançado em setembro



MINHA ILUSÃO
Samba de Francisco Malfitano e Francisco dos Santos
Gravado por Zilá Fonseca
Acompanhamento de Fon Fon e Sua Orquestra
Disco Columbia 55.240-B, matriz 309-2
Gravado em 19 de julho de 1940 e lançado em setembro



À VONTADE DO FREGUÊS
Marcha de Francisco Malfitano e Jorge Faraj
Gravada por Zilá Fonseca
Acompanhamento de Passos e Sua Orquestra
Disco Victor 34.870-A, matriz S-052442-2
Gravado em 04 de dezembro de 1941 e lançado em janeiro de 1942



OLHA A CONGA
Marcha de Francisco Malfitano e Aloísio Silva Araújo
Gravada por Zilá Fonseca
Acompanhamento de Passos e Sua Orquestra
Disco Victor 34.870-B, matriz S-052443
Gravado em 04 de dezembro de 1941 e lançado em janeiro de 1942









Agradecimento ao Arquivo Nirez










segunda-feira, 28 de maio de 2018

GASTÃO FORMENTI - 44 ANOS DE SAUDADE

GASTÃO FORMENTI, 1929.
Arquivo Nirez



Há 44 anos falecia o cantor e pintor GASTÃO FORMENTI.

Nascido em Guaratinguetá (SP), em 24 de junho de 1894, Gastão Formenti foi um dos principais cantores de nossa música popular no final dos anos 20 e durante os anos 30.

Iniciando sua carreira como cantor na segunda metade da década de 1920, ele gravaria dezenas de discos, com músicas que virariam clássicos de nosso cancioneiro, como De Papo Pro Á e Maringá.

Também foi um pintor de sucesso, seguindo os passos de seu pai.

Gastão Formenti faleceu no Rio de Janeiro, em 28 de maio de 1974, pouco menos de um mês antes de completar 80 anos.


Revista Phono-Arte, 15 de janeiro de 1930.
Arquivo Nirez


Trago alguns de seus discos lançados pela Odeon entre outubro de 1929 e janeiro de 1930, com clássicos como Aurora e Zé Reimundo, e que a revista Phono-Arte divulgou em 15 de janeiro de 1930.




BANDEIRANTE
Canção de Henrique Vogeler
Gravada por Gastão Formenti
Acompanhamento de Henrique Vogeler ao piano
Disco Odeon 10.479-A, matriz 2768-1
Lançado em outubro de 1929



MINEIRINHA
Toada Sertaneja de Henrique Vogeler
Gravada por Gastão Formenti
Acompanhamento de Henrique Vogeler ao piano
Disco Odeon 10.479-B, matriz 2769-1
Lançado em outubro de 1929



AURORA
Valsa de Zequinha de Abreu e Salvador J. Morais
Gravada por Gastão Formenti
Acompanhamento da Orquestra Rio Artists
Disco Odeon 10.497-A, matriz 2972
Lançado em novembro de 1929



BONECA
Valsa de Mário Lopes de Castro
Gravada por Gastão Formenti
Acompanhamento da Orquestra Rio Artists
Disco Odeon 10.497-B, matriz 2973
Lançado em novembro de 1929



JOÃO CAPETA
Canção de Joubert de Carvalho
Gravada por Gastão Formenti
Acompanhamento de Henrique Vogeler ao piano
Disco Odeon 10.512-A, matriz 2955
Lançado em dezembro de 1929



BENZINHO DO CORAÇÃO
Canção de Ary Kerner Veiga de Castro
Gravada por Gastão Formenti
Acompanhamento de Henrique Vogeler ao piano
Disco Odeon 10.512-B, matriz 2976
Lançado em dezembro de 1929



FOI NUM DIA DE SÃO JOÃO
Canção de Joubert de Carvalho
Gravada por Gastão Formenti
Acompanhamento de Henrique Vogeler ao piano
Disco Odeon 10.516-A, matriz 2954
Lançado em dezembro de 1929



VONTADE DE QUERER
Canção de Joubert de Carvalho
Gravada por Gastão Formenti
Acompanhamento de Henrique Vogeler ao piano
Disco Odeon 10.516-B, matriz 3093
Lançado em dezembro de 1929



MARVADA
Modinha Canção de Freire Jr. e Gilberto de Andrade
Gravada por Gastão Formenti
Acompanhamento de violino e piano
Disco Odeon 10.525-A, matriz 3080
Lançado em janeiro de 1930

      

ZÉ REIMUNDO
Toada de Jaime Ovale e Olegário Mariano
Gravada por Gastão Formenti
Acompanhamento de Henrique Vogeler ao piano
Disco Odeon 10.525-B, matriz 3081
Lançado em janeiro de 1930









Agradecimento ao Arquivo Nirez












quarta-feira, 23 de maio de 2018

quinta-feira, 17 de maio de 2018

ADEUS À ELOÍSA MAFALDA

ELOÍSA MAFALDA
https://www.trendsmap.com


Faleceu na quarta-feira, dia 16 de maio, a atriz ELOÍSA MAFALDA.

Lutando há alguns anos contra problemas respiratórios, a atriz faleceu em Petrópolis (RJ), cidade onde morava.


Mafalda Theotto nasceu em Jundiaí (SP), em 18 de setembro de 1924, sendo neta de italianos.

Excelente nadadora, aos 12 anos Mafalda quase participou dos Jogos Olímpicos de 1936. Só não foi à Alemanha porque seu pai não deixou.

Em 1940, com a separação de seus pais, seu irmão, Oliveira Neto, passou a ser locutor nas rádios Tupi e Difusora de São Paulo, para ajudar a mãe. A filha Mafalda começou a trabalhar como costureira, indo trabalhar depois como auxiliar de escritório nas Emissoras Associadas, conhecendo a alemã Alice Waldvoguel, que viria a lhe ensinar a arte da interpretação.

Oliveira Neto passou a morar no Rio de Janeiro, trabalhando para a Tupi-Tamoio, e convenceu sua irmã a fazer um teste para o rádio-teatro. Aprovada, ela escolheu o nome artístico de Eloísa Mafalda e passou a trabalhar em radionovelas da Rádio Nacional, indo em seguida para a TV Paulista, permanecendo nesta emissora até ela ser vendida à Rede Globo.

Ela atuaria algumas vezes no cinema, tendo feito seu primeiro filme em 1950, com o título de Somos Dois, onde interpretava uma secretária. Seu último filme seria Simão, o Fantasma Trapalhão, interpretando Lucélia.

Também teria algumas participações no teatro, estreando em 1965, na peça O Morro dos Ventos Uivantes.

Seria na Rede Globo que Eloísa Mafalda interpretaria seus maiores papéis, criando personagens inesquecíveis até hoje. Nesta emissora, iniciou seus trabalhos em 1965 na novela O Ébrio, baseada no filme homônimo de Gilda de Abreu, estrelado por seu esposo, o tenor Vicente Celestino, em 1946; na novela, Eloísa Mafalda vivia Heloísa. Em 1968, atuou no sucesso A Cabana do Pai Tomás, como Emily. Em Pigmalião 70, estrelada por Tônia Carrero em 1970, ela deu vida à Ester.

Em 1972, viveu o primeiro de seus personagens icônicos, Irene Silva, mais conhecida por Dona Nenê, na primeira versão da série A Grande Família. Depois, veio Maria Machadão, de Gabriela, em 1975, onde ela fez um excelente trabalho de composição de personagem. Ainda viveria Maria Aparecida, em Saramandaia (1976), Joana, em Locomotivas (1977), Zoraide, em Pecado Rasgado (1978); a secretária Irene Fragoso Neves, que vivia um belo amor em uma idade madura, em Água Viva (1980); Zeni, de Pumas e Paetês (1980); Edite Pereira, de Brilhante (1981); Dona Mariana Gomes, em Paraíso (1982); Adélia, em Champanhe (1983); Arminda Terra, na minissérie O Tempo e o Vento (1985); Gioconda, de Hipertensão (1986), Jandira, de Vida Nova (1988); Dona Damásia, de A, E, I, O... Urca (1990), entre muitos outros.

Seu maior sucesso e personagem mais lembrado é o de Dona Pombinha Abelha (Ambrosina Abelha), uma beata fervorosa, na novela Roque Santeiro, exibida em 1985. Ao lado de Ary Fontoura (Seu Flor Florindo Abelha) e Lucinha Lins (Mocinha), ela viveu cenas antológicas.

Eloísa Mafalda foi casada por três anos com Miguel Teixeira, tendo dois filhos: Marcos e Mírian. Ela deixou dois netos e dois bisnetos.

Trabalhando como coadjuvante, Eloísa Mafalda se sobressaia e parecia ser a atriz principal, devido ao seu talento e carisma. As novelas em que participou eram mais valorizadas por sua presença, sendo ela uma dessas atrizes que dá gosto ver em cena, que sabem cativar o público e prendê-lo com sua bela atuação.

Deixará muitas saudades!


Eloísa Mafalda
www.defatoonline.com.br


Como Dona Nenê, em om Jorge Dória (Lineu).
https://tvefamosos.uol.com.br


Como Maria Machadão em Gabriela, 1975.
https://www.correio24horas.com.br


Como Dona Pombinha em Roque Santeiro, 1985, entre Lucinha Lins (Mocinha) e Ary Fontoura (Florindo Abelha).
https://www.trendsmap.com






















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