PEPA DELGADO, 1918. http://memoria.bn.br |
Há 73 anos falecia a atriz e cantora PEPA DELGADO.
Maria
Pepa Delgado nasceu em 21 de julho de 1887, em Piracicaba (SP). Era filha de Ana
Alves, natural de Sorocaba (SP) e Lourenço Delgado (espanhol). Lourenço era
toureiro na Espanha e, ao morar no Brasil, continuou com sua atividade,
destacando-se nas décadas de 1970, 1880 e início da década de 1890.
Pepa
Delgado iniciou sua carreira de atriz em 1900, na Companhia Dias Braga, fazendo
pequenos papéis em dramas e comédias. Em 1904, estreou em um gênero que a
consagraria, a revista, com a peça Cá e Lá, chegando a substituir uma das
estrelas, Aurélia Delorme. Com o passar dos anos foi firmando seu nome como
atriz, em especial no teatro musicado.
Também
em 1904 começou a gravar discos pela Casa Edison, até 1906, em discos Odeon
Record. Em 1910, fez várias gravações pela Columbia Record.
Em
1911 iniciou suas atividades na Companhia do Theatro São José, da Empresa
Paschoal Segreto, mesmo ano da fundação da mesma. Já em 1912 atingia sua
consagração como atriz através da opereta A Gatinha Branca. No São José chegou
ao patamar de estrela, atuando ao lado de Júlia Martins, Cecília Porto, Laura
Godinho, Cinira Polonio, Alfredo Silva, João de Deus e o iniciante Vicente
Celestino. Através dessa companhia ela participaria de peças memoráveis, como
Forrobodó, Dengo, Dengo, A Sertaneja, no qual foi a protagonista, Dança de
Velho, Morro da Favela, entre outras.
No
final dos anos 10 chegou a criar sua própria companhia, a Companhia Pepa
Delgado, que obteve sucesso com várias peças apresentadas.
Pepa
Delgado uniu-se ao militar Almerindo Moraes, que também era tesoureiro do clube
Democráticos. Em 1924 ela fica grávida e abandona a carreira. Seu único filho,
Heitor, nasceu em 1925. Em 1936, ela e Almerindo oficializam a união.
Apesar
de voltada para o lar e a família nas últimas décadas de sua vida, Pepa Delgado
não se esquecia dos amigos e procurava ajudar os artistas iniciantes. Ela
faleceria em 11 de março de 1945, meses antes de completar 58 anos, vitima de hepatite.
Trago
duas de suas gravações, O Abacate, da revista Cá e Lá, e A Cozinheira.
O ABACATE
Cançoneta de Chiquinha Gonzaga, Tito
Martins e Gouveia.
Gravado por Pepa Delgado
Acompanhamento de piano
Disco Odeon Record 10.059, matriz R-379
Lançado em 1904
Da Revista “Cá e Lá”
A
COZINHEIRA
Cançoneta
Acompanhamento de Orquestra
Disco Columbia Record B-31, matriz
11.626
Lançado em 1912
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