Uma das grandes satisfações em pesquisar é ser surpreendido por fotos inéditas, registros que não esperávamos encontrar.
A maioria das fotos de nosso blog Estrelas que Nunca se Apagam vem de minhas pesquisas no Arquivo Nirez, aqui em Fortaleza.
Em uma dessas pesquisas encontrei, na revista O Violão, de Janeiro de 1929, as seguintes fotos referente a um evento do Centro Artístico Regional do Rio de Janeiro. Na segunda fotografia estão quatro rapazes com seus violões, embora a legenda apresente três professores do centro. O segundo da esquerda para a direita é ninguém menos que o cantor, compositor e violonista Francisco Alves, o rei da Voz. Em seguida, ao seu lado, está o compositor e também violonista Rogério Guimarães. Como a legenda da foto não apresenta maiores detalhes, supomos que Francisco Alves, mesmo já famoso em 1929, dava aulas no Centro. Ou, então, foi tocar como artista convidado... Quem sabe. Não consegui identificar os dois rapazes das extremidades.
Alguém conhece?
Abraços!
O grupo completo dos artistas que fazem parte do Centro.
Da esquerda para a direita: rapaz não identificado, Francisco Alves, Rogério Guimarães e rapaz não identificado, 1929.
Procópio Ferreira. Revista A Noite Illustrada, 1934. Arquivo Nirez.
"Procópio num dos typos mais curiosos da sua galeria de composições: o protagonista de Quick, a comedia de Felix Gandera, inspirada na vida de Gorck, o maior clown do mundo".
O dia 04 de novembro marca duas datas importantes. Há 127 anos, nascia o cantor e locutor Nozinho, um dos pioneiros da Casa Edison. Também, há 80 anos, falecia o compositor e violonista Cândido das Neves.
NOZINHO
Nascido Carlos Vasques em Macau (RN), no dia 04 de novembro de 1887. Era filho de Jerônimo de Carvalho Vasques e Tereza de Jesus Vasques. Com dez anos passou a morar no Rio de Janeiro. Em meados da década de 1900 passou a gravar discos na Casa Edison com o nome de Nozinho, registrando várias peças cômicas e românticas. Também foi locutor dessa gravadora, anunciando o nome da música, intérprete e empresa (Casa Edison). Também fez gravações na Favorite Record e na Columbia Record. Em 1917 passou a trabalhar somente como Oficial de Justiça, cargo em que se aposentou. Era casado com Irene Vasques e pai de Carlos Vasques Júnior. Faleceu no Rio de Janeiro em 20 de março de 1962.
Gravações de Nozinho
EM NOITES DE SERESTA
Modinha
Disco Odeon Record 10.207
Lançado provavelmente em 1909
NOITE SONOROSA
Modinha
Disco Odeon Record 108.138
Lançado em 1910
RECORDAÇÕES
Modinha de motivo popular
Disco Favorite Record 1-455.008, matriz 11151-O
Gravada em 08 de maio de 1911 e lançada nesse mesmo ano
CÂNDIDO DAS NEVES
Cândido das Neves era filho do grande cantor, compositor e palhaço Eduardo das Neves.
Nasceu no Rio de Janeiro em 24 de julho de 1899.
Com cinco anos de idade se interessou pelo violão.
Em 1922, estreou como cantor, gravando um disco.
Porém, seria como compositor que ele se destacaria, produzindo alguma das mais belas canções de nossa música. Se destacou no repertório romântico, mas, produziu boas marchas e sambas.
Também conhecido como Índio, ou Índio das Neves, ainda deu aulas de leitura e escrita musical.
Faleceu no Rio de Janeiro em 04 de novembro de 1934.
Composições de Cândido das Neves
TUDO ACABADO
Tango canção
Gravado por J. Gomes Jr.
Disco Odeon Record 123.263, matriz 1087
Lançado em 1926
NÊNIAS
Tango canção
Gravada por Vicente Celestino
Acompanhamento da Orquestra Rádio Central
Disco Odeon 10.336-B, matriz 2280
Lançado em março de 1929
RASGUEI O TEU RETRATO
Tango canção
Gravado por Vicente Celestino
Acompanhamento da Orquestra Victor Brasileira, sob a direção de Pixinguinha
Disco Odeon Record 33.969-B, matriz 79976-1
Gravado em 12 de julho de 1935, lançado em setembro
Fontes:
Arquivo Nirez
Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira
Conchita Montenegro. Revista A Noite Illustrada, 1931. Arquivo Nirez.
"O
donaire da mulher hespanhola, celebrado no romance e na chronica desde tempos
anciãos como expressão peculiar da raça, tem espelho no fino espeirto e na
silhueta harmoniosa de Conchita Montenegro - cuja attitude reproduzida é uma
illustração deslumbrante da formosura e da graça das mulheres de Hespanha".
Revista A Noite Illustrada, 04 de fevereiro de 1931.