Há 79 anos, em 28 de fevereiro de 1935, falecia no Rio de Janeiro, CHIQUINHA GONZAGA, aos 87anos.
A pianista Clara Sverner interpreta algumas composições de Chiquinha Gonzaga, em 2007, por ocasião dos 160 anos da maestra. Apresentação realizada a convite do Clube do Choro, em Brasília (DF).
Sonia de Carvalho (sic) é, em São Paulo, a mais estimada das interpretes do samba. A sua popularidade é tão grande que até hoje, nenhuma radio carioca logrou obter o seu concurso. Agora, porém, a Radio Nacional, que estará no ar em setembro, quebrou o encanto e, assim, Sonia de Carvalho (sic) fará parte do "cast" da estação mais joven da cidade. Capa da revista Carioca nº44, em 22 de agosto de 1936. Grafia original.
Há 100 anos nascia a querida cantora SÔNIA CARVALHO.
Ela foi uma das mais talentosas e prestigiadas durante a década de 1930.
Nascida em São Paulo a 27 de fevereiro de 1914, ela se chamava Maria de Nazaré Reis.
Começando sua carreira em São Paulo, estendeu-a pelo Rio de Janeiro, conquistando o país com seus discos e através das ondas do rádio. Foi uma das principais atrações da inauguração da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, em 1936.
Em 2011, produzi e gravei uma programa sobre Sônia Carvalho especialmente para o site do Arquivo Nirez (arquivonirez.com.br). Na ocasião, pude usar a gravação da entrevista que Sônia concedeu ao pesquisador Nirez (Miguel Ângelo de Azevedo) e a Alcino Santos em sua casa, na cidade de Taubaté (SP), nos anos 70. Nessa entrevista, Sônia Carvalho conta detalhes importantes sobre sua carreira, os bastidores do rádio e das gravadoras, e ainda canta algumas músicas, sendo acompanhada ao violão por seu filho.
Curiosidades que você ouvirá nessa gravação:
Em janeiro de 1936, ela, Francisco Alves, Aracy de Almeida e Orlando Silva, entravam por volta das dez horas da manhã na gravadora Victor, para gravar as músicas de Carnaval, e só saíram meia noite. Além de gravar suas músicas, eles faziam coro nas músicas dos colegas.
Sua amizade com o compositor Assis Valente e o tema suicídio que o rondava.
A marcha Cidade Maravilhosa foi composta por André Filho especialmente para Sônia Carvalho. Ela ainda canta os versos inéditos.
Ela interpreta músicas de Carmen Miranda imitando com perfeição a Pequena Notável.
Algumas músicas inéditas de Assis Valente, Valfrido Silva e Custódio Mesquita são interpretadas ao vivo por Sônia Carvalho.
A origem do nome Sônia Carvalho, homenagem à uma cantora e a um compositor brasileiros.
Uma entrevista imperdível!
Cantando na inauguração da Rádio Nacional do Rio de Janeiro.
Acompanhada por alguns do melhores músicos da época.
Sábado, 12 de setembro de 1936.
Ao Mangione, com a admiração de Sônia Carvalho, 9/1/36. Dedicatória ao editor musical Estevam Sciangula Mangione.
No
baile do Theatro João Caetano, os universitários do Districto Federal elegeram
sua nova rainha, que recebeu expressivos testemunhos de sympathia e admiração.
Recaiu a escolha na senhorita Gleusa Medeiros, alumna de um dos nossos
institutos de ensino, que se vê ao centro, ladeada pela senhorita Elza Ferreira
de Oliveira, segunda collocada, e por Sua Majestade, o Rei Momo.
Revista Carioca, n 19, 29 de fevereiro de 1936.
Lembrando que até 1960 o Distrito Federal ficava no Rio de Janeiro.
No
baile official, realisado segunda-feira, no Theatro Municipal, destacou-se pela
formosura de sua indumentária typica, a senhorita Didi Caillet, eleita “Miss
Paraná” no Concurso Internacional de Belleza promovido pela A NOITE, em 1930, e
actual “Rainha dos Estudantes”. Nesta attitude a surprehendeu, durante o maior
baile do Carnaval, a objectiva da “A NOITE Illustrada”.
Revista A NOITE Illustrada, 12 de fevereiro de 1932
Acompanhando a postagem, algumas músicas do Carnaval de 1932.
Não coloqueiO Teu Cabelo Não Nega, pois
será enfoque de outra postagem.
A músicaGegê, aqui apresentava, fazia
alusão a Getúlio Vargas.
AMOR AMOR Marcha de Joubert de Carvalho Gravada por Carmen Miranda Acompanhamento de Orquestra e Coro, sob a direção de Rondon Disco Victor 33.478-B, matriz 65241-1 Gravado em 21 de setembro de 1931 e lançado em novembro
MARCHINHA DO AMOR Marcha de Lamartine Babo Gravada por Francisco Alves e Mário Reis Acompanhamento da Orquestra Copacabana Disco Odeon 10.871-A, matriz 4312-1 Gravado em 22 de setembro de 1931 e lançado em 1932
MULHER DE MALANDRO Samba de Heitor dos Prazeres Gravado por Francisco Alves Acompanhamento da Orquestra Copacabana Disco Odeon 10.870-B, matriz 4314 Gravado em 24 de setembro de 1931 e lançado em 1932
A.E.I.O.U. Marchinha Colegial de Lamartine Babo e Noel Rosa Gravada por Lamartine Babo Acompanhamento de Orquestra e Coro Disco Victor 33.503-A, matriz 65295-2 Gravado em 18 de novembro de 1931 e lançado em janeiro de 1932
GEGÊ Marcha de Rancho de Eduardo Souto e Getúlio Marinho (Amor) Gravado por Jayme Vogeler Acompanhamento da Orquestra Copacabana Disco Odeon 10.876-A, matriz 4369 Gravado em 24 de novembro de 1931 e lançado em 1932
SOFRER É DA VIDA Samba de Francisco Alves e Ismael Silva Gravado por Mário Reis Disco Odeon 10.872-A, matriz 4375 Gravado em 28 de novembro de 1931 e lançado em julho de 1932
ISTO É XODÓ Marcha de Ary Barroso Gravada por Carmen Miranda, com participação de Sylvio Caldas no contracanto Acompanhamento da American Jazz Disco Victor 33.508-B, matriz 65326-2 Gravado em 10 de dezembro de 1931 e lançado em janeiro de 1932
GOSTO, MAS NÃO É MUITO Marcha de Francisco Alves, Ismael Silva e Noel Rosa Gravado por Francisco Alves Acompanhamento dos Bambas do Estácio Disco Parlophon 13.375-A, matriz 131302 Lançado em dezembro de 1931
CADE MARIA Marcha de Francisco Pezzi Gravada por Francisco Pezzi Disco Odeon 10.882-A, matriz 4400 Gravado em janeiro de 1932
Revendo meus antigos LPs, encontrei um dedicado especialmente aos Grandes Carnavais do Passado. Esse também era o título do disco, já em seu terceiro volume (em 1988), abordando os carnavais dos anos 40 e 50. Foi lançado por MotoDiscos.
Trago as músicas para que vocês relembrem ou conheçam as belas composições que embalaram as festas de outrora.
LADO A
LÁ EM MANGUEIRA
Samba de Heitor dos Prazeres e Herivelto Martins
Gravado pelo Trio de Ouro (Dalva de Oliveira, Herivelto Martins e Nilo Chagas)
Acompanhamento de Benedito Lacerda e Seu Conjunto
Disco Odeon 12.242-A, matriz 7095
Gravado em 15 de outubro de 1942 e lançado em janeiro de 1943
MULATA (RAINHA DO MEU CARNAVAL)
Marcha de Pereira Mattos e Felisberto Martins
Gravado por Joel & Gaúcho
Acompanhamento de Abel e Sua Orquestra
Disco Odeon 12.666-A, matriz 7965
Gravado em 17 de dezembro de 1945 e lançado em fevereiro de 1946
UMA APRESENTAÇÃO
Samba de Romeu Gentil e Paquito
Gravado por Francisco Alves
Acompanhamento de Raul e Seu Ritmo
Disco Odeon 12.908-A, matriz 8458
Gravado em 29 de novembro de 1948 e lançado em janeiro de 1949
OH! TIROLESA
Marcha de Haroldo Lobo e Oswaldo Martins
Gravado por Dircinha Batista
Acompanhamento de Guari e sua Orquestra
Disco Odeon 12.899-A, matriz 8439
Gravado em 04 de novembro de 1948 e lançado em janeiro de 1949
CABELOS BRANCOS
Samba de Herivelto Martins e Marino Pinto
Gravado pelos Quatro Ases e Um Coringa
Acompanhamento de Geraldo Medeiros e Seu Conjunto
Disco Odeon 12.909-A, matriz 8460
Gravado em 30 de novembro de 1948 e lançado em janeiro de 1949 IRACEMA
Samba de Raul Marques e Otolindo Lopes
Gravado por Jorge Veiga
Acompanhamento de Benedito Lacerda e Seu Conjunto
Disco Odeon 12.428-B, matriz 7482
Gravado em 03 de fevereiro de 1944 e lançado em março
LADO B
BOM DIA AVENIDA
Samba de Herivelto Martins e Grande Otelo
Gravado pelo Trio de Ouro (Dalva de Oliveira, Herivelto Martins e Nilo Chagas)
Acompanhamento de Benedito Lacerda e Seu Conjunto
Disco Odeon 12.406-B, matriz 7425-1
Gravado em 23 de novembro de 1943 e lançado em janeiro de 1944
GUIOMAR
Samba de Haroldo Lobo e Wilson Batista
Gravado por Joel & Gaúcho
Acompanhamento de Claudionor Cruz e Seu Conjunto
Disco Odeon 12.514-B, matriz 7655
Gravado em 15 de setembro de 1944 e lançado em novembro
GENY
Samba de Haroldo Lobo e David Nasser
Gravado pelos Quatro Ases e Um Coringa
Disco Odeon 12.829-B, matriz 8296
MEU PRIMEIRO AMOR
Samba de J. Piedade, Sebastião Gomes e O. Silva
Gravado por Risadinha
Acompanhamento de Orquestra
Disco Odeon 13.068-B, matriz 8809
Gravado em 05 de outubro de 1950 e lançado em dezembro
ENTREGO A DEUS
Samba de Haroldo Lobo e Milton de Oliveira
Gravado por Dircinha Batista
Acompanhamento de Geraldo Medeiros e Seu Conjunto
Disco Odeon 12.911-B, matriz 8462
Gravado em 02 de dezembro de 1948 e lançado em janeiro de 1949
MAIOR É DEUS
Samba de Fernando Martins e Felisberto Martins
Gravado por Francisco Alves
Acompanhamento de Raul e Seu Ritmo
Disco Odeon 12.908-B, matriz 8459
Gravado em 29 de novembro de 1948 e lançado em janeiro de 1949
Gilda
Abreu, graciosa estrela de theatro e cinema, que, embora esteja comprometida
para filmar Alegria, com Oduvaldo Vianna, realizará brevemente uma pequena
temporada de operetas no João Caetano, estreando com Alvorada de Amor, a peça
que fez a famosa cantora Jeanette Mac Donald, cuja melodia ficou no ouvido de
todos nós.
A Orchestra Henrique Jorge, (vendo-se da esquerda para a direita) sentadas, as executantes senhoritas Esther Jardim, Carmen Rocha, Mozarina Jorge e Lais Lopes. Ao centro, marcado, o maestro Henrique Jorge. (Revista Fon-Fon, 1915).
Faleceu nessa segunda-feira, dia 10 de fevereiro, a atriz e embaixadora SHIRLEY TEMPLE, a atriz mirim mais famosa de todos os tempos.
Ela estava com 85 anos e, segundo comunicado, morreu de causas naturais em sua casa, em Woodside, Califórnia (EUA), rodeada pela família.
O texto diz: "Nós a celebramos por uma vida de realizações notáveis como atriz, diplomata e como nossa amada mãe, avó e bisavó, e adorada mulher, por 55 anos, do falecido e saudoso Charles Alden Black."
Shirley Temple nasceu em Santa Mônica, Califórnia, em 23 de abril de 1928.
Em 1931, com apenas três anos, já tinha aulas de dança e foi contratada para participar de vários curtas chamados Baby Burlesks, que parodiavam astros e estrelas adultos, como Marlene Dietrich.
Seu primeiro filme (longa) foi Red Haired Alibi, de 1932, onde interpretou Gloria Shelton. Ela tinha quatro anos de idade.
Com seu sorriso angelical, seus cachinhos perfeitamente modelados, ela cantava e dançava. Logo, se tornou a criança prodígio do cinema, atuando ao lado de importantes nomes como Alice Faye.
Em 1935, ganhou um Oscar especial por seu trabalho, o primeiro baby Oscar. A estatueta tinha a metade do tamanho original. O prêmio era dado a artistas mirins que se destacavam, já que não concorriam com os astros adultos.
Ela foi, também, a salvadora da Fox e do público na época da Grande Depressão.
O presidente Franklin D. Roosevelt lhe agradeceu "por ter feito a América atravessar a Grande Depressão com um sorriso".
Entre 1935 e 1938, Shirley Temple foi campeã de bilheteria nos Estados Unidos, estando à frente de astros como Clark Gable, Bing Crisby, Robert Taylor, Gary Cooper e Joan Crawford.
Quando chegou à adolescência e idade adulta, seus filmes começaram a rarear.
Seu último filme de sucesso foi A Kiss for Corliss, de 1949.
De 1931 a 1961, ela estrelou 14 curta-metragens e 43 longas-metragens.
Em 1960, ela ganhou uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood. Em 1992, foi homenageada pelo National Board os Review. Em 2006, recebeu um prêmio especialpelo conjunto da obra do Sindicato de Atores dos Estados Unidos (SAG).
Ela se casou aos 17 anos, com Jack Agar, um soldado. O casamento durou quatro anos e tiveram uma filha em 1949, Linda Susan. Em 1950, ela se casou com Charles Black, antigo oficial da marinha, e tiveram dois filhos Charlie Jr. e Lori.
Sirley Temple também era diplomata.
Aqui, Shirley Temple ao lado do grande sapateador Bill Bojangles Robinson
Faleceu hoje a tarde, dia 10 de fevereiro, aos 93 anos, a atriz e cantora VIRGÍNIA LANE, A Vedete do Brasil. Ela estava internada desde o dia 02 de fevereiro, tendo seu estado de saúde piorado no último dia 06. Virgínia estava internada no Hospital São Camilo, em Volta Redonda (RJ), cidade onde residia.
Nascida em 28 de fevereiro de 1920, no Rio de Janeiro, Virgínia Lane iniciou carreira ainda nos anos 30. Durante a década de 1940 se destacou no rádio, Cassino da Urca e no teatro de revista. Nos anos 50, era uma das mais famosas (senão a mais famosa) vedetes de nosso teatro musicado.
Atuou em filmes como Anjo do Lodo, filme de 1949, protagonizou o primeiro nu do cinema brasileiro, mas, devido à censura, a cena foi exibida com a silhueta nua da atriz projetada na parede e close em suas pernas.
Gravou algumas músicas, como o sucesso Sassaricando, até hoje cantado.
Virgínia Lane também foi a primeira apresentadora infantil da televisão brasileira, ainda na década de 1950.
Seu romance com o presidente Getúlio Vargas ficou notório.
Ainda aos 90 anos, Virgínia Lane conservava a beleza e carisma que a marcaram, fora suas belas pernas.
ARY BARROSO E CARMEN MIRANDA Arquivo Marcelo Bonavides
Além de amigos e de trabalharem juntos em várias ocasiões, Carmen Miranda e Ary Barroso dividem algo mais, o dia 09 de fevereiro. Nesse dia, em 1909, ela nascia em Portugal; também nesse dia, em 1964, o célebre compositor mineiro falecia no Rio de Janeiro.
Marcando os 105 anos do nascimento de Carmen Miranda e os 50 anos de falecimento de Ary Barroso, trago as três primeiras músicas da autoria do compositor gravada por ela, O Nêgo no Samba, Deixa Disso e Sou da Pontinha.
O Nêgo no Samba
Samba de Ary Barroso, Marques Porto e Luís Peixoto
Acompanhamento da Orquestra Victor Brasileira
Disco Victor 33.285-B, matriz 50144-2
Gravado em 14 de dezembro de 1929 e lançado em maio de 1930.
A revista Excelsior, nº 30, de julho de 1930, registrou a seguinte crítica, referente à essa gravação e ao lado A (que trazia duas cançonetas cantadas por Carmen): "N. 33.285 - Três números alegres porque tem música saltitante e... Carmen Miranda, que é tudo. Uma chapa e tanto!".
Samba de nêgo quebra os quadris
Samba de Nêgo tem parati
Samba de Nêgo, oi, oi, sempre na ponta
Samba de Nêgo, meu bem, me deixa tonta
No samba branco se escangaia
No samba nêgo bom se espaia
No samba branco não tem jeito, meu bem
No samba nêgo nasce feito
Deixa Disso
Samba de Ary Barroso
Acompanhamento de Orquestra e Coro
Disco Victor 33.398-A, matriz 65059-2
Gravado em 13 de dezembro de 1930 e lançado em janeiro de 1931.
Sylvio Caldas participa cantando o verso "Pra me agradar".
Sou prisioneira
sou escrava de meu grande amor
Deixa disso
Deixa disso
Tens a mania de fazer
pouco de minha dor
Deixa disso
Deixa disso
Eu vou te abandonar
Estou cansada de sofrer pra te agradar
(Pra me agradar)
Eu já não posso
perder tempo com quem não me quer
Deixa disso
Deixa disso
Hei de fazer todo o possível
para me esquecer
Deixa disso
Deixa disso
Eu vou te abandonar
Estou cansada de sofrer pra te agradar
(Pra me agradar)
Segundo o pesquisador Abel Cardoso Júnior, em seu livro Carmen Miranda - A Cantora do Brasil (Edição particular, 1978), a revista Phono-Arte publicou a seguinte crítica sobre a música: "O samba que se ouve neste disco (que é um misto de samba de rua e marcha) é, na nossa opinião, das melhores coisas que Ary Barroso fez para o carnaval deste ano. Foi um dos sucessos da revista carnavalesca do Theatro Recreio. A música possui melodia simples e agradável, o ritmo é típico e carnavalesco e o coro em resposta de franco agrado popular. Carmen Miranda atua com a eficiência de sempre, conquanto tenhamos notado uma orquestração um tanto compacta para o gênero e uma marcação por vezes pesada, apesar da orquestra e coro se apresentar com o bom ensaio de sempre". (Revista Phono-Arte, nº 50, 28 de fevereiro de 1931, p.08).
Essa marcha foi cantada na revista Deixa Essa Mulher Chorar!..., por Aracy Côrtes, em 1931.
Sou da Pontinha
Marcha de Ary Barroso
Acompanhamento de Orquestra e Coro
Disco Victor 33.398-B, matriz 65063-2
Gravado em 13 de dezembro de 1930 e lançado em janeiro de 1931.
Meu bem, eu dei
não sei em quem
um beijinho que me fez muito mal
numa noite de carnaval
Eu já não posso mais sair sozinha
Mamãe me disse que eu não saísse
E todos dizem que eu sou da pontinha
na rua andando me requebrando
Um dia desses eu fui perseguida
por um rapaz, gostei de mais
Não sei por quê chamou-me "querida"
Fiquei dengosa, muito nervosa!
Novamente Abel Cardoso Junior nos apresenta a crítica da revista Phono-Arte: "A marcha do complemento, saltitante e bem ritmada, pode ser considerada boa e está excelentemente cantada por Carmen Miranda, que se vê acompanhada por orquestra e coro". (Revista Phono-Arte, nº 50, 28 de fevereiro de 1931, p.08).
Faleceu hoje, dia
03 de fevereiro de 2014, em Los Angeles (EUA), a atriz e cantora ROSINA PAGÃ. Ela estava com 94 anos.
Segundo seu amigo o escritor, jornalista e presidente da Federação das Academias de
Letras e Artes de Estado de São Paulo, Thiago de Menezes, ela faleceu após uma
longa enfermidade.
Rosina começou
carreira em 1934 ao lado de sua irmã Elvira, formando a dupla Irmãs Pagãs. No início dos anos
40, desfeita a dupla, Rosina seguiu carreira solo, levando seu talento pelo
Brasil e exterior.
Nascida em Itararé (SP), em 10 de julho de 1919, Rosina Pagã era a última grande cantora da MPB da década de 1930 ainda viva.
Em janeiro,
passado, estreou o documentárioRosina
Pagã-A história de uma cantora do Rádio, dirigido por Dimas Oliveira Júnior,
homenageando à cantora.
Faleceu
na madrugada de hoje, dia 01 de fevereiro de 2014, o ator MAXIMILIAN SCHELL,
ganhador, em 1962, do Oscar de Melhor Ator por sua atuação em O Julgamento de
Nuremberg (Judgment at Nuremberg), dirigido por Stanley Kramer em 1961. Ele foi
o primeiro artista de língua alemã a ganhar o Oscar após a Segunda Guerra
Mundial.
Em
18 de janeiro, último, o ator passou mal em Kitzubuhel, oeste da Áustria. Na
ocasião, ele estava participando de uma filmagem para o canal alemão ZDF,
segundo informou a agência austríaca APA.
Terça-feira
passada, dia 28, ele havia deixado o Hospital.
Sua
agente, Patricia Baumbauer, declarou que ele faleceu “em consequência de uma
doença grave e repentina”.
Ele
estava com 83 anos.
Nascido
em Viena (Áustria) em 08 de dezembro de 1930, Maximilian Schell era filho de um
dramaturgo suíço e de uma atriz austríaca. Tanto ele como seus irmãos também
seguiram carreira artística.
Após
a Áustria ser anexada pelos nazistas, em 1938, a família se refugiou na Suiça.
Aopós a Segunga Guerra Mundial, ele retornou Áustria.
Estudando
arte dramática em Zurique, só estreou no cinema em 1955, participando de
pequenos papéis em dois filmes alemães.
Em
Hollywood, estreou em Os Deuses Vencidos (The Young Lions), dirigido por Edward Dmytrykem 1958.
Em
O Julgamento de Nuremberg, ele interpretava o advogado Hans Rolfe, advogado de
defesa dos oficiais nazistas. Coube à Joan Crawford lhe entregar o Oscar de Melhor Ator:
Maximilian
ainda seria indicado mais duas vezes ao Oscar, após 1961: como melhor ator por
The Man in the Glass Booth, de 1975; e como melhor ator coadjuvante por Julia,
de 1977.
Fiel
aos palcos, ele atuou nos últimos anos nos palcos de Nova York, apresentando em
2000 uma versão de O Julgamento de Nuremberg; e em Londres, participando em
2006 da peça Resurrection Blues, de Arthur Miller, dirigida pelo cineasta
americano Robert Altman.
Na
direção, Maximilian Schell estreou em 1970, com o filme O Primeiro Amor.
Em
1984 dirigiu o documentário Marlene, onde contava a vida e carreira da atriz
alemã, naturalizada americana, Marlene Dietrich. Foi talvez a última
participação de Marlene em filme, mesmo que só apareça a voz da atriz, que
vivia reclusa em Paris, tendo falecido em 1992, aos 90 anos. Por esse
documentário, ele recebeu vários prêmios. Ambos participaram do filme O
Julgamento de Nuremberg, de 1961.
Maximilian
Schell era padrinho da atriz Angelina Jolie.