Hoje, trago bela canção gaúcha LUAR DO SUL.
Segundo a Discografia Brasileira, o autores são Zeca Ivo e João Carneiro Ribas.
De sucesso em meados da década de 1920, foi lançada em 1926 em disco Odeon Record (123.083) por Arthur Castro, em gravação mecânica.
Em novembro de 1927, já na fase das gravações elétricas, Patrício Teixeira lançou uma nova versão, onde se acompanha ao violão e tem como acompanhante o compositor e violonista Rogério Guimarães, com seu violão. O disco é Odeon (10.065-A) e tem a matriz 1384.
O poema tem, fora o estribilho refrão, três estrofes. Em comum, ambos gravaram a primeira estrofe e o refrão. Arthur gravou a primeira e a terceira, enquanto Patrício gravou a primeira e a segunda.
As duas gravações são belas e vale a pena escutá-las.
O jornal carioca Correio da Manhã publicou a letra e a cifra, porém, só traz Zeca Ivo como autor.
Transcrevo a letra com a grafia, acentuação e pontuação original.
Gravação de Arthur Castro
Gravação de Patrício Teixeira
LUAR DO SUL
Canção gaúcha de Zeca Ivo e João Carneiro Ribas
Nas plagas onde eu nasci
tem um céu que eu nunca vi
O mais bello e tão azul.
É de ficar abysmado
vendo um céo tão constellado
do Rio Grande do Sul.
Se o luar falasse
talvez contasse
Que me viu, com seu clarão,
Beijando a boca mimosa
Da gaúcha mais formosa
Que morava no rincão
Estrofe não gravada por Arthur Castro, só por Patrício Teixeira
O gaúcho que é tropeiro
Dorme ás vezes no porteiro
Entre os beijos do luar.
Exposto ao rigor insano
Do perverso minuano
Que é dum frio de matar.
Estrofe não gravada por Patrício Teixeira, só por Arthur Castro
E numa noite prateada
O gaúcho na jornada
Tem a doce recordação.
De uma gaúcha bonita
Que dansando a chimarrita
Torturou-lhe o coração.
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Agradecimento ao Arquivo Nirez
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