sábado, 17 de agosto de 2013

Filme GILDA, 1946


Nunca houve uma mulher como Gilda!


Com essa frase, o público era chamado às salas de cinema para conhecer esse misterioso personagem, que a atriz Rita Rayworth tornaria inesquecível, entrando para a história do cinema.


Dirigido por Charles Vidor.
Estrelado por Rita Rayworth, Glen Ford e George Macready.
Lançado nos EUA em 15 de março de 1946.




Trailer





Sinopse
Johnny Farrell (Glen Ford) é um vigarista que ganha a vida jogando cartas. Ele é salvo de um assalto por Ballin Mundson (George Macready), dono de um clube noturno de Buenos Aires. Os dois ficam amigos e Johnny passa a trabalhar no Clube, como gerente. Ballin viaja e, quando retorna, aparece casado e acompanhado de Gilga, sua esposa, uma misteriosa mulher que, no passado, tivera um agitado romance com Johnny. Os dois se sentem atraídos mais uma vez, formando um perigoso triângulo amoroso. Johnny descobre que o Clube é, na verdade, uma fachada para um Cassino, proibido no país. 




Filme completo e legendado







De acordo com o site Cinema Clássico, de nossa amiga Carla Marinho, o filme traz várias curiosidades:

  • Gilda é considerado um dos filme mais eróticos de todos os tempos, devido às dúbias frases e ao clima sugestivo, presente em todas as cenas.
  • A princípio, Rita Rayworth não aceitou interpretar Gilda. Após mudarem o roteiro, incluindo mais cenas suas, ela mudou de ideia.
  • Antes desse filme, Rita e Glen Ford atuaram juntos em O Protegido de Papai (1940), Show Business at War (1943). Ainda trabalhariam juntos em Os Amores de Carmen (1948), Uma Viúva em Trinidad (1952), Dinheiro é a Armadilha (1965) e Tha´s Action (1977).
  • Mesmo com todo o sucesso, até hoje, o filme não recebeu nenhum prêmio.
  • Nas canções, Rita Rayworth é dublada pela cantora Anita Ellis.
  • A bomba atômica, de caráter experimental, que os americanos soltaram no Atol de Bikini, no Pacífico, em julho de 1946, foi batizada de Gilda, numa homenagem à personagem, e trazia um desenho de Rita na carapaça.







Opiniões do autor deste Blog


Várias cena se tornaram célebres
  • Quando Mundson bate à porta de Gilda e pergunta se ela está decente, para apresentar-lhe o amigo. O rosto de Rita surge de uma vez na tela, em uma memorável cena.

  • Put the Blame on Mame – Ao dançar e cantar (na verdade dublar) esta canção, Rita/ começa a fazer um strip-tease, na verdade apenas sugere. A cena é muito sensual, mas, Rita conseguiu um grande erotismo ao tirar apenas uma luva. Entrou para a história.



Rita Rayworth criou um personagem que acabou por engoli-la. A partir desse filme ficou impossível separar, no imaginário popular, a atriz do personagem. Ambos parecem fundidos para a eternidade. Isso causou problemas para Rita que, anos depois, afirmaria: “Os homens vão pra cama com Gilda, mas, acordam comigo”. 
Ou seja, os homens aproximavam-se dela pensando estar com a personagem, não com a atriz, a pessoa de carne e osso.
O "jeito Gilda de ser”, cabelos ruivos quase em chamas, ondulados e caindo sobre os olhos, um ar misterioso, sensualidade à flor da pele e um ar de desprezo ao homem amado, seria copiado por homens e mulheres.

Aqui, no Brasil, Gilda se tornou fantasia de carnaval e, também, apelido para travesti. E ainda: as torcidas de futebol usavam o nome como xingamento a seus adversários em campo.

O personagem era tão forte que seduziu a todos: os homens a desejavam, as mulheres e o publico gay a veneravam e buscavam imitá-la.
Rita Rayworth ainda faria vários filmes importantes, mas, sempre estaria ligada à Gilda.


O nome Gilda não foi criado nessa época, é bem anterior. Tivemos a atriz e soprano Gilda de Abreu, esposa do tenor Vicente Celestino. E ainda nos anos 20, foi gravada uma valsa chamada Gilda.


O sucesso do filme fez com que os compositores brasileiros Erasmo Silva e Mário Lago compusessem o samba Gilda, gravado por Sílvio Caldas, acompanhado por K-Ximbinho e Seu Conjunto.
Disco Continental 15.730-B, matriz 1603-1. gravado em 16 de setembro de 1946 e lançado em dezembro desse mesmo ano.


O belo fox-canção Amado Mio, de Allan Robert e Doris Fisher, foi gravado por Francisco Alves em versão de Evaldo Rui, recebendo o título de Amada Mia.
Acompanhamento da Orquestra Odeon, sob a direção do maestro Lírio Panicali. Disco Odeon 12.731-A, matriz 8097. Gravado em 21 de setembro de 1946 e lançado em novembro desse mesmo ano.




Fotos de Gilda






























Fontes:
http://cinemaclassico.com/
http://www.lisboacidadebranca.com/
http://www.screenatlas.com/
http://mondomoda.files.wordpress.com/
http://www.doctormacro.com/






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