segunda-feira, 9 de setembro de 2024

O POETA GUIMARÃES PASSOS


O Malho, 1904.
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Vamos relembrar o poeta e jornalista GUIMARÃES PASSOS.  

Um de seus poemas mais famosos, A Casa Branca da Serra, foi musicado por Miguel Emídio Pestana, se tornando em uma das canções/modinhas mais conhecidas de todos os tempos. Sendo gravada por vários intérpretes.





O Pharol, 19 de abril de 1908.
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Nascido em Maceió (AL), em 22 de março de 1867, Sebastião Cícero dos Guimarães Passos foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, criando a cadeira de nº26, tendo como patrono Laurindo Rabelo.

Fez seus estudos primários e preparatórios em Alagoas. Aos 19 anos seguiu para o Rio de Janeiro, fazendo amizade com os jovens boêmios e intelectuais. Entrou para a redação dos jornais e passou a fazer parte do grupo de Paula Ney, Olavo Bilac, Coelho Neto, José do Patrocínio, Luis Murat e Arthur Azevedo.

Colaborou com a Gazeta da Tarde, a Gazeta de NotíciasA Semana. Publicava crônicas e versos e, por onde trabalhou, também escreveu sob o pseudônimo de FiladelfoGillFlorealPuffTim e Fortúnio.

Ele também era arquivista da Secretaria da Mordomia da Casa Imperial. Porém, com a proclamação da República, essa repartição foi extinta e ele passou a viver somente de seus trabalhos jornalísticos.

Exilou-se em Buenos Aires, devido ter participado de revolta contra Floriano Peixoto. Na Argentina colaborou com os jornais La Nación e La Prensa, também fazendo conferências sobre temas literários relacionados ao Brasil.

Voltou do exílio em 1896, sendo um dos primeiros poetas chamados para formar a Academia Brasileira de Letras.

Viu que o Rio de Janeiro de sua geração estava completamente transformado, com vários antigos companheiros em cargos bem remunerados, sendo ele o último boêmio.

Contraindo tuberculose e não tendo melhoras no Brasil, seguiu para a Ilha da Madeira e, daí, para Paris, onde veio falecer, em 09 de setembro de 1909, aos 42 anos.



GUIMARÃES PASSOS




GUIMARÃES PASSOS
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GUIMARÃES PASSOS
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GUIMARÃES PASSOS
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GUIMARÃES PASSOS
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Somente em 1921, a Academia Brasileira de Letras conseguiu trazer seus restos mortais para o Brasil. 

Guimarães Passos era um poeta parnasiano, lírico e, às vezes, um pouco pessimista. Foi também humorista quando colaborou para O Filhote, tendo seus escritos reunidos, depois, no livro Pimentões, publicado em parceria com Olavo Bilac.  

O poeta José Veríssimo, seu contemporâneo, assim o via quando se referia aos Versos de um simples: “poeta delicado, de emoção ligeira e superficial, risonho, de inspiração comum, mas de estro fácil, como o seu verso, natural e espontâneo, poeta despretensioso, poeta no sentido popular da palavra".



Jornal do Brazil, 12 de julho de 1891.
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Alguns poemas de Guimarães Passos



A Mai de Família, 
31 de maio de 1887.http://memoria.bn.br


O Mequetrefe, 20 de janeiro de 1887.http://memoria.bn.br



Cidade do Rio, 04 de junho de 1888.
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O Mequetrefe, fevereiro de 1892.
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 A Casa Branca da Serra
(Gravações)



MÁRIO PINHEIRO




CASA BRANCA DA SERRA



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Modinha de Guimarães Passos e Miguel Emídio Pestana
Gravada por Mário Pinheiro
Acompanhamento de Violão
Disco Odeon Record 40.139, matriz RX-2
Lançado em 1904






CASA BRANCA DA SERRA



https://discografiabrasileira.com.br/

Modinha de Guimarães Passos e Miguel Emídio Pestana
Gravada por Mário Pinheiro
Acompanhamento de Violão
Disco Victor Record 98.910
Lançado em 1910






JOÃO BARROS





CASA BRANCA DA SERRA
Barcarola Guimarães Passos e Miguel Emídio Pestana
Gravada por João Barros
Acompanhamento de Orquestra
Disco Victor Record 98.899
Lançado em 1909






CADETE





CASA BRANCA DA SERRA



https://discografiabrasileira.com.br/

Modinha de Guimarães Passos e Miguel Emídio Pestana
Gravada por Cadete
Disco Odeon Record 108.491
Lançado em 1911





ARTHUR CASTRO







A CASA BRANCA



https://discografiabrasileira.com.br/

Modinha de Guimarães Passos e Miguel Emídio Pestana
Gravada por Arthur Castro
Disco Phoenix Record 281, matriz 1492
Lançado em 1913






PARAGUASSÚ




  

CASA BRANCA DA SERRA
Modinha de Guimarães Passos e Miguel Emídio Pestana
Gravada por Paraguassú
Acompanhamento de Seu Grupo Verde-Amarelo
Disco Columbia 5.062-B, matriz 380191-2
Gravado e lançado em 1929






CÂNDIDO BOTELHO






CASA BRANCA DA SERRA
Canção de Guimarães Passos e Miguel Emídio Pestana
Gravada por Cândido Botelho
Acompanhamento de Orquestra
Disco Continental 16.486-A, matriz 2722
Gravado em agosto de 1951 e lançado em outubro/dezembro de 1951





VICENTE CELESTINO






CASA BRANCA DA SERRA
Valsa Canção de Guimarães Passos e Miguel Emídio Pestana
Gravada por Vicente Celestino
Acompanhamento de Orquestra
Disco RCA Victor 80-2295-A, matriz M2CAB-1170
Gravado em 10 de janeiro de 1961 e lançado em fevereiro de 1961







CARLOS GALHARDO










CASCATINHA E INHANA









INEZITA BARROSO
Programa Viola, Minha Viola, de 2012













Agradecimento ao Arquivo Nirez
   















2 comentários:

  1. Marcos de Farias Costa17 de fevereiro de 2016 às 11:22

    Guimarãres Passos,poeta, boêmio,jornalista, modinheiro e autor de livros em parceria com Olavo Bilac é monstruosamente esquecido em sua prorpia cidade, Maceió. Tal deformação deve-se à penúria educativa do Brasil e à miséria pedagógica alagoana, há séculos. Nenhum governo ou político dá a mínima pra cultura ou educação, querem mesmo é encher a burra. Sonetista inspirado e homem cheio de coragem pessoal (enfrentou no Paraná as tropas de Floriano Peixoto), o poeta e boêmio Guimarães Passos deve ser nome de rua ou de praça, o máximo que as autoridades alaghoanas podem fazer por um grande poeta. Naturalmente que construir praças deve sobrar propina para alguém. Digam-me um político honesto e eu mostrarei um buraco negro.

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