Há 110 anos nascia Stefana de Macedo, pioneira entre as cantoras-pesquisadoras de nosso folclore. Essa talentosa pernambucana resgatou e divulgou inúmeras músicas de nosso cancioneiro popular. Foi uma das primeiras moças a ter aulas e a ensinar violão, isso na década de 1920.
Faleceu na madrugada de hoje, dia 22 de janeiro de 2013, no Rio de Janeiro, a atriz LÍDIA MATTOS.
A atriz, de 88 anos, que estava internada no Hospital Espanhol, do Rio, foi vitima de uma embolia pulmonar. Anteriormente, em 24 de dezembro, ela havia sido internada no Hospital São Lucas, onde ficou por dezesseis dias. Seis dias após receber alta, Lídia Mattos precisou ser internada novamente, dessa vez no Hospital Espanhol.
Nascida em 10 de outubro de 1924, Lídia Mattos iniciou sua carreira ainda muito jovem no rádio, atuando no programa infantil Quartos de Horas Infantis, apresentado por Beatriz Roquette Pinto, ou Tia Beatriz (filha de Roquette Pinto), na Rádio Sociedade. Cantando e atuando como rádio atriz, trabalhou nas rádios Cruzeiro do Sul e Nacional. Na Rádio Mayrink Veiga conheceu o ator, apresentador e compositor, Urbano Lóes, com quem se casou.
Iniciou sua carreira no cinema em 1939 no filme AVES SEM NINHO, de Raul Roulien.
Aves Sem Ninho, 1939.
LÍDIA MATTOS Fon Fon, 1939 http://memoria.bn.br/
Na década de 1940 estudou canto com o maestro Heitor Villa-Lobos.
Em 1953, na TV Tupi, apresentou a gincana Teletestes Lutz Ferrando.
Em 1970, atuou na novela de Dias Gomes, Assim na Terra como no Céu, da TV Globo.
Lídia Mattos teve uma brilhante carreira como apresentadora, rádio-atriz e atriz, atuando com destaque em novelas como: Selva de Pedra (1972), O Bem Amado (1973), Plumas e Paetês (1980/1981), Brilhante (1981), A Próxima Vítima (1995) e na minissérie O Primo Basílio (1988).
Ainda atuou nos filmes, Argila (1940), Mãos Sangrentas (1955), O Coronel e o Lobisomem (1979), A Menina do Lado (1987), Dedé Mamata (1988) e Eu não conhecia Tururu (2000), neste último Lídia foi premiada no Festival de Gramado como melhor atriz coadjuvante.
Lídia Mattos em Argila, 1940.
Lídia Mattos em Argila, de 1940: Obs: Assista até o final dos créditos!
Lídia Mattos deixou quatro filhos, entre eles a atriz e cineasta Dilma Lóes; sete netos, entre eles a atriz Vanessa Lóes (esposa do também ator Thiago Lacerda), e mais três bisnetos.
Um interessante vídeo com Lídia Mattos:
Lídia Mattos gravou um disco em 1954. Com música de seu esposo, Urbano Lóes, ela gravou o samba Carmen Miranda, em homenagem à Pequena Notável que estava de visita ao Brasil, em 1955. Lado A.
Carmen Miranda faleceria em 1955, ano em que o disco foi lançado.
De José Utrini e Benedito Santos, ela gravou o samba Meu Moreno. Lado B.
Ambas as músicas foram gravadas pelo selo Repertório, disco de nº9.006, acompanhamento do Conjunto Repertório.
Lídia Mattos e Urbano Lóes compuseram Teoria da Simpatia, um samba em estilo bossa nova gravado por Carlos José na Continental. Disco nº17.892-B, matriz C-4410. Acompanhamento de orquestra.
Disco lançado em abril de 1961
Sempre costumo dizer que Lídia Mattos é dessas atrizes que faz gosto vermos na TV, de acompanharmos seu trabalho, sendo brindados por seu talento. Digo que ela É, pois, sua obra permanece e espero que possamos rever sempre sua bela atuação. Quando criança, achava muito bonita sua fotografia em vídeo, era uma imagem que marcava. Quando cresci, fui percebendo que aquela senhora bonita e elegante também era uma excelente atriz.
Saudades de um fã, agora, não mais anônimo.
Marcelo Bonavides de Castro
Mais fotos de Lídia Mattos
Em uma cena de Argila, 1940.
Selva de Pedra, 1972.
Plumas e Paetês, 1980.
Brilhante, 1981.
Eu não conhecia Tururu, 2000.
Francisco di Franco e Lídia Mattos
Francisco di Franco, Sady Cabral e Lídia Mattos
Agradecimento ao Arquivo Nirez pela revista Radiolândia e as gravações em mp3.
Há 100 anos, no dia 21 de janeiro de 1913, falecia o escritor, Aluísio de Azevedo.
Aluísio era romancista, contista, cronista, diplomata, caricaturista, jornalista, desenhista, pintor, além de também ser compositor e figurinista teatral.
Entre suas obras de destaque estão: O Mulato, O Cortiço e Casa de Pensão.
Ao acordar desta segunda-feira, 21 de janeiro, tomei conhecimento do falecimento de Adalgisa Colombo, ocorrido sexta-feira última, dia 18 de janeiro de 2013.
Ela havia completado 73 anos nos último dia 11 de janeiro.
Adalgisa foi Miss Brasil 1958, tendo ficado em segundo lugar nesse ano no Miss Universo.
Era um símbolo de elegância e glamour, de um tempo dourado que vai ficando cada vez mais distante,
Como venho escrevendo, Mário Pinheiro gravou dezenas de músicas nas primeiras décadas do século XX.
Aqui estão cinco canções que ele gravou entre 1904 e 1910.
TER AMOR NÃO É DEFEITO
Talvez a primeira gravação de Mário Pinheiro e a quarta feita pela Odeon Record em 1904.
Modinha
Disco Odeon Record 40.003, matriz RX-279
Lançado em 1904
LÁGRIMAS DO PASSADO
Canção
Disco Odeon Record 40.058, matriz RX-46
Lançado em 1904
A CASA BRANCA DA SERRA
Modinha de Guimarães Passos e Miguel Emídio Pestana
Disco Odeon Record 40.139, matriz RX-2
Acompanhamento de violão
Lançado em 1904
CASINHA PEQUENINA
No selo do disco vem como cançoneta, mas, trata-se da famosa canção conhecida até hoje.
Disco Odeon Record 40.472
Acompanhamento de violão
Lançado em 1905
O GONDOLEIRO DO AMOR (Parte1)
Versos da autoria de Castro Alves, com música de Salvador Fábregas
Por ser o poema muito extenso, Mário Pinheiro gravou em duas chapas (discos)
Poesia feita em homenagem à atriz Eugênia Câmara, o grande amor de Castro Alves.
Barcarola
Disco Odeon Record 108.193
Acompanhamento de piano e violão
Gravado em 1908 ou 1909
O GONDOLEIRO DO AMOR (Parte2)
A segunda parte do poema.
Barcarola
Disco Odeon Record 108.194
Acompanhamento de piano e violão
Gravado em 1908 ou 1909
Uma rua pode se parecer com uma pessoa, ou quase. Há ruas que
envelhecem e morrem; outras que apenas envelhecem, e há as que sempre estão se
modificando, sem nunca morrer.
Conheci uma que, mesmo já velhinha, era uma de uma beleza cativante:
árvores frondosas no meio da larga rua, casas tão antigas quanto a rua
enfeitando a paisagem, e, mesmo com o numeroso fluxo de pessoa, carros, e o
ensurdecedor barulho dos ônibus, acompanhados da baforada de fumaça que eles
deixavam, aquela rua era bonita.
Aos poucos, para nosso desgosto, foram surgindo buracos na paisagem
feita pelas casas centenárias. Esses buracos, onde havia sido uma casa, iam
fazendo da rua uma espécie de boca, banguela, sem os lindos dentes que se
abriam em vários quarteirões de sorrisos.
Com o tempo, os buracos foram aumentando. Ou surgiram moradias feias,
que já nasceram mal tratadas ou batizadas pelo mau gosto.
A rua não morreu, mas, parece estar em coma.
Onde havia a casa que eu tanto amava, hoje, há um hediondo buraco.
Evito passar ali e, quando passo, não olho para os lados. Não reconheço
mais nada, e nem quero reconhecer. Em minha mente, tudo está em seu perfeito
lugar.
- “Essa rua já teve os seus encantos.”, disse uma tia minha. Sua frase,
carregada de um suspiro emocionado e de saudosas lembranças ainda ecoa em meus
ouvidos e sua expressão, olhando a rua e ao mesmo tempo o passado, está gravada
em minha memória.
Nessa época, não lembro bem, creio que minha avó tinha acabado de
falecer e no ano seguinte minha tia partiria. Pouco tempo depois, seria eu
mesmo quem repetiria a mesma frase, com a mesma expressão, sentimento e olhar
perdido em minhas lembranças.
E, ainda hoje, eu repito:
- “Essa rua já teve os seus encantos.”.
Marcelo Bonavides, Fortaleza, 12 de janeiro de 2012.
Hoje, completa 103 anos a atriz alemã Luise Rainer.
Ela mora atualmente na Inglaterra, no mesmo apartamento que pertencia à atriz Vivien Leigh.
Algumas curiosidades sobre Luise Rainer e o Oscar:
É a atriz que mais viveu após ganhar um Oscar.
A primeira atriz alemã a receber um Oscar.
A única atriz a receber o Oscar durante a década de 1930 que ainda vive.
E mais!
Ganhou duas vezes o Oscar na categoria de melhor atriz em anos consecutivos, sendo a primeira atriz na história do cinema a conseguir esse feito: em 1937, por The Great Ziegfeld (Ziegfeld, o criador de estrelas - 1936), onde interpretou Anna Held; e em 1938, por The Good Earth (Terra dos Deuses - 1937), onde interpretou O-Lan, ao lado de Paul Muni.
The Great Ziegfeld, 1936.
The Good Earth, 1937.
Nasceu em Dusseldorf, Alemanha, em 12 de janeiro de 1910.
Mudou-se para Berlin, onde começou a trabalhar na Companhia Max Reinhardt.
Trabalhando em alguns filmes, foi descoberta em 1935 pelo chefão da Metro, Louis B. Mayer, que viajava pela Europa e a contratou.
Estreou em Hollywood ao lado de William Powell no filme Escapade (Flerte), em 1935.
No segundo filme, também ao lado de Powell, The Great Ziegfeld (1936), ela arrebatou o Oscar de Melhor Atriz.
Como se não bastasse, em seu terceiro filme em Hollywood, The Good Earth (1937), levou outro Oscar também de Melhor Atriz.
Após todo esse sucesso, sua carreira começou a decair. Há quem diga que o culpado era o estúdio pela péssima escolha de seus papéis; outros, atribuem aos maus conslehor recebidos de seu marido na época, o dramaturgo Clifford Oddets, com quem a atriz esteve casada de 1937 a 1940.
Após suas premiações fez poucos filmes, atuando em Hostages (Reféns), de 1943; e só então retornando em 1997, aos 87 anos, para filmar The Gambler.
The Great Ziegefeld, 1936.
Luise Rainer e William Powell, The Great Ziegfeld, 1936.
Luise Rainer e Paul Muni em The Good Earth, 1937.
Na ótima caracterização de The Good Earth, 1937.
Outras fotos de Luise Rainer
Em 05 de setembro de 2011, aos 101 anos, homenageada com uma estrela em Berlim, no Boulevard des Stars
O vídeo da ocasião:
Aos 100 anos, em 2010, com o repórter Philip Hedemann.
Luise Rainer em 2011, aos 101 anos.
Luise Rainer em 2010, aos 100 anos. O mesmo olhar doce.