Há 118 anos nascia Otília Amorim, atriz, cantora, empresária e compositora.
Confiram as gravações de Otília Amorim, comentadas por Mário de Andrade e acompanhadas de registros históricos da gravadora Victor: http://zip.net/bftjPX
Ainda adolescente, interrompeu seus estudos em um colégio de freiras devido a dificuldades financeiras. Estreou no teatro em 1911, na revista Peço a Palavra, no Teatro Carlos Gomes do Rio de Janeiro. Era uma atriz de revista completa: interpretava, dançava, cantava, era bonita, sabia ser ótima caricata, desembaraçada e tinha total domínio da plateia. Orestes Barbosa afirmava que Otília era a precursora do samba no palco.
No cinema, estreou em 1912 no drama A Vida do Barão do Rio Branco, escrito por José do Patrocinio Filho e dirigido por Alberto Botelho. Em 1919, estreou os filmes de Luís de Barros: Alma Sertaneja e Ubirajara.
Foi em Alma Sertaneja que Otília aparecia tomando banho nua em um riacho. A censura caiu em cima querendo proibir o filme, mas, depois de muita luta ele foi lançado, com grande sucesso.
Otília Amorim foi uma das Rainhas do Teatro de Revista. Na segunda metade da década de 1910, atrizes como pepa Delgado e Júlia Martins já eram nomes consagrados. Otília ia cada vez mais ganhando prestígio e conquistando fãs. No começo dos anos 20, ela reinava nas revistas lançado sucessos e modas. Depois dela, teríamos Margarida Max e Lia Binatti, ainda em meados da década de 1920. Aracy Côrtes, nessa época, já mostrava a que veio e, em breve, ia receber a coroa das antigas rainhas. Mas, voltemos à Otília Amorim.
"Melindozinha, moça chique e vaporosa anda muito bonitinha, perfumada como a rosa". Ai, amor! (1921). |
No teatro de revista, ela atuou várias vezes ao lado do cantor Francisco Alves.
Lançou vários sucessos nos palcos, como as marchas Ai Amor, Zizinha, de José Francisco de Freitas.
"Zizinha, Zizinha Oh, vem comigo, vem minha santinha Também quero tirar uma casquinha". 1926 |
Em 19 de agosto de 1963, uma segunda-feira às 17 horas, ao 69 anos, ela recebeu a medalha Homenagem ao Mérito, da Associação Brasileira de Críticos Teatrais, por sua importante dedicação ao teatro brasileiro. A homenagem aconteceu durante a solenidade de abertura do Quarto Congresso de Teatro Brasileiro, no Auditório do Palácio da Cultura.
Otília Amorim faleceu em São Paulo, em 1970.
Fontes:
Arquivo Nirez
Figuras e coisas da MPB, de Jota Efegê
Viva o Rebolado, de Salvyano Cavalcanti de Paiva
Ottilia Amorim faleceu em 1969, na capital de S. Paulo e não em não em 1970.
ResponderExcluirOlá Antônio Ribeiro, obrigado pela informação. Você saberia o dia e mês? Você teria mais informações sobre ela?
ExcluirObrigado e um abraço.