domingo, 3 de novembro de 2024

RELEMBRANDO O POETA GONÇALVES DIAS

GONÇALVES DIAS





Vamos relembrar o poeta GONÇALVES DIAS.        
 
Antônio Gonçalves Dias nasceu e Caxias (MA), em 10 de agosto de 1823. Era filho de Vicência Ferreira e João Manuel Gonçalves Dias. Também foi professor, crítico de história e etnólogo.

 
Em 1825, seu pai se casou novamente, levando o pequeno Gonçalves Dias consigo. A criança recebeu uma rica instrução, aprendendo latim, francês e filosofia.
 
Em 1838, quando o jovem ia embarcar para Portugal, para prosseguir seus estudos, seu pai faleceu. Mas sua madrasta o ajudou e ele pôde viajar e se matricular no curso de Direito de Coimbra, formando-se em 1845.
 
Gonçalves Dias voltou ao Brasil ainda em 1845 e, em 1846, passou a morar no Rio de Janeiro, onde ficou até 1854.
 
Ele foi um dos mais importantes poetas do Romantismo brasileiro, em sua fase “indianista”.

Compôs dramas como Leonor de Mendonça (1846) e poemas: Primeiros Cantos (1847), Segundos Cantos (1848), e outros poemas famosos como I Juca Pirama e Canção do Exílio. Também escreveu peças de teatro.
 
Em 1851, Gonçalves Dias partiu para o Norte a trabalho e no intuito de se casar com Ana Amélia Ferreira do Vale, de 14 anos, e o grande amor de sua vida. A mãe da menina não concordou com o casamento, muito provavelmente devido à mãe biológica de Gonçalves Dias ser mestiça. Lembremo-nos que em meados do século XIX não era incomum meninas de 14 anos casarem ou ficarem noivas. Gonçalves Dias, frustrado, casou-se em 1852 no Rio de Janeiro, com Olímpia Carolina da Costa, da qual se separou em 1856. O casal teve uma filha que faleceu ainda na primeira infância.
 
Morou na Europa a trabalho entre 1854 e 1858. Voltou ao Brasil, mas retornou ao Velho Continente em 1862, buscando tratar sua abalada saúde, procurando lugares onde o clima curasse sua enfermidade, provavelmente a tuberculose.
 
Gonçalves Dias embarcou para o Brasil em 10 de setembro de 1864. Ele já se encontrava muito debilitado. Em 03 de novembro de 1864 o navio, Ville de Boulogne, naufragou no Baixio de Atins, na costa do Maranhão. Gonçalves Dias encontrava-se agonizante em seu camarote e foi esquecido por todos, sendo a única pessoa a se afogar no desastre, aos 41 anos de idade.
 
Gonçalves Dias é o patrono da cadeira nº 15 da Academia Brasileira de Letras, por escolha de um de seus fundadores, Olavo Bilac.
 

Seu poema Canção do Exílio ficou famoso, sendo conhecido por gerações. Durante as primeiras décadas do século XX este e outros poemas de Gonçalves Dias foram gravados por vários artistas. Canção do Exílio receberia uma gravação em 1931 com o título de Minha Terra Tem Palmeiras, onde a cantora Gilca Loreti canta o poema em ritmo de sambinha. Carmen Miranda gravaria, em 1936, uma marcha com o nome Minha Terra Tem Palmeiras, onde cita alguns breves versos de Gonçalves Dias, em sua Canção do Exílio. Dircinha Batista também gravaria uma marcha intitulada Minha Terra Tem Palmeiras, de Valter Levita e Oldemar Magalhães, gravada em 1958.




 
SE SE MORRE DE AMOR
Poesia de Gonçalves Dias
Recitada por Edmundo Araújo
Disco Odeon Record 40.351
Lançado em 1906




 
AMANHÃ
Modinha de Gonçalves Dias
Gravada por Bahiano
Acompanhamento de Violão
Disco Odeon Record 108.520, matriz XR-1116
Lançado em 1913




 
CANÇÃO DO EXÍLIO
Modinha de Gonçalves Dias
Gravada por Bebiano Tubino
Acompanhamento de Violão
Disco Phoenix Record 120, matriz 650
Lançado em 1913


 
MINHA TERRA TEM PALMEIRAS
Modinha de Gonçalves Dias e Armando Lameira
Gravada por Gilca Loreti
Acompanhamento de Gente Boa
Disco Odeon 10.790-B, matriz 4002
Lançado em 1931
















Agradecimento ao Arquivo Nirez









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