Patrício Teixeira |
Patrício Teixeira gravou o samba Cabide de Molambo, da autoria de João da Bahiana, em 23 de janeiro de 1932. O disco é Odeon nº 10.883-A, matriz 4402, e foi lançado nesse mesmo ano. O acompanhamento é da Orquestra Copacabana.
Cabide de Molambo
Obs. Os versos foram feitos propositalmente com erros de português. Mantive essas palavras em itálico.
Meu Deus, eu andocom o sapato furado
Tenho a mania
de andar engravatado
A minha cama
é um pedaço de esteira
É uma lata velha
que me serve de cadeira.
Minha camisa
foi encontrada na praia
A gravata foi achada
na ilha da Sapucaia
Meu terno branco
parece casca de alho
Foi a deixa dum cadauvel
de acidente do trabalho
O meu chapéu
foi de um pobre surdo mudo
As botinas foi dum véio
da revolta de Canudo
Quando saio a passeio
as almas ficam falando
Trabalhei tanto na vida
pra você andar gozando.
A refeição é que é interessante
na tendinha do Tinoco
no pedir, eu sou constante
O português, meu amigo
sem orgulho
me sacode um caldo grosso
carregado no entulho.
Agradecimento ao Arquivo Nirez
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