quarta-feira, 23 de maio de 2012

SYLVIO CALDAS, 104 ANOS



Sylvio Caldas figura entre os Quatro Grandes da Música Popular Brasileira. Os outros três eram Francisco Alves, Carlos Galhardo e Orlando Silva. Além de cantor, era compositor.

Ele nasceu no Rio de Janeiro em 23 de maio de 1908, com o nome de Sylvio Antônio Narciso de Figueiredo Caldas. Depois, já famoso, mudaria seu nome em cartório para Sylvio Caldas.

Cantando desde criança, aos cinco anos ele desfilava no carnaval, carregado nos ombros dos remadores do Clube de Regata São Cristóvão (bairro onde morava), no bloco Família Ideal
Com essa mesma idade, fez uma apresentação no Theatro Phoenix. Aos nove anos, era aprendiz em uma oficina mecânica.

Começou a cantar profissionalmente em 1927, quando o cantor Milonguita (Antônio Gomes) o levou para a rádio Mayrink Veiga; local em que conheceu e fez amizade com o pianista Bequinho e os compositores Uriel Lourival e Cândido das Neves.

Em 1929, já cantava na Rádio Sociedade.

Em 28 de janeiro de 1930, gravou sua primeira música. Cantando com Breno Ferreira, os dois gravaram o desafio Tracuá me ferrô, na Victor.
Em 19 de fevereiro desse mesmo ano, ele gravou sua primeira música cantando sozinho: Amoroso, samba de, no dia 19 de fevereiro de 1930.

Mesmo gravando na Victor, em agosto de 1930 a Brunswick lançou vários discos seus. O primeiro trazia duas composições de Sinhô, que faleceria no dia 04 desse mesmo mês e ano: Recordar é Viver, canção, e Amor de Poeta, samba canção.

Também atuou no teatro de revista, tendo contracenado com Aracy Côrtes.
Era uma das estrelas do Programa Casé.
Em 1937 participou do filme de Luís de Barros, Carioca Maravilhosa.

 Sylvio era irmão da cantora Glorinha Caldas, falecida prematuramente em 1937, com 27 anos.
Também era irmão do cantor Murilo Caldas.

Era conhecido por Caboclinho Querido.

Seu repertório era dos melhores, gravando canções, sambas, marchas, sucessos de carnaval, fazendo duetos com Carmen Miranda, Luís Barbosa ou Francisco Alves, Sylvio Caldas teve uma longa carreira, sendo admirado e influenciando várias gerações.

Ele faleceu em 03 de fevereiro de 1998, em Atibaia, SP,  (onde morou suas últimas décadas), pouco antes de completar 90 anos.

Mesmo idoso, fazia shows. Sempre apresentava uma temporada de despedida, mas, felizmente voltava com outras temporadas, em despedidas que duravam anos e muitas boas apresentações.

Em 1991 perdi a oportunidade de vê-lo, aos 83 anos, cantando e dançando no Theatro José de Alencar. Mas, eu estava com sarampo... impossível poder comparecer.






Agradecimento à Thais Matarazzo e ao Arquivo Nirez

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