sábado, 31 de dezembro de 2011

FELIZ 2012!

A TODOS QUE ACOMPANHAM O BLOG,
DESEJO UM FELIZ 2012!


O ANO NOVO

Feliz Ano Novo ao som de Eduardo das Neves!




O Ano Novo



Lundu
Eduardo das Neves se acompanha ao violão
Disco Odeon Record 108.375
Gravado em 1909

Meus senhores, Boas Festas!
Que é chegado o Ano novo
Canto com mais alegria
Para alegrar este povo
Cantar, rolar na colina
Meu canário peregrino
Enquanto chora menino
Vem surgindo o Ano Novo

No vendaval da floresta
Quando as aves vêm voando
As andorinhas ligeiras
Nos ares vão perpassando
A mãe acalenta o filho
Que sorrindo já lhe diz
Mamãe viva o ano Novo
Peça a Deus ser mais feliz (sermos feliz)

Desta amargura, tormento
Que (já) surgiu a nova aurora
Quem tem palpite, aventura
Sente dores, mas, não chora
Desfaz-se jardins de flores
Espargindo sobre o povo
Estamos no Ano Novo
Boas Festas, peço agora
A mãe acalenta o filho
Que sorrindo já lhe diz
Mamãe viva o ano Novo
Peça a Deus sermos feliz (ser mais feliz)

A mãe acalenta o filho
Que já lhe diz com amor
Mamãe viva o Ano Novo!
Vai reverdecer a flor.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Jesy Barbosa - 24 anos de Saudades



Há 24 anos, no dia 30 de dezembro de 1987, partia A Rainha da Canção Brasileira de 1930,
Jesy Barbosa.
Ela, que além de cantora de prestígio em nossa música, era jornalista,
dramaturga, radio-atriz, radialista e trovadora premiada.
Uma mulher inteligente, talentosa e bonita.
Sua contribuição para a nossa cultura é grandiosa.
Uma das mais belas vozes de nosso cancioneiro.
Em breve, vocês poderão conferir uma reportagem gravada por ela quando tinha pouco mais de 80 anos. Será uma das entrevistas com grandes nomes de nossa música que estará disponibilizada no site do
Arquivo Nirez.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Faleceu a atriz Margot Louro

Faleceu hoje, aos 95 anos, a ótima atriz Margot Louro, 
que era viúva do ator Oscarito e filha da atriz Estefânia Louro.

Margot Louro e Oscarito

Margot Louro sempre manteve a beleza e o talento que a consagraram.



Fonte: eptv.globo.com (http://is.gd/JCtEpM)

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Uma modinha para embalar a noite...

Se fecharmos os olhos, ouvindo alguma música, podemos nos transportar. 
O destino vai de acordo com nossa imaginação, emoção, sensibilidade.
Comigo não é diferente.
Quando ouço modinhas como Noite Serena, imagino logo cenas de outrora: alta noite, ruas desertas, belas casas com árvores na calçada e um trovador com seu violão fazendo serenada à alguma amada ou mesmo à lua.
É fecharmos os olhos e deixarmos nos embalar.


Bahiano (1903)




Mário Pinheiro (1910)















sábado, 24 de dezembro de 2011

23 anos de Pesquisas Musicais

Hoje, véspera de Natal, completo 23 anos de Pesquisas Musicais.
Naquele Natal de 1988 eu ganhava de minha mãe o lp 
Revivendo Dalva de Oliveira com Roberto Inglez e sua Orquestra.



Como era bom, aos 13 anos, descobrir uma grande cantora de nossa música, ouvir aquelas gravações, sua interpretação. Era mágico. Me transportava a uma época que, teoricamente não tendo conhecido, era-me totalmente familiar. Ouvia inúmeras vezes seguidas Kalu, Ai Yoyô, Carinhoso, na voz de Dalva. 
Nunca esquecerei o som e a sensação de sentir (sim, sentir!) sua voz.
A partir de então eu dava início às minhas pesquisas sobre música e seus intérpretes.
Na verdade, antes dessa data, eu já começava a ouvir e me interessas por gravações do passado, mas, só com esse presente que fiz disso uma constante em minha vida, vinte e quatro horas por dia. E, desde então, minha vida tomou um belo sentido.


Duas músicas que tocaram bastante naquela Natal e que faziam parte do lp, foram:

Noite de Natal (Silent, Night, Holy Night)
Dalva de Oliveira, com Roberto Inglez e sua Orquestra (1953)






Lindo Presente (Adeste Fidelis)
Dalva de Oliveira (1953), com Roberto Inglez e sua Orquestra 









Jean Harlow e o Blog desejam a todos Feliz Natal!

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Um estranho e belo objeto

Alô a todos!
Hoje, venho postar uma curiosidade.
Este objeto em destaque era o microfone da Rádio Mayrink Veiga 
no início da década de 1930.





Fonte: Arquivo Nirez

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Luiz Gonzaga e minha memória afetiva

Hoje, Luiz Gonzaga completaria 99 anos.

Entre as melhores lembrança de minha infância, a voz e o talento desse ótimo artista estão guardadas com carinho e saudade.

Lembro que, lá pelos idos de 1980/1981, eu passava alguns dias na livraria de meus avós, no Centro de Fortaleza. Ao cair da tarde, a loja que ficava defronte a nós tocava alto as músicas de Gonzagão. 

Em especial, a que me marcou e ainda parece que escuto é Vida do Viajante. Só de ouvir seus acordes (e ela está tocando agota), me sinto transportado para um lugar feliz, com gosto de saudade.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

O popular BAHIANO


Há 141 anos, no dia 05 de dezembro de 1870, nascia o cantor Bahiano (Manuel Pedro dos Santos).
Nascido em Santo Amaro da Purificação, Bahia, foi no Rio de Janeiro que Bahiano ficou conhecido como célebre cantor de modinhas, lundus e cançonetas. Sua popularidade o levou a ser o primeiro cantor a gravar discos no Brasil e, talvez, na America Latina, em 1902, na Casa Edison, de propriedade de Fred Figner.

A música escolhida para ser a primeira registrada em nosso país foi de um ritmo bem popular e de grande agrado, embora mal visto pela sociedade da época: o lundu. Xisto Bahia, que além de compositor inspirado era excelente ator, compôs no final do século XIX o lundu Isto é Bom. E foi essa a primeira música cantada gravada no Brasil. Há pesquisadores que afirmam que a primeira gravação foi feita pelo flautista Pattápio Silva, sendo esse disco (só instrumental) lançado depois de Isto é Bom.
Ainda em 1901, Bahiano e outros cantores, como Cadette (ou K.D.T), gravaram várias músicas ainda em cilindros  Sim, meus caros, o disco não foi o objeto pioneiro para se ouvir gravações comercialmente. Antes haviam os cilindros de cera que funcionavam e um aparelho parecido com o gramofone.

Logo de início, Bahiano gravou mais de 70 músicas. Os grandes sucessos do século XIX, muitos ainda da época do império, podiam ser guardados em cera para a posteridade. Ele gravou todos os ritmos da época, valsas, lundus, cançonetas, canções, modinhas...


O jornal O Echo Phonographico fez uma homenagem a Bahiano
por seu aniversário, em 1904.


Pra Exposição
Cançoneta gravada por Bahiano em 1903
Disco Zon-O-Phone X-697




Seus duetos e tercetos tornaram-se célebres. É muito interessante ouvirmos Bahiano cantar com Senhorita Consuelo ou Júlia Martins, onde há um clima de descontração e brincadeira no estúdio de gravação.

E durma-se com um barulho desses
Dueto de J. Garcia Cristo
Gravado por Senhorita Consuelo e Bahiano em 1903
Disco Zon-O-Phone X-680




Ai, que gostos!
Dueto da autoria de Bahiano
Gravado por Júlia Martins e Bahiano em 1913
Disco Odeon Record 120.439




Na década de 1910, ele ainda era o mais popular cantor de nossa música, e olha que tínhamos outros ótimos intérpretes, como Eduardo das Neves e Mário Pinheiro.

Atuou como cançonetista no teatrinho do Passeio Público do Rio de Janeiro e no célebre Circo Spinelli.
No cinema, participou de filmes como A Marcha de Cadiz, O Cometa e Serenata Caipora, todos curtas filmados em 1910. Em 1911, atuaria em José do Fandango Quer Cantar e Serrana.

Em 1917, ele gravou o samba Pelo Telephone, que, oficialmente, viria a ser o primeiro samba gravado. Da autoria de Donga e Mauro de Almeida, a composição seria ainda reivindicada por outros compositores, que afirmavam ter participação nos versos.
Mas... antes de 1917, outras músicas já tinham a designação de Samba. O próprio Bahiano gravou A Viola Está Magoada que, no selo do disco vem como ritmo Samba.

A Viola está magoada, gravação de Júlia Martins e Bahiano de 1913,
já trazia a designação de samba.


A Viola está magoada
Samba de Catullo da Paixão Cearense
Gravado por Júlia Martins, Bahiano e o Grupo da Casa Edison
Disco Odeon Record 120.445, gravado em 1913.





Ele também era um ótimo intérprete romântico, como podemos conferir na modinha Meia Noite, um registro de como seriam as serenatas de outrora.


Meia Noite
Modinha gravada por Bahiano em 1916
Acompanhamento de cavaquinho e violão
Disco Odeon Record 121.062, matriz R-517





Bahiano continuou gravando regularmente até, aproximadamente, 1924.
Era casado com Almerinda Pedro dos Santos, que faleceu em 1937. Em sua homenagem, Bahiano compôs nesse mesmo ano e dedicou-lhe a valsa Dores Íntima.


Nosso célebre cantor também gravou alguns versos de sua autoria, como a segunda parte de Saco do Alferes e Cidade Nova, que gravou com a atriz Júlia Martins.

Bahiano voltou a morar em sua cidade natal, Santo Amaro da Purificação (BA), onde se dedicou ao comércio. Ele faleceu em 15 de julho de 1944, meses antes de completar 74 anos.


Fontes:
Arquivo Nirez
Registro Sonoro por meios Mecânicos no Brasil - Humberto Franceschi
imdb.com
Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira - http://www.dicionariompb.com.br/






domingo, 4 de dezembro de 2011

Ítala Ferreira - Notas Theatraes, 1930

Ítala Ferreira, revista A Noite Illustrada, 1930.


Em setembro de 1930 saia nas Notas Theatraes da revista A Noite Illustrada o seguinte comentário:



"Ítala Ferreira, estrela da Companhia Brasileira de Revistas Tró-ló-ló, que faz atualmente furor em Buenos Aires. Ítala Ferreira é também um excelente elemento no teatro de declamação, contando entre as suas grandes criações a da criada Etelvina, da comédia Cala a boca, Etelvina, a peça que maior número de representações tem dado no Brasil".


Ítala Ferreira era sobrinha de um dos grandes nomes de nosso teatro, a atriz Aurélia Delorme que, no final do século XIX esteve entre as grandes divas do teatro de revista, atuando também em dramas e comédias, sempre com grande agrado.

A peça Cala a boca, Etelvina, da autoria de Armando Gonzaga, seria adaptada para o cinema em 1960, tendo Dercy Gonçalves no papel de Etelvina, sendo dirigida por Eurípedes Ramos. 



Fonte:
Arquivo Nirez
Revista A Noite Illustrada, 24 de setembro de 1930.
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