Os dias 23 e 24 de dezembro assinalam o aniversário de minhas pesquisas musicais.
Tudo começou há 22 anos quando, no Natal de 1988, fui escolher um disco como presente. Naquela época, eu tinha uma vaga noção de como era a "música de antigamente". Através de novelas e minisséries eu via aqueles rádios antigos no cenário e ficava fascinado com a música que saia deles. Um som melodioso e abafado, evocando o passado.
Na loja Francinet Discos, no Center Um, em Fortaleza, eu fiquei dividido entre dois LPs. Um da Carmen Miranda e outro de Dalva de Oliveira. Eu tinha a noção básica e estereotipada sobre Carmen: uma mulher bonita vestida de baiana, com frutas na cabeça e cantando Mamãe eu Quero. Afinal, era essa imagem que a mídia sempre divulgava... Porém, as músicas do disco eram do seu início de carreira, gravações do começo dos anos 1930 e, naquela ocasião, ainda eram estranhas para mim. (Mal sabia eu que, com o tempo, me tornaria um fã incondicional desse período e gravações).
Optei pelo LP da Dalva e não me arrependi. O da Carmen eu iria adquirir no ano seguinte. (Mas essa é uma nova história).
O disco da Revivendo trazia músicas como Kalu, Ai Ioiô, Folha Morta...
Foram essas músicas, Dalva e, posteriormente os outros artistas dos anos 40, 30, 20, 10... de nossa música que embalariam minha adolescência. Por tudo isso, posso dizer que fui um privilegiado em ter como ídolos os grandes nomes da MPB de outrora, como Dalva de Oliveira, Francisco Alves, Aracy Côrtes, Mário Reis, Carmen Miranda...
Falarei mais sobre essa época de minha vida.
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