Mário Pinheiro fez duas gravações dessa canção, em 1904(Odeon Record) e 1910(Victor Record).
Em 1910, Orestes de Mattos faria uma gravação na Brazil Record.
Risoleta era uma das grandes cantoras do início do século XX. Em vários de seus discos vinha gravado no selo: "Pela Inimitável Risoleta".
Letra com um leve duplo sentido, comum entre algumas composições da época.
Junto a um belo jasmineiro
dois felizes namorados
se sentaram bem cuidados
E o cupido traiçoeiro
numa abelha transformado
quer o mel, tirar da flor
que dá o amor
Vendo um lírio perfumado
se introduz, rapidamente
e o amante de repente
faz beber o mel da flor
que embriaga o coração
e, do amante, ouve o amor
esta canção:
Porque não sou eu
a abelha e tu a flor
a flor
Provo os lábios teus
gozar o mel de amor
de amor
Nesta tarde tão ditosa
em que o céu era formoso
e que a fonte, além, cantava
Dizia ao lírio cheiroso
Madrigais de amor à rosa
que tristonha
se inclinava tão formosa
E o amante se abrasava
junto à moça
de repente quer beijar-lhe
o colo ardente
Ela, de olhos baixos, chora
mas, na boca, um beijo implora
E do amante
ouve o amor esta canção:
Porque não sou eu
a abelha e tu a flor
a flor
Provo os lábios teus
gozar o mel de amor
de amor...
A Abelha e a Flor
Canção de W. H. Penn com letra de Catullo da Paixão Cearense
Gravado por Mário Pinheiro em 1904
Disco Odeon Record 40.159
Matriz RX-12
Acompanhamento de piano
Foto: Mário Pinheiro.
Agradecimento ao Arquivo Nirez
Obrigada por contribuir para a preservação da cultura brasileira, algo tão pouco valorizado atualmente.
ResponderExcluirUm beijo!
Carmem Carolina Rodrigues de Toledo
Olá Marcelo,
ResponderExcluirGrande!
Belíssima letra e melodia.
Grandioso conjunto.
Um grande abraço.
Rodolfo Domingues