Aqui em uma gravação de Carlos Galhardo, de 1941.
Esta música tem parte da melodia inspirada na Valsa dos Patinadores, do francês Émile Waldteufel, adaptada e co versos de Nássara e Frazão.
Na segunda foto, ao lado de minha avó está sua amiga Noemia (de vestido branco, à direita). As fotos são do anos 20.
Bela marcha gravada por Aurora Miranda em uma linda interpretação, como só ela sabia fazer.
Simples e maravilhosa ao mesmo tempo.
O estilo romantico de Aurora era notado no samba e na marcha, como esta de Alcy Pires Vermelho.
Não há ninguém mais feliz
Que eu, que eu
Porque o teu coração
É meu, só meu
A vida assim é melhor
Guardo este verso de cor
Não há ninguém mais feliz que eu
É teu, só teu meu sorriso
É teu o meu olhar
Na vida apenas preciso
Amar, amar, amar
Tendo o teu amor
Tenho tudo enfim
Hoje eu sou feliz
Meu viver é assim
Não há ninguém mais feliz
Disco Odeon 11.767-A, Matriz 6122. Gravado em 9 de Junho de 1939, disco lançado em Setembro de 1939. Acompanhamento do conjunto Odeon, sob a direção de Simon Bountman.
Segundo o pesquisador Abel Cardoso Jr.: "Instantâneo da casa Nice, com seu café, chope e bife mal passado. Nássara era um dos líderes a animar o ambiente. Carmen não ia ao Nice e era censurada por isso!"
Carmen Miranda gravou na Victor em 10 de Outubro de 1934, sendo acompanhada pelos Diabos do Céo (sob direção de Pixinguinha).
Disco Victor 33.858-B
Matriz 79721-1
Disco lançado em dezembro de 1934.
Carmen fala: Já vai tão cedo? Tome mais um chope...
Com você ausente ninguém vai ficar contente
O ambiente num instante vai mudar...
Tome mais um chope, vê se come mais um bife
que ainda é cedo pra você se retirar
Meu amor, por favor, não vá-se embora
Espere ao menos que desponte a aurora
Com você lá fora todo mundo logo chora
e lhe implora pelo menos pra voltar...
Tome mais um chope, vê se come mais um bife
que ainda é cedo pra você se retirar
Canção de W. H. Penn e letra de Catullo da Paixão Cearense, gravado pela Inimitável Risoleta na Colúmbia Record, em 1912.
Mário Pinheiro fez duas gravações dessa canção, em 1904(Odeon Record) e 1910(Victor Record).
Em 1910, Orestes de Mattos faria uma gravação na Brazil Record.
Risoleta era uma das grandes cantoras do início do século XX. Em vários de seus discos vinha gravado no selo: "Pela Inimitável Risoleta".
Letra com um leve duplo sentido, comum entre algumas composições da época.
Junto a um belo jasmineiro
dois felizes namorados
se sentaram bem cuidados
E o cupido traiçoeiro
numa abelha transformado
quer o mel, tirar da flor
que dá o amor
Vendo um lírio perfumado
se introduz, rapidamente
e o amante de repente
faz beber o mel da flor
que embriaga o coração
e, do amante, ouve o amor
esta canção:
Porque não sou eu
a abelha e tu a flor
a flor
Provo os lábios teus
gozar o mel de amor
de amor
Nesta tarde tão ditosa
em que o céu era formoso
e que a fonte, além, cantava
Dizia ao lírio cheiroso
Madrigais de amor à rosa
que tristonha
se inclinava tão formosa
E o amante se abrasava
junto à moça
de repente quer beijar-lhe
o colo ardente
Ela, de olhos baixos, chora
mas, na boca, um beijo implora
E do amante
ouve o amor esta canção:
Porque não sou eu
a abelha e tu a flor
a flor
Provo os lábios teus
gozar o mel de amor
de amor...
A Abelha e a Flor
Canção de W. H. Penn com letra de Catullo da Paixão Cearense
Gravado por Mário Pinheiro em 1904
Disco Odeon Record 40.159
Matriz RX-12
Acompanhamento de piano
Foto: Mário Pinheiro.
Agradecimento ao Arquivo Nirez